Capitulo 26 - Desapontamento

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Pov. Gustavo

Não deveria ter confiado nela. Eu confiei e olha só no que deu.

Estou agora com meus amigos, jogando futebol na quadra que fica perto da minha casa.

Até agora não fiz nenhum gol, mas não é bem pra isso que estou aqui.

Quero mesmo é quebrar algo. De preferência a cara do Adam Chagas.

É a segunda vez que uma namorada minha me trai e de certa forma é como se fosse a primeira vez que isso acontece. Não é só meu orgulho que está afetado.

Sinto que meu coração já não é o mesmo.

Eu ainda amo a Julieta, mas o que ela fez comigo não tem perdão.

Quem ama não trai. Se ela gostasse de mim de verdade, não teria tido aquele encontro com Adam. Não teria deixado que ele a beijasse.

Acho até que ela gostava dele, mas escondia isso de mim.

E só de pensar nisso, fico ainda mais puto.

- Gustavo, vê se presta atenção no jogo. Mais parece minha avó tentando acertar o gol.

- Vai se ferrar, cara. – digo para Wallaf.

- Vai você. O que foi que houve? É apenas uma garota, cara. Pare de dar tanto chilique.

- Que droga. Para de se meter na minha vida.

- Estou me metendo por que sou seu amigo e não gosto que brinquem com você.

Estreito os olhos ao olhar para esses dois filhos- da mãe.

- Cara, eu pensei que ela gostasse de mim. - falo.

- Ora, as garotas só querem uma coisa de nós. O dinheiro. Aquele almofadinha com certeza liberava mais para ela que você. E vê se tira essa merda do seu dedo. Assim me faz vomitar.

Mostro o dedo para eles e resolvo tirar o anel.

Talvez tenham razão. As garotas realmente não prestam.

Pov. Julieta

 

Ai meu pai!

Não acredito que beijei o Adam.

Lavo meu rosto com a água fria, esperando acordar, que tudo isso seja mais um sonho confuso e muito ruim.

Mas apenas fico encarando meu reflexo no espelho, uma garota de cabelos escuros e olhos cheios de tristeza.

Por que você ainda não apareceu, Gustavo?

Preciso de você com urgência.

Quero sentir seu cheiro, a textura de seu cabelo e derreter sob seus sorrisos e beijos.

Onde está?

Quero você aqui comigo.

Fico na janela do quarto, olhando para a rua, esperando que a qualquer momento ele dobre a  esquina e venha ao meu encontro.

As horas passam e eu noto que já são seis e meia.

Então me dou conta de que ele não vai vir. A solidão toma conta do meu coração e eu sinto vontade de sumir da face da terra.

Não sei o que vou fazer sem ele.

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