Universitária Fogosa

De volta para casa

Abri meus olhos, estava um breu total, não parecia que havia acabado de acordado. Tateei minha cama em busca de meu telefone pedindo a todas as divindades para que não tivesse jogado no chão durante o sono e como consequência a tela ter trincado. Não tenho sorte com tela de celular.

Não achei na cama, tateei a escrivaninha e o senti, peguei e vi a hora, 1h12, perfeito.

Agora, diga-me, para onde foi meu sono?!

Acendi a lanterna do celular para a cama de Sasuke e ele estava lá, parecia um corpo morto, quase não se mexia com a respiração. O que me fez perceber que estava vivo ainda foi ele ter virado para a parede, acredito que a luz tenha o incomodado, ele tem sono leve. Saí do quarto, fui para a cozinha procurar algo para comer, estava faminta. Dormi por volta das 18h30, no máximo, e não almocei direito.

Olhei a geladeira, freezer, armários e encontrei nada que fosse realmente atrativo. Peguei meu telefone em busca de aplicativo de comida para ver se tinha algum estabelecimento ainda aberto e para minha felicidade tem! Pedi um lanche enorme para agora e mais tarde, contendo mais salada do que recheio, sinto falta do verde em minhas refeições. Acredito que se eu morasse sozinha, com certeza viveria apenas de folhas.

Minutos mais tarde recebi mensagem do estabelecimento dizendo que não entregaria mais, pois havia terminado o horário de expediente deles. Frustrada pesquisei por mercados 24h., para que tardar o que sei que irei fazer em breve?!

Subi, escovei meus dentes, montei em meu Sasuke pensando se ele me levaria ou não ao mercado a essa hora. Acredito que não, mas custa nada tentar, dependendo da resposta posso pedir um carro por aplicativo tranquilamente.

– Saia de cima de mim, Sakura, não estou afim de te foder. – sua voz estava tão "dura"... será que ele ainda está puto com algo que talvez eu tenha feito?

– Não quero sexo, Sasuke. Me leva em um mercado agora? Estou com fome e nada aqui me agrada. – tentei ser manhosa, para ver se ele mudava a sua forma de me tratar, mas acho que não resolveu, tudo o que ele fez foi respirar fundo. O deixei mais irritado?

– Não irei sair a essa hora, Sakura. Vá para sua cama e durma. Outra hora você pode ir e comprar o quiser.

Fiz biquinho por ter sido meio que rejeitada então saí de cima dele dando um beijo simples em seus lábios no processo de sair de sua cama, abri minha parte do guarda-roupas, peguei um moletom lilás e a uma legging branca e comecei a me despir. Ouvi Sasuke se mexer em sua cama então olhei para ele encontrando seus olhos escuros em mim.

– Apaga... – ele olhou para as roupas em minha cama, depois para mim revirando os olhos. – Você não irá sair sozinha a essa hora, Sakura.

– Vou sim. Volte a dormir que assim você ganhará mais. – vesti o moletom, comecei a vestir a calça quando vi ele se levantando e indo em direção a porta trancando-a e tirando a chave da porta. Olhei incrédula aquela atitude infantil dele enquanto ele voltava para a cama. Que idiota. Agora posso fazer absolutamente NADA?! É isso mesmo? Não posso sair para comprar o que comer? Algo que me faça me sentir melhor? – Por que fez isso? Quero a chave, Sasuke.

– Vá para a cama e durma. Você, definitivamente, não irá sair a essa hora para ir ao mercado. Você não tem transporte para te dar uma segurança a mais, acha mesmo que eu deixarei sair? Quase duas da manhã? Você sabe quem será o louco que atravessará o seu caminho? Pensa um pouco, Sakura, não seja mimada ao ponto de ficar se expondo ao perigo desnecessário porque não aceitei te levar ao mercado a essa hora. Estou cansado e tenho prova mais tarde não pense apenas no seu bem-estar. Se quiser, faça uma lista do que quer e eu passo em um mercado quando eu voltar do trabalho.