Pov. Gustavo
Não deveria ter confiado nela. Eu confiei e olha só no que deu.
Estou agora com meus amigos, jogando futebol na quadra que fica perto da minha casa.
Até agora não fiz nenhum gol, mas não é bem pra isso que estou aqui.
Quero mesmo é quebrar algo. De preferência a cara do Adam Chagas.
É a segunda vez que uma namorada minha me trai e de certa forma é como se fosse a primeira vez que isso acontece. Não é só meu orgulho que está afetado.
Sinto que meu coração já não é o mesmo.
Eu ainda amo a Julieta, mas o que ela fez comigo não tem perdão.
Quem ama não trai. Se ela gostasse de mim de verdade, não teria tido aquele encontro com Adam. Não teria deixado que ele a beijasse.
Acho até que ela gostava dele, mas escondia isso de mim.
E só de pensar nisso, fico ainda mais puto.
- Gustavo, vê se presta atenção no jogo. Mais parece minha avó tentando acertar o gol.
- Vai se ferrar, cara. – digo para Wallaf.
- Vai você. O que foi que houve? É apenas uma garota, cara. Pare de dar tanto chilique.
- Que droga. Para de se meter na minha vida.
- Estou me metendo por que sou seu amigo e não gosto que brinquem com você.
Estreito os olhos ao olhar para esses dois filhos- da mãe.
- Cara, eu pensei que ela gostasse de mim. - falo.
- Ora, as garotas só querem uma coisa de nós. O dinheiro. Aquele almofadinha com certeza liberava mais para ela que você. E vê se tira essa merda do seu dedo. Assim me faz vomitar.
Mostro o dedo para eles e resolvo tirar o anel.
Talvez tenham razão. As garotas realmente não prestam.
Pov. Julieta
Ai meu pai!
Não acredito que beijei o Adam.
Lavo meu rosto com a água fria, esperando acordar, que tudo isso seja mais um sonho confuso e muito ruim.
Mas apenas fico encarando meu reflexo no espelho, uma garota de cabelos escuros e olhos cheios de tristeza.
Por que você ainda não apareceu, Gustavo?
Preciso de você com urgência.
Quero sentir seu cheiro, a textura de seu cabelo e derreter sob seus sorrisos e beijos.
Onde está?
Quero você aqui comigo.
Fico na janela do quarto, olhando para a rua, esperando que a qualquer momento ele dobre a esquina e venha ao meu encontro.
As horas passam e eu noto que já são seis e meia.
Então me dou conta de que ele não vai vir. A solidão toma conta do meu coração e eu sinto vontade de sumir da face da terra.
Não sei o que vou fazer sem ele.
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Paixão Adolescente
RandomEsta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com lugares, empresas e pessoas é mera coincidência e produto da imaginação do (a) autor (a). ''Plagio é crime! Essa obra não deve ser reproduzida, total ou parcialmente, seja qual for o meio, mecânico...