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Voltei do barracão novo, papo de sensação de renascimento, tá ligado? Tá tudo organizado já, vou começar a comprar as coisas que precisam pra eu fazer minha obrigação.

No caminho de volta pra casa, vi uma molecada da antiga encostada no Mauro e sabe quando fica geral assustado? Sem neurose, essa foi a cena. Não deu pra definir se os cara tava feliz ou se tava assustado, mas como, não tem nada não, bagulho tá totalmente diferente agora, só melhoria.

Quem traiu, vai pagar e com nós não tem parcela, vai pagar no ato, sem direito à último pedido.

Falei com a mãe Beth que eu preciso resolver esses bagulho antes de deitar pro meu pai, antes de formatar minha vivência, tá ligado? Dei meu papo, escutei as visão, mas não tirei minhas paradas de cabeça não.

De volta na base, a preta tava na cozinha, agitando o almoço, enquanto nossa cria brincava no chão da cozinha. Cheguei no talento, mas ele me entregou, fez mó festa quando me viu. Melhor forma!

Almoçamos os três juntos e não teve jeito, ficamos de preguiça no sofá, vendo um filme de animação qualquer. Vinicius é igualzinho a Viviane, parece gato de armazém. Em qualquer lugar que encosta, dorme.

Viviane: Já ia esquecendo... — levei um susto quando a ouvi.

Bala: Que?

Viviane: Trouxe um presente pra você. — apontou uma sacolinha branca do lado da bolsa dela.

Levantei com jeito pra não acordar o Vini e peguei. A filha da puta comprou um telefone novo pra mim, po. Que isso!

Bala: Que isso, amor. Precisava não... — dei um selinho — Logo menos as parada voltam ao normal e eu vou poder te fazer essas graças pra tu de novo.

Viviane: Quero outro normal... — respirou fundo. — Se é que você me entende.

Bala: Tô ligado. — dei mais um selinho nela e sentei pra mexer no bagulho.

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde, teríamos que conversar sobre. E sabia mais ainda que ela ainda estava evitando o assunto porque eu acabei de chegar, mas como, não vai dar pra adiar muito não. Conheço a peça e sei que ela já quer resolver tudo, o mais rápido possível.

Já estava quase anoitecendo, quando alguém chamou no portão e eu não reconheci a voz. Eu e Viviane nos entreolhamos, eu fiz que ia sair, mas ela me vetou.

Viviane: Sossega ai, querido. — prendeu o cabelo e segui pro portão.

Passado uns 2 minutos, ela voltou com cara de poucos amigos, me olhando séria.

Viviane: Cuidado! Não deixei entrar, mas seu amigo Roberto quer falar contigo. — bufou.

Bala: Tá ligado. Não vou aceitar nada não...

Viviane: Eu espero que não mesmo, Daniel.

Fui no portão e ele estava lá, fingi amizade mermo, abracei e os caralho.

Bala: Dá o papo.

Robertinho: Chegou e nem comunicou os amigo, nem deu o plá pra nós fazer um churrasco, contratar uma atração pro baile amanhã, po.

Bala: Tem nada disso não, po. Não tô colando mais, tem nem necessidade.

Robertinho: Tá ligado que se tu ainda tivesse com nós, nada disso teria rolado, né? Isso foi porque tu botou essa vacilona lá em cima, deu moral pra ela, ela deu moral pra esse comédia do Acerola e ele que te fodeu.

Bala: Ih, qual foi?! Errei memo, po. Mas já to aqui, to de volta e tô firmão.

Robertinho: Graças a Deus, o mundo não pode perder um homem que nem tu não, irmão. Papo reto. Outra coisa, vim avisar que é tudo nosso de novo, tu quiser teu cargo de volta, tá aí. Lobão já voltou e até agora ninguém sabe da Fabiana com o Acerola não...

Bala: Que?

Robertinho: Essa porra mesmo, abriram fuga. Acerola deixou a mulher pra trás, fodida, deve tá de barriga, porque já tem 3 e meteu o pé com a Fabiana. Mas eles se esqueceram que a cada dia que passa, nós tá mais forte e que eles não vão conseguir se esconder por muito tempo.

Bala: Tô ligado. Ossada. Mas po, valeu pela moral de sempre ai, já é?

Robertinho: Já é. — fizemos um toque de mão. — Bagulho continua sendo teu, a hora que tu quiser, só chegar, porque rei nunca perde a majestade.

Bala: Tira isso de ideia, meu patrão. To fora. — ele olhou pra trás de mim.

Robertinho: Tua mulher é brabona, né? — sorriu debochado. — Desenrola na paz com ela aí e brota lá na quadra sábado, vou fazer um bagulho pra tu. Tu é irmão, merece, sempre honrou.

Bala: Já é, te passo um rádio memo, se eu for.

Fechei o portão e voltei pra casa, Viviane me olhava ainda de semblante fechado, mas eu passei direto e voltei pra cozinha, pra terminar a janta.

Viviane: Não vai me contar o que ele veio fazer aqui?

Bala: O mesmo de sempre, me chamou pra voltar.

Viviane: E você quer isso?

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E, VOU DEIXAR A RESPONSA NA MÃO DE VOCÊS: O DANI VOLTA OU NÃO VOLTA?

5O TONS 🔥 - LIVRO 2Where stories live. Discover now