Já parou pra pensar na imensidão do universo e na quantidade de estrelas que brilham no céu? E nas leis da física que precisamos para essa imensidão toda? A gravidade, por exemplo...Sim, essa mesma, de quando a maçã caiu na cabeça de Isaac Newton e...
Sim, atualização dupla! De novo... só que dessa vez já é o ultimo capítulo! Aí, meu coração tá até apertado...
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— Já parou para pensar qual seria a sensação de estar sozinho no espaço?
— O quê? — Delyone franziu o cenho, já sabendo onde aquela conversa chegaria. E ele amava aqueles momentos, onde ela falava e ele faltava morrer de orgulho de tão inteligente que ela era.
— É um dos meus maiores medos. Ficar perdida no espaço, sabe? Sozinha, em meio a um bilhão de estrelas, flutuando no universo, vendo a Terra de longe e sem conseguir voltar — a mulher encolheu as pernas no banco do passageiro, abraçando-as — Já pensou? Morrer desse jeito?
Delyone sabia que ela estava falando de algo sério e que não deveria gargalhar, mas o fez mesmo assim. Era inevitável.
— O que foi? — Malena questionou, fingindo-se de ofendida pela reação inesperada do namorado.
— Nada, é só que... de todos os medos que você poderia ter, esse é a sua cara.
Ela riu, dando um tapinha no ombro dele.
Era março, a primavera tinha acabado de chegar no hemisfério norte e o casal havia decidido que uma roadtrip pela Itália era uma boa ideia. As paisagens bucólicas e a história guardada em cada ambiente eram um afago na alma curiosa de Malena.
Estava conseguindo conciliar bem, inclusive. Ia até Turim uma vez no mês, e Teo ia a Buenos Aires sempre que podia.
Infelizmente, o sempre que podia era raro, ainda mais com a pressão do clube em cima do argentino, para que ele entregasse sempre mais e mais. Mesmo ele não falando sobre, ela notava como ele estava desgastado por tanta cobrança. Por isso, naquele mês, era a segunda visita dela. De surpresa.
— Quer jogar? — ela perguntou, um sorriso convencido na ponta dos lábios.
— Você sempre ganha, não tem graça — ele argumentou.
— Ah, Teo... é só você pensar rápido — ela pediu.
— Tudo bem — ele disse, bufando em seguida — Aí, ta vindo um... AD-DM...
— Amo doce de morango — Malena gargalhou — Você é muito lerdo!
O jogo consistia em formar frases com as quatro letras das placas dos carros. Segundo Malena, era uma forma divertida de passar o tempo dentro do carro. A menina brincava com sua mãe, quando ela era viva.
— TS-GP... Taylor Swift ganhou prêmio — Malena deu de ombros.
Teo apertou o volante, cansado de perder. Odiava perder.
— VD-MC... — disse, pensativa.
— Você deveria morar comigo — Teo falou a primeira coisa que veio a sua cabeça.
