Love Game In Vegas

Chapter IX - Kennedy Lake.

New York, USA.

 
A semana se arrastou mais rápido dessa vez, logo mais já iriam completar um mês desde os últimos acontecimentos, porém, a rivalidade entre eles no que parecia estar melhorando, continuou firmemente!

Na verdade, não eram mais questões de espaço, já isso aos poucos estavam aprendendo a dividir, e sim, pelas diferenças e prioridades; enquanto por um lado, Eddie moldava sua vida profissional, Richie por outro, só queria curtir a sua, visto que quase não tinha muitas obrigações. Sendo assim, eles tinham que se aguentarem e, aprenderem a respeitar ambas as opiniões, tão opostas quanto o dia e a noite, sem se matarem de uma vez.

Discutir sobre os problemas do trabalho um com o outro, foi algo recomendado pela doutora Twitchell, para que então eles consigam entrar em harmonia de uma vez por todas, todavia era difícil, dado que todo problema que Eddie reclamasse, Richie lhe dava respostas vazias e simples, exemplo: “Se você está insatisfeito porquê seu chefe coloca todo trabalho pra cima de você, simples... Não faça o que ele manda.” E isso fazia Eddie soltar fogo pelas ventas. Odiava a mania de Tozier, de achar que a vida era um morango, sendo que a realidade é sempre uma ambivalência simultaneamente contrária.

— É fácil pra você falar, já que não faz nada da vida! — Cruzou os braços.

— Ah, agora vai ficar jogando isso na cara também? Pra sua informação meu amor, eu prefiro mil vezes não fazer nada da vida, do que viver fazendo o que não gosto, estou feliz desse jeito ao contrário de você! — Rebate irritado.

— Quem disse que eu não estou feliz? Eu estou mais do que feliz, trabalho com o que gosto, na área que eu gosto, e com as pessoas que eu gosto!

— Ah, é mesmo? Mas não parece já que vive de cara feia, reclamando de tudo o tempo todo! Vive frustrado, que tipo de felicidade é essa? Parabéns. — Debochou.

— Deve ser porquê nem na própria casa onde eu moro, as coisas saem do jeito que eu queria, frustrante mesmo Tozier, é ter que lidar com um ser humano feito você, que quando não está agindo feito uma criança mimada, está agindo feito um colegial metido a rebelde! Se manca.

— Se manca, você! Deixa eu te falar uma coisa lindinho, a vida nem sempre sai como a gente quer, apenas devemos aprender a aceitar mudanças, e não tentar se opor contra elas, querendo que o mundo seja de acordo com nossos desejos, você não é dono do mundo, muito menos das pessoas à sua volta, não pode cobrar das pessoas, coisas que fazem parte DAS SUAS PROJEÇÕES. — Apontou o indicador no peito dele. — Se você não consegue aceitar isso, a criancinha mimada aqui não sou eu, e sim você!

— Ah, é mesmo Richard!? Então me diz uma coisa, uma ÚNICA COISA, que você tenha feito de legal para que eu aprenda a aceitar essa “mudança” ? Isso mesmo, nada! Você não faz absolutamente nada no qual me faça sentir vontade de te aceitar, nem que seja um pouquinho! E isso não se trata de projeção, se trata de cobrar de você coisas básicas, que todo o ser humano já deveria nascer tendo a consciência de fazer, e eu não quero que o mundo seja de acordo com meus desejos, mas quero que pelo menos na casa que eu moro, você colabore nem que seja um pouco, pra fazer isso aqui dar certo! Você não faz questão nem de se esforçar, como quer que eu aceite?

— Olha só quem fala, eu preciso mesmo assegurar de que: entre nós dois, você é quem mais tenha feito dessa casa um verdadeiro inferno? Com todas as suas regrinhas chatas, e autocontrole? a gente podia sim se dar muito bem, aproveitar bem mais desse casamento falso, e tornar ele um pouco melhor, mas você nunca está de acordo com nada, então o que podemos fazer? Isso mesmo, nada. E aí, você diz que é culpa minha? Ah, faça-me o favor!