Carinho diferente

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- Em... Thailor... - Ensaiei a frases por horas em minha mente, mas pronuncia-las fazia o meu corpo todo entrar em pânico, tudo parecia-me trair, e apesar de ser um pedido tão simples, era dificil evitar o desespero. - Eu queria-te pedir uma coisa.

- Estou-te ouvindo. - Ele disse parecendo indiferente, enquanto eu engoli um gole enorme de suco, tentando acalmar o que tinha dentro de mim, que parecia ferver-me a garganta. - Eu queria saber se, hoje... mais tarde, se a gente poderia, sabe... É que o senhor disse que se eu fizesse tudo direito, nós poderia jogar mais e eu tenho feito tudo certinho...

- Podemos acrescentar algo mais no contrato, escolhe uma prática por vez para você ir testando, descobrindo do que gosta e como gosta. - Ele sabia sempre como ser gentil, isso ajudava muito, mas eu ainda não fizera ele me entender.

- Thei... É que, eu gostei de ver os seus brinquedos, principalmente os floggers. - Respirei por um momento, estava na ponta da língua, mas a incerteza e vergonha me acompanhavam em tudo. - Usa em mim?

- Um dia, princesa, vamos fazer uma coisa por vez, esta bem? - Ele perguntou com ar compreensível. Soltei o ar dos pulmões um pouco frustrada.

- Eu li nos sites e livros que se eu precisasse de spanking fora de momento, eu deveria pedir-lhe e não quebrar regras, arrumar algum problema ou briga. - Eu olhava para baixo e deixei propositalmente o cabelo cair em torno do meu rosto. Queria ter onde me esconder agora e a pergunta que me pairava era o que ele pensaria.

- Precisa de umas palmadas? - A mão dele venho afastar as mechas de meu cabelo, mas eu continuei olhando para baixo. meu corpo estava agitado por dentro, aquilo era excitante e assustador, mas eu não sabia como explicar.

- É que estou com vergonha e talvez eu possa chorar. - Vi que minha voz ficava mais baixa e confusa, ele sempre se aproximava quando percebia isso.

- Você "talvez possa" ou você quer? - Fiquei em silêncio, estava tensa e era um pouco constrangedor responder isso, mas ele insistiu. - Responde, Nix.

- Eu quero... Eu queria direcionar o que estou sentindo... - Admiti, não havia como fugir do fato de que ele sabia o que fazia e de que eu queria tentar tudo que li, queria saber se a mim também ajudaria.

- É um bom jeito de lidar com o stress, ele riu. - E eu sei que é bem mais doque só isso. Mas eu estou muito feliz que confie em mim e desejar isso também.

Ele me puxou para um beijo, ja estava bem acostumada com esse tipo de contato vindo dele. Eu me sentia bem quando ele me beijava e pode parecer loucura, mas tantas submissas afirmam se sentir muito melhor após uma surra. Talvez isso me ajudaria também.

Theailor me guiou para dentro de casa, e, pois estávamos no quintal. Lá ele apontou a guarda do sofá, antes de ir fechar a porta.

- Tire a calça e deite no braço do sofá. - Ele estava autoritário de forma que ainda não havia conhecido, senti o meu coração bater mais forte. Levei as mãos a barra da calça e ensaiei abrir.

- Eu... Não consigo? - Saiu mais como uma pergunta. Eu estava propositalmente de costas para ele, e ouvi cada passo dele se aproximando de mim.

- Esta tudo bem, querida, não é uma punição de verdade, esta mais para uma sessão terapêutica, no ponto que você precisa. - O corpo dele estava colado ao meu sua mãos foram parar em minha cintura e deslizaram até o quadril, onde desabotoou os botões da
calça. - Não temos uma safe word ainda, mas basta-me dizer que foi o suficiente ou que foi de mais e quer parar, ou mesmo bater as mãos contra o sofá, que tal?

Eu apenas confirmei com a cabeça. Ele afastou-se um pouco e eu afastei da mente o fato de que ele me observava e passei a descer a calça pelas pernas, após a dobrei o mais simples que pude e deixei sobre o tapete da frente do sofá.

Eu não queria olhar para ele e de fato não fiz, apenas parei de frente ao braço do sofa e encostei o quadril. Ele me empurrou de vagar, quando dei por mim, estava deitada ali, com o bumbum mais alto que o corpo, totalmente exposta... Pânico! Mas ele foi mais rápido do que eu.

Me mandou fechar os olhos, respirar fundo, relaxar todos os musculos do corpo, disse que isso era muito importante para que eu não me fosse me machucar de verdade. Não presta bater em músculo contraído, mas não era só isso, me senti segura e mais tranquila sabendo que ele estava sendo zeloso. Estava quase tudo ok, ele se afastou e então ouvi o som de cinto. Olhei de relance, aquilo me gelou. Queria um motivo para chorar, pelo visto teria mais do que o pedido.

Ele passou o cinto dobrado sobre a minha pele, a pequena calcinha não protegeria nada. Ele então bateu a primeira vez, foi leve, mas me assustei. A minha expectativa diziam que seria tão pior, mas não foi.

Ele foi batendo leve mais algumas vezes, contudo, senti a minha pele começar a ficar quente e arder. Não estava a fazer mais sons do que a respiração que se alterava a cada susto de um novo impacto e então senti um golpe mais forte. Gemi e senti o impulso de me mexer, só então percebi a dificuldade que é sair da posição, precisaria de um ato consciente e eu não queria sair dali de verdade.

- Você está bem? - Ele me perguntou enquanto fazia um leve carinho em minha bunda.

- Estou... - Respondi um pouco inebriada pelas sensações. Não sei se ele iria corrigir, mas tratei de corrigir quando percebi minha falha. - Estou bem Dom Érebo. Obrigada...

Ele massageou por mais algum curto tempo e então voltou com o cinto. Os golpes foram ficando mais ríspido e os meus gemidos foram acompanhando. Ele perguntava-me se eu estava bem de tempos em tempos e sempre parando e tocando a minha pele. Eu respondia um simples "Sim, Sr.Érebo" dali para diante. Ele foi batendo por vezes mais forte, por vezes não. A minha pele  de leve, estava mais para quente, mas o meu músculo reagia à cada impacto e a minha mente girava. Tudo que existia estava ali, eu estava sendo inundada por sensações e diversos pensamentos vinham a minha mente e se iam em bora.

Percebi consciente que já era difícil manter o foco em se quer, quem eu era, apenas o nó na garganta; a dor até que bem suportável, rítmica e previsível do cinto e por fim as lágrimas começando a brotar. Ele me incentivou com palavras, e alguns carinhos, a continuar e chorar,  deixar-me aliviar e eu já me entreguei e chorei.

Quando percebi, eu estava recebendo um carinho dele,  já  deitada em seu colo, não sei por quanto chorei ou bem o que houve, mas senti que tudo havia passado e então o abracei ele mais forte.

- Como esta se sentindo agora? - O carinho dele era bom, me sentia conectada, aquilo era tudo o que eu mais precisava, naquele momento eu percebi o quão magnífico é receber uma boa surra e após um carinho dominante.

- Eu me sinto tão bem... - Suspirei. - É como se isso conseguisse lavar minha alma, de calar a agitação de minha mente, de pôr no lugar o meu coração...

Ele me deu mais algum carinho, resolvi sentar no colo dele e trocamos alguns beijos e sorrisos por algum tempo.

- Já que se sente melhor, que tal brincar mais? - Ele disse enquanto começou a me provocar passando as mãos em meu corpo. A como eu amo isso, mas é melhor quando no breu, aqui com as luzes ligadas, é complicado de mais para mim.

- Eu quero, que tal ir para o quarto? - Sugeri.

- Aqui mesmo seria melhor. - Ele propôs. - Volte a deitar no sofá como antes e vamos brincar de um jeito que você gostará bastante. - As mãos dele percorreram o meu corpo.

Levantei e ele levantou comigo, andamos até lá e ele me forçou a deitar, talvez mais bruto do que antes. Ou eu resisti mais do que antes? Tanto faz.

- As diretrizes são as mesmas. - Olhei curiosa, mas logo vi que ele sumia de minha vista, senti as suas mãos afastando a pequena calcinha e a sua respiração quente, tão perto...

Abafei um gemido contra o sofa ao seu primeiro toque, por algum motivo, eu adoro sentir isso.

- Óh, Daddy...

Conto BDSM: O doce mundo de Lúcia Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα