Um pouco sobre Thailor

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Durante o filme, Daddy fez questão de provocar-me, eu estava apenas com a coleira e um pequeno vibrador. Percebo as suas mãos em minhas pernas e o "liga e desliga" do, quase silencioso, brinquedo. Em dado momento, irrito-me com a mão dele em minha virilha passeava cada vez mais a dentro de minha saia. Passo a observar mais as pessoas a volta, porém mesmo o ambiente parecendo ok para tal situação, resolvo pagar na mesma moeda.

Nós estamos sentados bem ao fundo, os conjuntos são de oito cadeiras laterais e estamos com as de beira, eu especialmente à direita
da parede. Ao nosso lado, está Lara e Nethanael, após, Laís e Jully e só então duas moças desconhecidas.

Escorrego suavemente uma de minhas mãos sobre o joelho dele e vou subindo com dois dedos andando em sua perna. Ele me dá um tapinha sobre a mão, que logo devolvi, quase automaticamente. Noto que ele me olha, mas eu sigo olhando para a tela, com a outra mão pego pipoca e sigo agindo como se nada estivesse acontecendo.

" Nix, pare agora com isso." Ouço ele sussurrar em meu ouvido, mas sigo forçando os botões do jeans dele enquanto fingi não ouvir. Deslizo os meus dedos sobre ele, o provoco e o ignoro. Ele retira minha mão, mas eu insistente, volto a toca-lo, gora sobre o tecido. " Não gosta de ousadia, Daddy?" Sussurro de volta para ele. Em resposta, sinto que mão dele se fecha no entorno de meu pulso, não está verdadeiramente apertado, contudo, é impossível solta-la.

Após o filme ele me puxou para um canto, ainda no escuro do corredor. Me pôs contra a parede e me beijou, disse que o meu joguinho me renderia consequências, eu ri por querer e dei um selinho em seus lábios.

A fila para roda gigante estava simplesmente enorme! Eu, Lara é Jully tivemos que ficar ali esperando a fila enquanto nossos parceiros foram fazer outra coisa. Isso caiu bem, pois percebi que Jully, assim como Lara, entende muito de BDSM, mas Jully também conhece, na prática, sobre o Age Play e havia uma série de coisas às quais eu gostaria da opinião dela.

Conversamos muito, até que, em dado momento, percebi que poderia perguntar o que de fato queria. Ainda assim vi certo incômodo de Jully logo.que a questionei.

- Sabe, outra dúvida para mim é, o que caracteriza um praticante como deceptivo? - Mas foi Lara quem respondeu primeiro.

- Bem, isso é algo bem pessoal, uma pessoa ser deceptiva para você não diz que ela seja para todos. Mas vamos lá. - Lara disse pensativa. - Pensemos em algo padrão, uma submissa que quer um dono que seja de fato dominante. Qualquer dominante sem dinâmica será deceptivo para a maior parte das submissas. Um exemplo mais pessoal e que seria verdade apenas para um grupo e não para todos seria: Eu gosto de cortes, um dominante que disse gostar da minha prática favorita, mas depois de negociado, não fosse querer jogar assim comigo, seria um dominante deceptivo para mim. Alguém deceptivo gera frustação, em última análise. Um dom da Net que diz que sabe, mas não estuda o BDSM, este é o auge do deceptivo.

- Auge! - Jully repetiu rindo. - Existem subimissiveis deceptivos também, todos aqueles que dizem gostar disso e daquilo e na hora não querem fazer nada, ou até mesmo uma submissa maravilhosa e obediente para um Top que prefere uma submissa rebelde ou uma brat para um Top que espera por uma boa obediência e disciplina de sua posse.

- Jully... Você disse que conhece o Thailor há dez anos, certo? - Ela negou.

- Conheço Érabo há uns dez anos, Thailor é outra história. - Me pareceu estranho a princípio, mas logo conclui que eles se conheceram fora do BDSM.

- De todo modo. - Continuei. - Qual estilo de submissa que ele gosta?

- Olha, o senhor Érabo não vai gostar se eu te contar isso, mas ele tem um histórico bem triste e ruinzinho de relacionamentos. - Ela ficou em silêncio por algum tempo, mas após falou. - Sabe, Nix, não tente agradar ele, seja você mesma e deixe ele descobrir se gosta do seu jeitinho e descubra se gosta dele de verdade. As máscaras mais cedo ou mais tarde caem para todo o mundo, não adianta fingir ser quem não é. Só siga o seu coração. - Eu de fato não estava nada satisfeita com essas poucas informações.

- Você disse que ele tinha a fama de ser um dos mais sádicos. - Ela confirmou. - Porquê?

- Estilo de práticas. Talvez não seja tão verdade quando existir alguém mais ou menos sádico. Nossos dominantes gostam de sanguê e dominação psicológica. Gostam de cortar, bater pesado, usar agulhas, injetar nos seios, exposições públicas. - Essa última parte me deu um certo pavor.

- Bater para marcar, marcar com outros objetos também, jogar com medo, jogar com cera quente e com fogo, deixar horas com brinquedos, treinar para não reagir, provocar muito para que se reaja bastante quando eles querem, fazer antecipar um medo... - Jully a interrompeu rindo.

- Nos fazem perceptar um medo para não concluírem a ação por querer. Gritar antes que ocorra e nada acontecer após isso. - Ela ria e Lara também. - Muitas regras e disciplina.

- Seja bem obediente e ainda assim irei te punir, não seja obediente e assim também irei te punir. - Lara ria. - Bem, eu amo isso. Amo o carinho que Nethanael tem também. O estilo dele não é apenas ácido, é deliciosamente cruel, mas afetuosamente muito próximo, cuidadoso e carinhoso.

- A senhora Laís é assim também. - Jully disse e ambas me olharam.

- Eu não sei o que dizer... Thailor é bem afetuoso, mas se submeter tem sido emocionalmente doloroso e difícil, mesmo que eu queira muito fazer isso. - Admiti e ambas se olharam.

- Você venho de fora do meio, talvez esteja se cobrando de mais? - Jully sugeriu. - Se quiser me contar, eu posso tentar te ajudar.

- Obrigada, mas eu apenas quero o entender. - Ela confirmou.

- O Thailor tem algo em si que leva para Érabo. Ele está o tempo todo cuidando de todo mundo. Eu sei de primeira mão que você mais do que conquistou o coração dele, então se algo te aflige, deveria se abrir, contar para ele... - Afirmou Jully.

- Eu mesma já pedi muitos conselhos para ele, Thailor é um ótimo amigo, se você deixar ele te ajudar. Ele é uma pessoa boa parece te amar muito. - Lara disse e pensei que elas devem estar certas.

- Sabe... - Ensaiou Jully. - Eu não deveria dizer isso, mas Thailor tem buscado sobre como ser um bom Daddy para você, eu ouvi ele conversando com minha Mommy, algumas vezes... - Ela começou a falar mais baixo de propósito. - Sabe, todos eles são bem rígidos quanto dinâmica. - Lara confirmou com a cabeça. - Eu ouvi que Thailor por algumas vezes abriu mão de seguir a dinâmica, de punir ou adaptou tudo. - Elas me olharam.

- Sim, isso é verdade... - Admiti.

- Ele nunca foi desta forma antes, você é a excessão as regras dele, você venho de fora do meio, mas não acho que seja só por isso que ele está tentando ir devagar. - Jully explicava. - Ele não está te treinando ou adestrado como submissa, não de verdade para ele. Ele está te adaptando ao mundo dele e tentando entender o seu, pelo menos é isso que ele diz estar tentando fazer. Entende? Ele não encontrou uma garota que queira ser "a submissa" ou esta tentando te transformar "na submissa perfeita", ele só gostou de você, ele quer juntar os mundos de vocês e ele volta e meia é um chato mandão e certinho com tudo que eu sei bem. - Ela riu. - Ele sempre foi assim, o lider, perfeitinho, mandão, que sabe tudo... Mas ele ajudou muito todo o mundo sempre e ele é uma das pessoas mais gentis que já conheci. Sei que ele esta tentando de verdade fazer tudo dar certo entre vocês e não acho que ele queira te machucar, ele só, não sabe de fato sobre todas as coisas.

Conversamos mais um monte de assuntos, o tempo passou devagar, mas quase uma hora depois, chegou a nossa vez no brinquedo. Tão logo a fila começou a andar e os nossos parceiros chegaram.

Conto BDSM: O doce mundo de Lúcia Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin