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Malu 🌙

Sara era uma mulher muito teimosa, briguenta e que faz de tudo pela razão. Admiro isso nela, não baixar a cabeça, mas um dos maiores defeitos dela pra mim, é ver ela me tratando como inimiga.

Fiz tudo o que puder por ela desde o início da gravidez, nunca fui de falsidade, ela e todo mundo sabiam que eu não gostava dela. Admito que sempre existiu um ciúmes, um incômodo chato dentro de mim pela história dela com meu namorado, mas nem por isso deixei de tentar ajudar.

Corri atrás de um dos melhores hospitais quando me avisaram que ela iria parir, fiz
de tudo, organizei o carro, ajeitei as coisas do bebê e fiz de tudo pra Rebeca vim ao mundo em berço de ouro, mas mesmo assim no final fui tratada com ingratidão. Daí eu coloquei o fim nisso, jamais ia querer me encaixar na vida de alguém assim, tão ingrata e que só enxerga o que convém a si.

Peguei um uber pra casa, fui direto pro banho e quando eu saí fui em busca do meu irmão que tava com meu pai, agarrei os dois contando ao meu pai os ocorridos que xingou bastante a Sara, o que me fez rir até meu celular tocar e eu saí do quarto atendendo. 

Guga: E aí amor.- Sorri ao escutar sua voz.

Malu: Fofocaram que você tava em festa, que coisa feia.- Brinquei.

Guga: Fui, mas foi um bagulho só pra comemorar.- Dei os ombros.- Uns moleques tão indo deixar um bagulho pra você aí, jae?

Malu: É você embrulhado em papel de presente? - Falei descendo as escadas indo em direção à porta e escutando o barulho de motos.

Guga: Po, certeza que tu vai gostar mais disso aí do que se fosse eu.- Brincou e eu abrir a porta.- Fala comigo depois que abrir, tchau coisa feia.

Malu: Beijo amor.- Desliguei a chamada.- Melhor que você só comida mesmo.- Sussurrei olhando pro Tatu que tava com várias sacolas na mão.

Conversei com ele por uns minutos mas depois entrei, coloquei tudo na mesa vendo meu pai descendo as escadas com a baba eletrônica do lado e veio olhar junto comigo. A maioria era comida, sacolas do Bk e outras da cacau show, o que realmente me deixava muito feliz, mas o que se diferenciava era uma sacolinha bem bonita.

Parecia uma marca de pratas e eu sorri abrindo e vendo duas caixinhas, uma de aliança e a outra tinha um cordão e um pulseira, a pulseira tinha um nome escrito, logo me fez perceber que não era pra mim.

Malu: Fael.- Olhei pro meu pai sorrindo.- É pro Rafael, pai.

Rodrigo: Bom gosto, achei bonita.- Falou pegando e eu ri, olhando o cordão pra mim e fui abrir a caixinha de aliança.

Não entendi quando vi ela vazia, tinha um papelzinho dentro e eu abri, vendo a letra do Gustavo e dizia "tá com o pai, vem buscar "

Revirei os olhos rindo e corri pra falar com ele, liguei novamente e enquanto a gente conversava, o Rafael acordou e ficamos nós quatro conversando, eu sabia que iria demorar alguns dias pra eu poder ver ele, mas também sabia que tudo iria valer a pena no final.

Sob Pressão Where stories live. Discover now