Capitulo 16 - Quase Separação

4.9K 195 19
                                    

Deus, como pode doer tanto assim a separação?

Não consigo parar de chorar e ouvir Taylor Swift para chorar ainda mais. Sabe como é, as letras dessa cantora são hiper profundas, falando sobre traição, dor e amor.

Eu amo a Taylor de paixão!

Bem, acabo por adormecer escutando All Too Well. Amanheço doente e não vou à escola, porque meu pai me levou ao medico.

Tinha pegado virose, então ele me deu um atestado de dois dias.

A Amanda me ligou vinte vezes no primeiro dia, porém não atendi nenhuma das ligações, pois estava brava com ela e com seu irmão. Se não tivesse insistido tanto para que eu fosse na festa, Adam não teria me beijado e o Gustavo não teria terminado comigo.

E agora, toda vez que me lembro dele, sinto um enorme buraco no meu peito e a garganta estreita.

Oh, só agora tenho absoluta certeza de que estou apaixonada por ele.

                                     Pov. Gustavo:

Na noite passada, depois de ter deixado ela na calçada, segui com a moto para um bar que ficava próximo a minha casa.

Cara, eu me sentia péssimo, um bosta!

Quando vi aquele merdinha beijando minha garota, foi como se socassem meu estômago. Me senti como um animal descontrolado. Se Julieta não tivesse me impedido, talvez fizesse algo que me arrependesse depois.

Mas eu fiz. Eu deixei a Julieta livre para escolher a mim ou àquele cara e tenho medo de que ela escolha ficar com ele.

                                            Pov. Amanda Chagas:

Puta que pariu!

Por que a Julieta não quer me atender? Por que ela não me contou antes que tinha uma quedinha por meu irmão?

Eu teria ajudado ela. Adoraria que ela namorasse o Adam.

Tipo, se eu pensar bem, posso ver que eles combinam muito! Mas também tenho que admitir que minha amiga combinava com o Gustavo. Eles eram tão fofos juntos que eu sentia uma invejinha por Julieta.

E agora me sinto um pouquinho culpada por ter forçado a Julieta me acompanhar na festa da Regina.

Maior cagada a que meu irmão fez!

O que faço? Minha amiga não quer me atender nem morta. Simplesmente não posso perdê-la.

Seria uma tragédia nível furacão.

Pov. Julieta Patrick:

Passo o sábado e o domingo no meu quarto, sem vontade de mexer no face, nem mesmo no Twitter para falar sozinha.

Só fico lá, deitada na cama e olhando para o teto, admirando falsamente as linhas irregulares e carocinhos da pintura branca.

Já estava até pensando que via um elefante no alto quando bateram na minha porta com força,

- Dylan, já falei pra me deixar em paz! – grito e espero que com isso ele vá embora.

As batidas continuam e eu fico puta da vida.

- Já falei pra... –digo ao abrir a porta e me calo ao ver quem era.

Deus ouviu minhas preces!

Será que é uma miragem? É mesmo o Gustavo na porta do meu quarto?

- Gustavo?

- Eu não consigo ficar longe de você por mais tempo, amor. – me diz.

Aimeudeus!

Jogo-me em seus braços e choramingo baixinho.

- Como pôde me largar? – pergunto.

Ainda estamos em meu quarto e Gustavo está deitado na minha cama nesse instante. E eu,como sou aproveitadora, deitei –me ao lado dele, pondo a cabeça em seu peito.

Por sorte, meu pai deixou o Gustavo entrar em casa, com a única condição de que eu não fechasse a porta.

- Precisava de um tempo pra pensar em nós dois. Desculpa se te magooei.

- Não vou te perdoar agora, Gustavo. Você vai ter que me compensar esses quatro dias...

Ele abre aquele sorriso e sinto como se as feridas de meu coração se cicatrizassem.

- Pode deixar.

- Mas no que você pensou todo esse tempo sobre nós?

- Que precisamos de algo para selar nosso relacionamento.

Ergo a cabeça e o fito.

- Está falando sério ou tá só zoando com minha cara?

Gustavo inclina-se para frente e segura meu rosto com ambas as mãos.

- Falo muito sério. – então me beija e eu mergulho num oceano de sensações. 

Ele morde de leve meu lábio inferior e eu gemo baixo. Nossas línguas se encontram e minhas mãos percorrem no automático seu peito, até que, quando toco perto de seu abdômen, ele estremece e se afasta de mim.

- Gustavo? – toco em seu ombro.

Gustavo se volta para mim e suspira.

- Não é nada.

- Mas...

- Julieta, é apenas um roxo, okay?

- Quero  ver. – cruzo as pernas na cama.

Meu namorado se ergue e levanta um pouco a camisa. Vejo então um arroxeado na lateral de sua barriga.

- Doi muito? – pergunto.

- Não muito. Só quando se toca.

- Não fraturou a costela, Gustavo?

- Não, eu fui no médico. Só machuquei um pouco o músculo.

- Eu não gosto quando você se mete em brigas. Por que gosta tanto de brigar com o Adam?

- Eu só brigo com ele quando se intromete com você. – me diz com franqueza.

- Ele é o irmão da minha melhor amiga, então sempre que eu vê-la, ele vai estar perto de mim.

Gustavo se cala e fica encarando o nada.

- Gustavo, fala comigo.

Ele se senta ao meu lado e segura minha mão.

- Promete que não vai permitir que ele te toque? – me pergunta.

- O quê?

- Promete pra mim.

Engulo em seco e dou um sorriso pequeno.

- Eu prometo.

Paixão AdolescenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora