35 - FINAL?

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Não lembro quando foi que eu curti alguma coisa em família, com a tranquilidade de hoje. Não me recordo qual foi a última vez que eu sentei numa mesa, abri uma cerveja e tomei tranquilo.

Nunca pensei que meu sonho fosso ter paz. Nunca havia pensado na ideia de que a felicidade é isso, é viver em paz, estar em paz e ter a família toda reunida.

Aniversário da minha avó aqui em casa, pagode rolando, churrasco e cerveja até enjoar. De longe, uma das minhas maiores alegrias, ver geral alegre, se divertindo, até arrumei um pula-pula pros velho, porque pra criança já é lei.

Marli: Obrigada, meu filho. Eu te amo demais. Agora a vó já pode morrer em paz.

Bala: De nada, velha. — dei um beijo na cabeça dela. — Mas sai pra lá com esse papo de morrer, bate na madeira aí. A senhora é imortal.

Ficamos trocando mais uma ideia, até que o pagode parou e eu não entendi nada. Viviane pegou o microfone, olhou pra mim e já começou s rir. A família toda tá aqui, até a Roberta.

Viviane: Eu queria contar de uma vez pra todo mundo. — arqueei a sobrancelha, levantei e fui andando na direção dela.

Não tinha percebido que ela não estava bebendo, olhei pra ver o que tinha na sua mão e era um copo com refrigerante, nada demais.

Bala: Sai daí, garota. — disse rindo e negando com a cabeça.

Viviane: Vocês estão vendo esse homem maravilhoso que é meu marido? Então, ele vai ser pai de novo. Estamos grávidos mais uma vez. Agora, pode voltar o pagode. — deu o microfone pro cara de volta e veio na minha direção.

Ficamos um bom tempo abraçados sem dizer nada, só sentindo o cheiro um do outro. Senti meu ombro molhar e segurei o rosto dela com uma das mãos.

Bala: Tu é muito filha da puta mermo. — dei um selinho. — Para de chorar, garota.

Viviane: Eu não consigo, Daniel. Eu tô feliz demais por nós, feliz por você estar aqui de novo. Nós nunca tivemos essa paz, nunca podemos comemorar a nossa vida dessa forma. Obrigada por ter mudado a minha vida, ter insistido em nós. Eu te amo muito.

Bala: Não vou perder postura não, hein vacilona. — dei risada. — Eu te amo pra caralho e quem agradece sempre sou eu. Tu foi feita pra mim e eu pra tu, não tem história. Vamo viver pra sempre juntin, igual dona Jandira e seu Osvaldo, fazer uma porrada de filho igual a eles.

Viviane: Aí você exagerou. — nos abraçamos de novo.

E é assim que a minha vida é agora, em paz, curtindo a minha família em 100% das coisas, sem precisar me esconder, sem precisar me escaldar. Acabou! E daqui pra frente, nada pode nos abalar.

———
▪️ é isso, gente.  acabou o milho, acabou a pipoca, risos.
▪️não sou boa com finais, acho que já deu pra perceber.
▪️ espero que vocês tenham gostado, e quem não, paciência.
▪️já estou com uma história nova e gostaria de vê-las por lá.

5O TONS 🔥 - LIVRO 2Où les histoires vivent. Découvrez maintenant