Sem Limites - NaruHina

Um Fantasma Real?

NARUTO
🔥

No carro, o silêncio era constrangedor. Eu sabia que havia magoado a morena, mas sinceramente, ela deveria saber o que sinto por ela, afinal, dei todas as provas possíveis do meu amor.

Estava distraído com esse pensamento, quando senti uma mão pousando em minha coxa. Olhei para o lado, Hinata estava muito pálida, havia se apoiado em mim. Gritei para minha mãe parar o carro. Ela havia feito nós dois sentarmos no banco de trás para "deixar de ser frescos".

- O que aconteceu?

Ela disse, encostando o carro.

- A Hinata não ta bem!

A morena tinha a pele mais branca do que papel, tremia e suava frio. Por instinto eu a abracei.

- O que foi, amor?

Minha mãe abriu a porta de trás e eu tirei Hinata dali e a sentei na calçada, para que respirasse um pouco melhor. Após alguns segundos, ela já começava a melhorar. Suspirei, aliviado.

- O que aconteceu?

Perguntou minha mãe. Hinata respirou bem fundo e disse.

- Não sei.. Me senti mal do nada..

Kushina fez uma cara estranha e Olhei, confuso para ela.

- O que foi, mãe?

- Filho, por favor nos dê licença.. Preciso conversar com ela a sós.

Nossa e eu que pensei que a situação não podia ficar mais estranha! Bom, se ela mandou, então eu não tinha escolha. Soltei da mão da morena, que eu nem havia notado que ainda segurava, tamanho havia sido meu susto e meu medo de perde-la e fui até o carro.

A conversa das duas foi relativamente rápida e logo elas estavam de volta. Hinata parecia melhor, Mas de certo modo, parecia pior do que antes. Ela olhou em meus olhos e pude ver que ela havia chorado.

- Você ta bem? O que aconteceu, Hina?

Ela negou com a cabeça e apenas se aconchegou em meu ombro e eu a abracei. Quando chegamos na casa de meus pais, já era tarde da madrugada e Hinata definitivamente estava estranha.. Logo antes de passar mal no carro ela estava furiosa comigo e, do nada, era novamente a mulher de antes, como se nada tivesse acontecido. A coisa estava tão estranha, que fomos para o mesmo quarto, sem protestos.

- Hina..?

Arrisquei, logo depois dela tomar um banho e se deitar na cama.

- Sim?

- Ta tudo bem? .. Entre a gente?

Ela respirou fundo.

- Não.. Eu ainda estou magoada com o modo como você agiu.. Mas eu sinceramente não quero brigar.. Você não fez nada de tão absurdo assim.. Isso vai passar!

Essa não. Eu sempre odiei aquilo. Era a mesma tática que minha mãe usava; sem gritar nem xingar, apenas deixar que eu ficasse remoendo as besteiras feitas, sentindo uma culpa terrível. Me levantei da cama.

- Não! Prefiro que você grite comigo, coloque sua raiva pra fora!

Ela deu um sorriso cansado.

- Não to com raiva de você.. To com medo...

Aquilo me pegou de surpresa.

- Medo?

- Sim.. Eu tenho medo de perder você e quase morri de ciúmes quando aquela garota se pendurou em você e te beijou.. O medo me deixa irracional.

Me sentei na cama e a abracei.

- Hime.. Você ta falando com o homem que quase morreu pra poder pichar uma prova de amor num viaduto.. A última coisa que precisa ter é medo de me perder!

HINATA
🌼

Quando comecei a passar mal, perdi totalmente o controle sobre mim. Quando dei por mim, minha mão estava na coxa do loiro, perigosamente perto de sua virilha.

Eu queria conseguir falar pra ele que não estava bem, mas as palavras simplesmente não saíam, mas o loiro me entenderia sem precisar usar as palavras. Ele gritou para que sua mãe parasse o carro e ela o fez. Logo depois, ele me tirou de lá, cuidadosamente e me colocou na calçada e o ar fresco da noite foi um imenso alívio para meus pulmões. Respirei fundo e respondi à pergunta de Kushina.

- Não sei.. Me senti mal do nada..

Então ela disse que queria conversar a sós comigo, o que me deu um arrepio na espinha. Assim que ficamos sozinhas, ela disse.

- Também está sentindo vontade de vomitar?

Eu assenti. Estava com a bile presa na garganta, me esforçando para não por tudo pra fora. Kushina deu um suspiro profundo.

- Também me sentia assim quando estava grávida do Nagato!

Engasguei e quase vomitei de verdade. "Grávida?"

- Como é?

- Ah, qual é.. Eu aposto que a sua menstruação está atrasada!

Quase engasguei novamente. Ela estava certa, mas eu não havia dado atenção a isso, afinal, já havia atrasado mais vezes antes, para mim aquilo era normal.

- Não posso estar grávida..

Ela deu um sorriso fraco.

- Sempre acontece quando não pode acontecer! .. Mas me diga uma coisa; o Naruto é o pai?

Engoli em seco. Como ela podia pensar que eu estivesse grávida de outro a não ser do loiro? Maldição eu nem posso estar grávida!!

- A senhora me ofende perguntando assim!

Ela riu, enquanto eu tinha lágrimas nos olhos. Grávida? Essa palavra não saía da minha mente.

- Desculpe, mas preciso te dizer; vai ser muito melhor e mais tranquilo pra você e pro bebê, se fizer as pazes com o pai da sua criança.. Acredite em mim, Hinata. O Naruto te ama de verdade e está disposto a qualquer coisa pra ficar com você!

Então ela me ajudou a me levantar e nós voltamos para o carro. Assim que vi aqueles lindos olhos azuis cheios de preocupação, notei que Kushina tinha razão. Naruto me amava muito e não valia a pena iniciar um pé de guerra com ele por conta do que aconteceu mais cedo.

Apenas me aconcheguei em seu corpo, apoiando a cabeça em seu ombro e logo ele me abraçou. Fiquei sentindo seu calor irradiando por meu corpo todo e uma sensação muito boa.. Por mais que eu estivesse mesmo grávida, queria que nada nunca mudasse entre nós.

Assim que chegamos no quarto, tomei um banho bem quente para ver se conseguia tirar o peso de meus ombros. Um peso "fantasma", algo que me assombrava e eu tinha muito medo de ser real.

Após uma conversa com o loiro, antes de nos deitamos e eu ser abraçada por ele, senti que estava mesmo com o homem da minha vida. Alguém que valia a pena e que, sem duvidas, seria um pai maravilhoso. Não queria pensar muito nisso, na manhã seguinte eu faria um exame para ter certeza da gravidez, mas enquanto isso, só queria aproveitar os braços quentes de Naruto.