Epilogue - Loving Is A Funny Thing (Final).

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New York, USA.

  

“Amar é uma coisa engraçada...” Como disse na letra da música ‘Love Someone’ de Jason Mraz, é simplesmente inacreditável que um sentimento de afeição e benevolência, possa causar tantos atritos na vida de alguém. Amar dói, porém viver sem amar ou ser amado, consegue doer ainda mais. Amar pode causar euforia, te fazer cometer loucuras, te humilhar, te exaltar, é tudo ou nada, do intenso ao extremo, não existe meio-termo, o amor é selvagem demais para ser controlado, egoísta demais para lhe deixar seguir em frente sem antes te destruir, em contrapartida, ele também é veemente demais para ser comparado a uma mera sensação, que logo passará, é quente como o inferno, emblemático como o purgatório, porém prazeroso como o paraíso.

Se existe algo mais contraditório que o amor, ainda iremos descobrir.

— Puta merda! Puta merda, PUTA MERDA!

— Stanley, se acalma pelo amor de Deus-

— Me acalmar?! Como que eu vou me acalmar?!? FALTAM APENAS DEZ MINUTOS! — Stanley andava de um lado para o outro, estava começando a suar mesmo no frio, e isso estava lhe deixando ainda mais nervoso. — RICHIE, ME AJUDA! 

— Eu estou tentando! Mas você não tá colaborando, né? — Disse Tozier tentando contê-lo, até que e conseguiu segurá-lo e fazê-lo parar de andar pra lá e pra cá, feito uma barata tonta. — Escuta, eu sei que você está passando pela crise pré-cerimônia, e blá, blá, blá... Mas você precisa se acalmar, está bem? Tem que respirar fundo.

Stanley obedeceu, porém seus olhos se encheram de lágrimas.

— E se não for a decisão certa? Richie, eu tô com medo! Nunca passei por isso antes, e se formos muito jovens? E se nada der certo e a gente termine em um divórcio mal conseguindo olhar na cara um do outro? — Viu que Richie desviou o olhar. — Oh, cacete, foi mal! Puta merda de novo! Foi mal Richie, eu não falei isso te usando de exemplo-

— Eu sei, homem! Pelo amor de Deus e todos os santos, só se acalma! Tá bem? Pensa só, se vocês foram jovens demais, e daí? Jovem faz merda mesmo, se não der certo, sim, existe divórcio e não é o fim do mundo, eu tenho propriedade de fala então me ouve! Sua vida não vai acabar, Stanley. A única diferença de antes pra depois do casamento, é que você e o Bill serão uma família de dois, até decidirem se vão ser três, quatro, sei lá, mas não tem muita diferença não, vocês já moram juntos há mais de um ano, já se conhecem e convivem o suficiente, do que você tem tanto medo?

— Eu não sei, pode ser que as coisas mudem! 

— O que pode mudar? Vocês terem o mesmo sobrenome? Contas conjuntas? Responsabilidades também? Ah, fala sério, não surta.

A porta bateu, logo abriu-se e Mike Hanlon passou por ela, trajando um terno Armani clássico azul marinho, com alguns pequenos detalhes bordados, em uma estética imperial.

— Opa, pessoal! Vim ver se está tudo bem com o noivo.

— Ainda bem que você chegou Mike, não, não está nada bem, Stanley tá surtando e tendo uma crise existencial e faltam apenas... — Olhou o relógio em seu pulso. — Oito minutos para a cerimônia.

— OITO MINUTOS?

— Sete agora.

— PUTA MERDA! EU NÃO TÔ PRONTO! TÁ TUDO ERRADO, EU NÃO QUERO MAIS, EU FUGIR, VOU VOLTAR PRA CASA, ME ENFIAR DEBAIXO DAS COBERTAS, E ME ISOLAR DO MUNDO TODO! Tudo bem que o Bill vai ficar putasso, e eu vou ter perdido uma furtuna com os gastos do casamento, mas tudo bem, eu supero, EU NÃO VOU DESCER!

Love Game In VegasWhere stories live. Discover now