Frustração

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Meus dias se passaram perfeitamente, estava acostumada à minha nova rotina na faculdade, Sasuke sumiu, mas soube por Kakashi que não perdeu uma aula, pois participava das aulas através de vídeo chamada com algum aluno qualquer da sala. Entregava os trabalhos por e-mail e tudo seguia muito bem. Não acompanhei o prateado gostosão no almoço que ele me chamou, decidi não ir muito rápido com ele, o cara é mais velho do que eu, muito mais experiente e isso me deixou com um pouco de medo... é um medo idiota, eu sei, mas é um medo que me faz não querer passar dos limites, não agora. Com o Gaara... nossa relação está ótima, sempre corremos juntos e ele consegue ir um pouco mais além a cada dia.

Faz quase um mês que Sasuke não aparecia na república, e nesses vinte e oito dias, tomei a liberdade de usar a cama dele juntando com a minha para fazer uma cama uma enorme cama de casal metendo lençol no espaço entre um colchão e outro. É maravilhoso dormir na horizontal e acordar na vertical. As camas são de madeira de solteiro, todavia, maior do que o convencional, são as chamadas "Viúva". Os rapazes disseram que podia fazer qualquer coisa no quarto, como o de Naruto e Gaara. Eu não tinha percebido e não sei como não percebi a parede Laranja referente ao lado de Naruto, com vários adesivos de paredes que remetiam ao por do sol na Savana, com figuras de árvores e girafas, lindo, mas estranho por culpa do lado de Gaara que era apenas Branco. Nada mais.

A cor preta do meu nunca me agradou, sentia-me aprisionada em uma caixa, sufocada algumas vezes, então, decidi pintar a metade de branco, mas para não deixar uma coisa muito agressiva aos olhos, pedi para o pintor fazer um dégradé para a transição do branco para o preto e ficou perfeito. Fui com o Gaara, em um sábado, à loja de adesivos de parede e comprei o mais obvio, de cerejeira para combinar comigo. Quando terminamos, ficamos deitados em minha cama apreciando nosso trabalho.

Era quinta-feira, um dia antes da sexta-feira santa, tive Biologia Celular de manhã e Bioquímica de tarde. Estava exausta, mas passei na pizzaria e comprar três para o jantar, esses homens comem muito. Como três pedaços e já estou morrendo, mas eles... têm um triturador no lugar do estômago. Cheguei não encontrando meu parceiro de sofá que sempre me recebe de bom humor, estranhei, mas não me importei muito. Deixeis as pizzas na mesa de jantar e subi para meu quarto quase sofrendo um infarto por encontrar a figura do Uchiha em pé, no meio do quarto me encarando com desprezo. Pergunto-me internamente quanto tempo ele ficou ali me esperando.

– Que porra você fez no meu quarto? – seu tom estava muito autoritário. São apenas três paredes e o cara está quase pondo um ovo, imagina se soubesse que eu dormia na cama dele também, botava um ovo de avestruz.

– hm... NOSSO quarto e Oi para você também. – Joguei minha bolsa no canto do quarto ainda sentido o olhar dele me matando, arrancando membro por membro.

– Não era para ter mudado, acha o que? Que é só chegar e mudar tudo da forma que bem entender?

– Sasuke, eu não gostava dele totalmente preto. Era estranho, eu me sentia presa em um breu sem fim sem você aqui. Ter você aqui é um alívio para não temer a escuridão que era, nem mesmo o abajur dava conta, parecia que a luz era sugada. Os garotos disseram que cada um decora da forma que quiser o lado, e convenhamos que está bem legal assim.

– Quero o MEU quarto da forma que era, Sakura.

– Ficará querendo. Se pintar de preto, eu pinto de branco de novo, mas não me darei ao trabalho de contratar um pintor para fazer todo esse trabalho de dégradé e ainda pinto tudo. Para de ficar putinho por culpa parede. Parece criança mimada.

– O quarto é meu, sempre foi desde muito antes de ser uma república.

– Ah, meu amor, esse quarto é nosso. Não é mais uma casa da sua família, apenas no papel.

Universitária FogosaWhere stories live. Discover now