O que nasce do ódio?

Um Acordo Sexual

Capítulo 23

Pov Macarena

Quando ouço o que já sabia, de que meu tempo para entregar a prova havia acabado, fecho meus olhos torcendo para que Zulema não seja dura comigo na correção.

Caminho lentamente para a sua mesa que está cheia de livros abertos e papéis com anotações. Vejo neles sua letra que se forma diferente em cada página, às vezes mais legível e outras parecendo um total garrancho. A professora leva um tempo tentando organizar tudo aquilo a fim de deixar um espaço vazio possível para receber minha avaliação. Sento na cadeira que se encontra em frente à mesa e olho para ela sem disfarçar meu nervosismo, já que mesmo que tentasse sabia que não conseguiria. Lhe entrego a prova e, enquanto a corrige, coloco para trás da orelha uma mecha de meu cabelo só para ter o que fazer com as minhas mãos trêmulas, sem saber se estava assim pela espera de minha nota ou pela presença de Zulema. Mas eu tinha dormido muito pouco na noite anterior e estava exausta, só queria alcançar o meu objetivo e retornar para casa, me jogar na cama, e me permitir desmaiar de sono e cansaço.

Pov Zulema

Sinto pena da garota à minha frente por vê-la com tantas olheiras e um semblante cansado, mas ao olhar para o seu colo que acompanha sua respiração descompassada me lembro de sua pele à mostra, do gosto de seus seios em minha boca, dos gemidos de Macarena excitada se contorcendo em minhas mãos, de sua boceta molhada se esfregando em meus dedos e rapidamente tenho uma ideia para realizar o que se fez urgente ali naquele momento.

Termino de corrigir sua prova e coloco a nota no topo da primeira página me certificando de que a menina estava muito distraída olhando em outra direção. Levanto com a avaliação em uma de minhas mãos e tranco a porta da sala com a outra. Vejo que agora ela não tira os olhos de mim, e diz:

- Então... Como f-fui na prova?

- Não muito bem... Tirou uma nota bem abaixo da média, loira. - lhe devolvo sua avaliação com um seis escrito: 'Pode se esforçar mais.'

Por um curto instante de tempo, ao avistar a expressão de tristeza no rosto da loira quando ela examina a nota que tirou, quase me arrependo do que pretendo dar prosseguimento...

'Estais mais mole do que um abacate maduro, Zule! Hahaha' E lá vem Saray novamente com suas piadas sem graça.

Pov Macarena

Claramente estou fodida! Não havia ficado na média, iria para recuperação, não conseguiria meu retorno para os treinos de boxe, tampouco a autorização para me inscrever no campeonato. Mas por incrível que pareça nenhuma lágrima se forma em meus olhos. Fico triste sim, mas acho que estou tão cansada que não tenho nem forças para chorar.

De qualquer maneira noto que Zulema trancou a porta da sala e que me olha com malícia... Nesse momento ela está me fitando com seu rosto apoiado em uma das mãos, enquanto a outra descansa em cima da mesa fazendo um pequeno barulho com seus dedos que se alternam em um movimento lento tocando a madeira. Ela mantém a boca entre aberta puxando ar e parece não querer disfarçar que está excitada...

Eis então que em um ato de desespero tomo uma decisão.

Pov Zulema

- Faço o que você quiser para alterar essa nota, professora! Não posso ficar em recuperação em nenhuma disciplina! Você sabe que amo o boxe... Preciso retornar para os treinos se quiser participar do...

Ouço Macarena gesticular e falar um tanto alto com sua prova em mãos a colocando de volta em cima de minha mesa. Percebo que a garota tenta agora, de um jeito desajeitado, fazer um acordo comigo. Não consigo evitar, e solto um riso carregado de ironia. Ela pára de falar e está agora desabotoando sua blusa colocando para fora aqueles seios lindos que noutro dia estavam em minha boca. Era possível de se ver que algumas marcas dos arranhões que imprimi em sua pele permaneciam ali e seus mamilos eriçados prontos para serem chupados me inspiravam a pensar no que faria imediatamente.