Um lado little

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Thailor me deu um beijinho antes de segurar a minha mão, ele trazia consigo, um algodão doce rosa e um azul. Explicou que vendem aos pares, eu não gosto muito de cor azul em alimentos, mas algodão doce é diferente, pois é fofinho.

- O que foi toda aquela rebeldia dentro do cinema? - Thei finalmente disse, após o brinquedo subir um pouco.

- Thei, eu sou sua? - Ele me olhou com estranhamento.

- Sim, você é. - Ele confirmou.

- E o que é seu, acaso é público? - Ele ergueu uma sombrancela e me encarou, eu o olhei por um curto tempo, mas logo me levantei e busquei sentar no colo dele e olhei para baixo. - Se sou sua, Daddy, por que me expor daquele jeito? Fiquei chateada com você é devolvi na mesma moeda.

- Então, além de se comportar mal, fez por não aceitar hierarquia? - Ele levou ambas mãos em minha bunda e sinto-o me apertar um pouco

- Não é isso. É que eu gosto dessas brincadeiras, mas sem riscos. Não gosto de ser claramente exposta. Sou sua e não dos outros, não exponha meu corpo para olhos curiosos. - Ele me deu um beijo.

- Você é somente minha, baby, mas ainda quero brincar com você. - Ele me obriga a me esfregar nele, com as mãos em minha cintura. -  Gosto de algum perigo, mas não te colocarei em risco real, quanto a sua privacidade.

Percebo que a roda gigante sobe mais, e então as mãos dele erguem minha saia, movimenta o seu ziper, entre os nossos corpos...

Quando chegamos em casa, já era realmente bem tarde. Thailor queria me dar banho, mas eu queria ficar sozinha, queria desligar de tudo. Estava exausta, foi muito divertida, mas muito cansativa, a noite de hoje. Busquei tomar banho noutro quarto, precisava mesmo desse tempo para me sentir mais estavel. Após o banho, vou para o quarto de Thei, já de pijama e cabelo arrumado, sento a beira de sua cama e o espero em silêncio.

- Que carinha de luto, Lúcia? - Thailor me olhou estranho, logo após chegar no quarto. - Está tudo bem?

- Eu só estou muito cansada, mas é noite de sexta-feira, sei que gosta de cumprir as coisas com exatidão de dias e horários. - Comecei a explicar o que estava pensando e ele logo venho até onde eu estava. - Eu por muitas vezes tenho me esquivando, mas quero confiar mais em você. Quero aprender a ser melhor. - Olhei para ele, que observava. - Quero ser interessante para você, Daddy.

- Bem, minha baby coelhinha, são três da manhã, teoricamente não é mais sexta. Eu sei que você está cansada e sinceramente eu também estou. Vamos fazer isso amanhã durante o dia? Vamos combinar, para ser sempre, algum dia entre sexta e domingo. - Ele concluiu. - Assim iremos conversar sempre no melhor momento.  Se fossemos fazer isso agora, dessa forma, lhe faria mal e isso não é sobre te fazer mal, minha coelhinha, você vai entender com o tempo. Vem, vamos dormir.

O dia amanheceu e eu amanheci com ele, ou seja, talvez dormi umas duas horas. Sem sono, mas exausta; com energia, mas indisposta. Belo dia para fazer nada, para programar, escrever, estudar e ler... Tudo que exigia zero esforço físico.

Thailo acordou bem mais tarde. Horas antes, eu já havia me esgueirado para fora da cama e sai o mais silenciosa que pude de seu quarto. Fui para o local ao qual eu poderia fazer bagunça e começo a "organizar" o meu "caos".

Após arrumar as coisas, me dou conta do quão só quero ouvir musica e ficar refletindo coisas aleatórias. Thailor venho me ver, mas aquela altura, nem música eu queria, somente o silêncio e a voz de minha própria consciência realmente me interessava naquele momento. Contudo parece difícil explicar, como dizer, só quero um tempo para me ouvir? Ou, o quanto antes me deixar, o quanto antes estarei de volta? Mas como tudo nessa vida passa, o calor do meio dia me trouxe de volta a energia, então resolvo melhorar o perfil que uso no grupo, até então sem foto, que Thailor havia me indicado arrumar.

- Melhor assim

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- Melhor assim. - Coloco o filtro na foto e reenvio para Thei, que estava ao meu lado naquele momento. - Sabe como é né, quem vê carinha de Santa... - Fiz uma carinha fofa para ele ainda vestindo a mesma roupinha da foto.

- Tu é impossível! - Ele riu e eu ri junto.

- Oras, nem viu nada, ainda! - retruquei.

- Já vi uma garotinha bem rebelde. - Ele forçou um olhar sério, mas estava sorrindo.

- Bem vindo a uma das partes da segunda camada, Daddy! - O olhei propositalmente desafiando. - E o que me diz quanto a mim?

-  Que se lidar com você no modo sub é difícil, no modo baby é pior...Thei estava com o mesmo sorriso de quase sempre. - Você é meiga e rebelde ao mesmo tempo, vai ficar melhor comportada e obediente.

- Sonh... - Desisti de falar no meio da frase, era fácil isso acabar rendendo uma anotação.

- O que dizia? - Ele sabia o que eu iria dizer, então simplesmente sorri.

- Vou tentar ser um pouquinho obediente, Daddy. - Levantei saltitando  em direção a cozinha.

- É bom mesmo! - Ele observa-me.

- Só não prometo nada. - Dei a língua antes de cruzar a portar para a cozinha, decidindo que queria brincar um pouco.

- Nix! - Thailor venho atrás de mim, até a cozinha, eu estava pronta para servir mais sorvete. O respondi com bom humor e cheia de muita energia.

- Nix? Não nesse momento! Agora eu sou a Formiguinha! - Brinquei e ele parecia meio bravo, mas de brincadeira. - Daddy, toma sorvete comigo, você anda muito bravo.  - Fui até ele com o pote todo de sorvete. - Aviãozinho de sorvete!

- Criaturinha feita de açúcar! - Ele diz pegando o pote e colher de minhas mãos e então finge que vai me dar o sorvete, mas aproveita para sujar meu nariz com sorvete.

Ele sorriu e então eu sorri também, isso parece tão mais natural assim. Eu peguei o sorvete com dois dedos e passei nele de volta. Por fim, ele foi cedendo a brincadeira e tomou sorvete comigo.

- Vem pequena, você precisa de um banho agora. - Eu sorria para ele, mas então parei e o observei melhor.

- Eu, te amo. - Thailor ficou um tempo sem entender bem e nem eu mesma, a verdade é que nunca pensei direito quanto a isso e se diria a alguém, mas nada descreveria melhor o que eu senti. De repente todo o medo era pequeno perto dessa confusão que é o amor. Este sentimento que bagunça a nossa percepção de mundo como só ele é capaz.

- Eu também te amo. - Thei  disse antes de tocar a lateral de meu rosto e se aproximar para um beijo.

O banho foi tranquilo, ou quase, minha natureza é agitada e provocativa quando estou nesse little space. Após passar lá tarde toda nessa brincadeira, este Space aflorou ainda mais. Entre muitos risos e brincadeiras, fui mostrando mais desse meu lado Little neste fim de semana. Thei decidiu que não pretendia conversar ou punir nesse fim de semana, que não havia nada grave que não puder ficar para depois. e então passou a maior parte do tempo junto de mim.

Conto BDSM: O doce mundo de Lúcia Where stories live. Discover now