- O que faz aqui? - pergunto. - Você vai ficar doente assim.
Gustavo tira o cabelo dos olhos e me encara.
- Posso entrar?
Mordo o lábio inferior e tento me decidir.
- Por quê?
- Julieta. Eu estou cansado e ensopado. Além disso, a gente precisa resolver logo essa situação.
O quê?Afasto- me da janela antes que fique molhada e espero ele entrar.
Droga, se meu pai ver o chão molhado, com certeza vai desconfiar de mim.
O que deu no Gustavo para vir na minha casa a essa hora?
Pensei que a gente já tinha acabado com tudo.
Quer dizer, eu pensei que ele já tinha me humilhado o suficiente.
Não vou facilitar as coisas para ele.
De jeito nenhum.
- O que a gente ainda tem para resolver? - pergunto.
Gustavo sacode o cabelo e resolve tirar a camiseta encharcada.
Fico de cara com isso.
Ele seca o rosto e o pescoço.
- Julieta, eu amo você.
- Como?
- Falei que te amo. - me fita com seus olhos escuros.
Aquilo me deixa sem ação.
- E acha mesmo que me dizer isso agora vai resolver tudo?
- Não.
- Gustavo, eu pensei que você não quisesse mais nada comigo. Agora aparece assim de repente. Eu não vou me desculpar de novo com você.
Ele se aproxima de mim e eu cruzo os braços.
- Todo esse tempo eu correndo atrás de você é só levando fora. Agora sou eu que te dou um fora. Sabe o por que? Porque eu não quero mais tentar te convencer de que te amo.
- Eu sei. Estava errado por te julgar, mas eu... eu me sentia traído.
- Mas eu não te traí! Foi o Adam que me beijou. Ele vive me beijando, tentando separar a gente e veja só: ele conseguiu. Porque você não confia em mim.
- Eu confio em você. Só não confio em mim mesmo.
- O quê?
- Eu não mereço você, Julieta. Eu menti quando disse que foi a Clara que me beijou. Eu beijei ela de volta.
Nossa!
Saber daquilo me feriu de novo.
E bem quando tenho a intenção de dizer umas mentiras para machucar ele, como está fazendo comigo, ouço batidas na porta.
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Paixão Adolescente
RandomEsta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com lugares, empresas e pessoas é mera coincidência e produto da imaginação do (a) autor (a). ''Plagio é crime! Essa obra não deve ser reproduzida, total ou parcialmente, seja qual for o meio, mecânico...