Capítulo 32

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Vi Luke perder o ar.

Durante todo aquele dia, era exatamente assim que eu me sentia. Quase como se eu fosse dele.

Seu anel pendendo do meu pescoço, o roteiro que ele planejou, todos os meus pensamentos nele.

Ele apertou minha mão mais forte e eu quis entrelaçar nossos dedos, mas o corredor era público demais para isso. Se eu entrasse correndo no quarto dele alguém me impediria?

Fechei os olhos, me concentrando nas borboletas no meu estômago, na mão de Luke segurando a minha, no calor que a presença dele tinha e no seu perfume inconfundível.

Eu só queria um abraço. Um só. Queria encostar minha cabeça perto do coração dele e ouvir o quão descompassados seus batimentos estavam. Queria ter o mundo para entregar a ele bem ali.

Ouvimos passos se aproximando no corredor, estava longe ainda, mas era o suficiente para que acordássemos do transe.

Abri os olhos, focando nas feições perfeitas de Luke. Ele beijou a minha mão em um movimento que ele não tinha noção do quão charmoso era.

Aquilo era o que eu teria. Me convenci que era o suficiente para aguentar até o dia seguinte.

Me afastei antes que os passos se aproximassem e entrei no elevador sem descobrir quem havia nos interrompido.

Pousei as mãos sobre o meu peito, com medo de que a força da minha pulsação fosse me arrebentar de dentro pra fora. Quase doía.

Quando cheguei no quarto, liguei pra Hannah. Queria contar pra ela do meu dia, de Paris, do término de Luke. Até então, eu tentava guardar tudo comigo mas, àquela altura, era demais. Precisava que a minha melhor amiga me dissesse que eu não estava ficando louca, que não era a minha imaginação.

Mais tarde, não conseguia dormir. Meu corpo vibrava apenas com a lembrança de Luke me olhando no corredor, a pele quente dele segurando a minha mão, um único cacho dourado pendendo em sua testa.

As horas passavam e eu gravava cada milímetro do rosto de Luke na minha mente. Queria guardar para sempre a imagem dele como o vi naquela noite. De todas, aquela era a mais perfeita. Eu senti seu olhar ceder ao mesmo tempo que o meu cedeu. Minha guarda estava baixa e a dele também, só precisávamos de mais um pouco de tempo.

Na meia luz de um corredor de hotel na capital francesa, eu me enxerguei com ele. Mesmo que por um segundo, eu vi algo que não estava ali antes.

...

Dormi no vôo para Holanda, infelizmente, sentada fileiras atrás de Luke. Eu começava a suspeitar que a gestão da banda estava tentando mantê-lo longe de toda e qualquer mulher da equipe.

Eu não entendia o tamanho do problema. Era só chegar perto de uma mulher que Luke estaria automaticamente desrespeitando a mãe de seu filho? Aquela proteção toda me parecia patética. Como eu ia evitá-lo trabalhando com ele?

Josh comentou suas suspeitas comigo, e eram as mesmas que as minhas.

Na chegada à Amsterdã, seguranças fizeram uma operação digna de um filme de espião para Luke não ser visto no aeroporto. Era quase ridículo. Achavam melhor escondê-lo do que responder qualquer pergunta sobre o término à imprensa. Todos no avião tiveram a saída da aeronave atrasada em quase trinta minutos por conta disso.

Eu, como jornalista em formação, achava uma péssima estratégia, mas não poderia questionar a Modest. Sufocaram tanto Harry Styles e Louis Tomlinson que eles acabaram por nem mais se falar publicamente, logo eles. Me espantava o poder que a gestão tinha sobre todos os agenciados. O que os prendia tanto? Era dinheiro, status, segredos? Nada deveria valer a liberdade.

Lover of Mine | Luke HemmingsUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum