Partida

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Como é difícil chegar no final de uma história, né? Como é difícil dar início a uma sabendo que assim que ela começa já está terminando, aos pouquinhos...

Me sinto um tanto emocionada... talvez por essa ser a minha primeira fanfic, talvez por perceber as diversas mudanças pelas quais a minha escrita passou à medida em que os capítulos foram sendo publicados, talvez por gostar demais da temática do amor e poder escrever sobre suas várias facetas através da relação dessas duas personagens que amo...

Talvez por receber de vocês, leitoras, palavras que não mais farão parte do meu dia a dia...

Eu comecei escrevendo só para mim e termino aprendendo que aquele que escreve precisa do leitor, de pessoas as quais suas palavras estejam sendo endereçadas.

Por aqui dei gargalhadas genuínas, fiquei com o coração na mão frente a alguns comentários dos mais ansiosos, senti vergonha por conta de algumas partes que escrevi, e cá estamos nós... Já no último capítulo!

Desde o princípio a única a saber qual seria o final era eu, e agora posso finalmente compartilhar com vocês. Espero que gostem, que aproveitem esse momento, e quero que saibam que virão outras histórias.

Então, sem mais delongas...
Boa leitura!
E até a próxima!

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Capítulo 60

Pov Macarena

Minha mãe estava mais nervosa do que eu que iria embora hoje para um lugar o qual nunca estive, para dar início a uma nova etapa na minha vida. E como tudo que é novo assusta, eu estava consideravelmente  assustada... Mas não mais do que minha mãe.

Ela seguia atrás de mim pela casa enquanto eu esperava Zulema vir me buscar, a todo momento a escutava perguntar se eu não estava esquecendo de nada, e muito provavelmente estava, mas só lembraria quando já estivesse dentro do avião, talvez.

Minhas malas se encontravam perto da porta e pela manhã, antes de minha mãe acordar, eu já estava de pé. Precisava me despedir sozinha dos móveis, dos pequenos objetos que não levaria comigo, dos papéis de parede que colamos juntas assim que nos mudamos para cá. Quando entrei nessa casa achei que fosse passar mais tempo, mas daí a vida dá um jeito de furar as nossas expectativas, os nosso planos, tudo o que imaginamos e idealizamos que seria. As coisas não acontecem bem como gostaríamos. A verdade é que acredito que elas podem acontecer bem melhor quando saem fora do cronograma o qual fazemos... Já que só é possível ter algum instante de felicidade se ele nos pegar de surpresa, quando menos esperamos.

E é claro que quando essa palavra me vêm à cabeça a faço rimar com Zulema, mesmo sabendo que não tive com ela somente momentos de felicidade. Foram tantas coisas as quais passamos juntas que mesmo com as duas malas abarrotadas não hesitei em colocar meu caderno em uma delas para ler sempre que quisesse recordar de alguma coisa. Grande parte do que escrevi contém de tudo um pouco, as partes boas e ruins que me atravessaram... E quero carregar cada uma comigo, porque sem elas... Eu não teria chegado até aqui.

Fico contente de ver que o céu está azul, uma das minhas cores preferidas. Não estou tão triste quanto pensei que estaria por estar partindo... Talvez seja porque, no fundo, bem lá no fundo, sei que alguém estará aqui esperando por mim sempre que eu quiser voltar. E por ela, certamente, irei voltar... Nem que seja para tirá-la daqui e levá-la comigo para viajar.

Me sinto um pouco besta, pra variar, já que mesmo sabendo que nada sai como planejado, eu continuo criando meus planos... É inevitável. Não consigo imaginar um futuro que eu não esteja ao lado dela. Simplesmente não consigo.

O que nasce do ódio? Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz