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Acabou que eu mesma, nem almocei, não estava me sentindo bem, só dei uma beliscada num bife lá e sentei na sala. Até que a Roberta me chamou na varanda...

Roberta: Obrigada por cuidar deles. Até do Daniel...

Viviane: Por nada!

Roberta: Sei que errei muito com os meus filhos. Aliás, com todos que estão a minha volta. Sei também que não vou conseguir mudar algumas coisas, mas eu queria saber se eu posso falar com o Daniel, se ele deixou.

Viviane: Olha, Roberta, o Daniel não tá num momento bom, você sabe. E te levar lá, vai piorar o que já é péssimo. Eu falei com ele e mais uma vez, ele se encontra irredutível, é melhor você esperar ele voltar... — ela assentiu.

Roberta: E eu queria levar as crianças de volta pra casa...

Viviane: Bom, eu prefiro não me meter nisso, porque não sou da família de vocês. Mas acho que tirando a Daniela, os meninos já conseguem escolher onde querem ficar, cabe a você, respeitar isso.

Roberta: Eu sei, eu quero mostrar pra eles que aquela antiga mãe, morreu. Eu reformei a casa, eu tô trabalhando, eu tô limpa, quero poder fazer algo por eles.

Viviane: Faça com eles aqui, que se eles verem que você melhorou, talvez queiram voltar. — fui interrompida pelo meu celular.

📱 Thomas Adv 📱

"Tem como vir me encontrar aqui no escritório?"
"Nossa! Tem. É muito urgente?"
"Sim. Quanto mais rápido, melhor."
"Ok."

FIM DA LIGAÇÃO

Pedi licença à Roberta e entrei na casa de novo, caçando minha bolsa e as chaves do carro. Avisei a tia Neusa que ia pedir meu irmão ou meu pai pra buscar o Vinícius depois, mas que eu precisava ir correndo pro escritório do advogado do Daniel.

Entrei no carro e pisei firme no acelerador. Meu coração parecia que ia sair da boca, ao mesmo tempo que eu pensava em coisa boa, também tinham alguns pensamentos ruins, mas eu tentava ao máximo focar em energias positivas. O nosso sofrimento precisava acabar!

Peguei um acidente na pista, xinguei meio mundo e demorei 30 minutos a mais pra chegar no escritório do Thomas, mas cheguei a tempo de resolvermos tudo. Prisão perpétua é a morte, po. Graças a Deus, o dia que eu mais espero há dois anos, chegou.

Thomas: Então, é isso. Amanhã, às 9h.

Viviane: Você sabe que às 7h30 eu já estarei lá, né? — dei risada e ele concordou.

Thomas: Mas por favor, caso ele te ligue hoje, não diga nada à ele. Por favor!

Viviane: Tá, vou me conter. — me despedi e saí de lá, indo em direção à uma ósseos que tinha próxima.

Sentei, pedi um suco de laranja e meu corpo inteiro tremia de euforia. Tenho certeza que não vou pregar o olho essa noite, de tanta ansiedade...

Voltei pra casa e todo mundo percebeu a minha cara de felicidade, meus olhos brilhando, eu estava sorrindo à toa. Meu pai e meu irmão se entreolharam, mas não disseram nada.

Viviane: João! — chamei meu irmão na cozinha. — Toma aqui esse cartão e compra tudo de carne e cerveja. — entreguei o celular pra ele, mostrando o limite.

João: Tá maluca? — demos risada. — O Dani vem? — falou mais baixo e eu balancei a cabeça que sim.

Viviane: Mas vai ser surpresa pra todo mundo e pro morro também. — nos abraçamos e eu chorei.

João: Segura a onda, bebê. — me gastou.

Continuamos conversando lá e eu já tinha falado com a tia Neuza que não poderia levar as crianças pra ela, mas meu pai ia levar. Inventei desculpa de médico da minha avó e ela nem desconfiou, assim como a minha diretora.

Deixamos tudo combinado e eu subi pra dar banho no Vinicius. Ficamos papo de uma hora brincando na banheira, nossas gargalhadas ecoavam la dentro e eu só pensava que em menos de 24h, seríamos nós três de novo, sem desgrudar.

5O TONS 🔥 - LIVRO 2Where stories live. Discover now