13 - Acho que sou um monstro

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Essa capítulo será narrado pelo Gaara

(...)

Sinto um chakra a se aproximar é minha sensação sobre isso não é nada boa. Minha primeira reação é cobrir Millie com areia, desejando protege-la. 

Na verdade, eu nem sei como fiz isso, eu apenas desejei que ela ficasse segura e a areia a envolveu. 

Sei que alguém se aproxima e fico em alerta, preocupado. Talvez teria sido mais inteligente se eu tivesse me escondido junto com ela. E se for um assassino malvado? 

O pensamento me faz tremer um pouco. 

Vejo kunais sendo jogadas em minha direção, mas antes mesmo que eu pudesse pensar em desviar, a areia me protege. Olho rápido para Millie, ela continua em segurança. 

Ouço o assassino tentar se aproximar e por reflexo meu braço se estica, jogando-o contra a parede. 

Assim que ele sai, o tecido em seu rosto acaba deixando seu corpo, me deixando paralisado e com os olhos marejados. 

— Y-Yashamaru? — eu tremo, sem conseguir me mover. — P-por que... Por que você? — sinto minha voz ficar fraca. 

— Sei pai me mandou te matar. — ele fala sem me olhar, com os olhos para as estrelas. 

Apesar da dor, sinto um pouco de alívio, o que não devia ser bom. Meu pai tentou me matar. De novo. 

Não contei a Millie e nem aos meus irmãos, mas já faz três meses desde que ele tentou me matar pela primeira vez. 

Desde então estou um pouco mais medroso, tento ficar perto da Millie e dos meus irmãos, também tenho medo que eles se machuquem e tento ficar longe também. 

Minhas emoções ficam bagunçadas e com o medo de ser morto a qualquer instante ou ver alguém que eu amo morrer, me dói o peito e me faz perder o controle dos meus poderes com a areia. 

— Então... Você não teve escolha. — falo com um pequeno sorriso, limpando o rosto. 

— Na verdade eu tive. — arregalo os olhos. — Eu poderia ter negado se quisesse. 

— O-o que? M-mas... 

— Eu tentei Gaara, juro que tentei amar você. Mas sempre que eu te olho eu me lembro... Me lembro do monstro que tirou minha irmã de mim. Pensei que poderia pensar em você como uma parte dela, mas você é só a besta que lhe tirou a vida. 

Sinto minha respiração falar, meu corpo não corresponde a nada, ou meus sentimentos. 

As palavras de meu tio me ferem como agulhas, destruindo-me por dentro. 

— Mas... Mas e o que você disse hoje?

— Sobre amor? — ele suspira deixando um sorriso escapar. — Era uma mentira. Você acha mesmo que alguém é capaz de amar um monstro como você? 

— E-e-e-eu... 

— Eu só queria que você não perdesse o controle. Você já tem sangue demais nas mãos, minha irmã e agora eu. Ninguém mais precisa morrer por causa da sua falha existência nesse mundo. 

Um amor silencioso (Gaara)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora