Conto BDSM: O doce mundo de Lúcia

sexta-feira

Os dias seguiram voando finalmente sexta-feira e como já estava se tornando um hábito, passaria na casa do meu DaddyDom. Termino o meu banho, é vou já com um pijaminha para o quarto dele. Literalmente atiro-me na cama, após procuro deitar a cabeça no colo de Thailor.

- Que semana... - Amoleci ali. - Sabe, é engraçado que eu tenho estado mais aqui do que no AP que alugo, com as meninas. Mas agradeço muito por estar longe daquele caos. Acredito que vou apagar essa noite!

- É essa semana foi bem corrida mesmo. - Ele começou a mexer em meu cabelo. Era um gesto de carinho que descobri gostar naquele momento.

- Não posso reclamar, pelo menos esta tudo indo bem! - Me virei de bruços e fiquei olhando para ele na cama. - Mas ando ocupada de mais, cansada de mais...

- Você realmente tem se ocupado de mais, deveria parar tanto com isso e se dar mais tempo. - Ele parecia não gostar nada disso. - Principalmente todo o tempo que gasta online.

- Não vejo porque, não vejo mal algum em subir vídeos e livros, ora. Quem não gosta que pague. Quanto mais informações e conteúdos forem distribuídos, menos o leviatã terá forças, coerção sobre os indivíduos dessa sociedade. Quanto mais as pessoas evoluam, menos manipuláveis serão. - Sabia ter um dedo ideologico nisso e que ele parecia não se agradar. - Pense como quiser, mas para mim quanto menos governo incidindo vida dos indivíduos e atrapalhando o mercado, melhor.

- Isso não muda o fato de que uma parte disso ser crime e de que está se prejudicando assim. - Revirei os olhos.

- Que derrubem os sites. - Ou tentem. - Escravidão já foi legalizada, queimar pessoas em fogueiras... Nem tudo que é legal, é ético, nem tudo que é ético é legal. aqueles que arriscaram as suas vidas para ajudar judeus a fugir do nazismo, também eram criminosos para o estado.

- Certo, falemos disso depois. Por agora, você teve bastante tempo para ser desobediente essa semana tambem. - Ele falou sério, só então lembrei que... Sextas-feiras, eu combinei mesmo isso... - Foi consultar uma nutricionista para simplesmente ignorar tudo e seguir a mesma dificuldade para se alimentar? Acha que é formiga para viver de açúcar?

- Ah... Formigas, na verdade... - Ele me interrompeu.

- Nem tenta mudar o assunto - Ele estava sério. - O pior de tudo, é tão difícil obedecer?

- Um pouco. Na verdade, é sim. - Lembrei que esqueci diversas vezes na semana de avisar quando estaria off-line e longe dele, além de ter insistido em comer besteiras no lugar do que deveria. - Julgo que devo desculpas, eu estou tentando melhorar isso tudo. Sei que me comportei fora do que combinamos.

- Você realmente precisa mesmo melhorar isso. - A voz dele estava tão grave, aquilo estava um tanto desconcertante. - Entende que deve ser punida?

- Não! - Meu coração bateu um pouco mais forte, eu havia esquecido que dia era hoje e ainda não estava pronta para simplesmente aceitar. - Eu pensei melhor, há não é justo você me punir por isso.

- Claro que é sim e você esta me dando mais um motivo. - Ele estava sério, aquilo estava começando a me assustar. Eu já havia quebrado muitas barreiras com ele, mas isso era diferente.

- Eu olhei as suas redes sociais fetichistas... Eu fiquei assustada. O senhor é cruel e aquilo machuca, eu não quero mais, não dá. Desculpa, eu não vou dar certo nisso. - Falei enrolado, sentando à beira da cama. Ele logo vem para perto mim.

- Lu, fica tranquila, do que está com medo? - Ele atenuou a voz, sentou ao meu lado e me abraçou, porém isso definitivamente não ajudou muito.

- Eu sempre me cuidei sozinha, eu sobrevivi até agora. Não me parece lógico você me machucar para me ensinar a cuidar de mim mesma. - Disse enquanto os braços dele estavam em minha volta, eu estava encolhida ali. Um pouquinho assustada e desconfortável, na verdade, realmente muito ansiosa.