Já parou pra pensar na imensidão do universo e na quantidade de estrelas que brilham no céu? E nas leis da física que precisamos para essa imensidão toda? A gravidade, por exemplo...Sim, essa mesma, de quando a maçã caiu na cabeça de Isaac Newton e...
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— Tia Malena! — a argentina ouviu uma voz infantil gritar, e, ao se virar, deparou-se com uma bolinha de cabelos castanhos e olhos verdes quase voando em sua direção.
— Angelo! — a morena se ajoelhou e abriu os braços, esperando o abraço do garotinho, que se jogou nela. Ela riu, tomando-o no colo e o abraçando forte. A última vez que viu o menininho foi no dia de sua mudança, que ele ajudou a desempacotar e arrumar todos os livros. Angelo era maravilhoso!
— Como você está? — ela perguntou
— Bem — o menino respondeu, já se desvencilhando dela, encantado e curioso demais com as luzes azuis. A morena sorriu ao ver Angelo roubar um dos doces e, em seguida, sair correndo.
Tinha acabado de descer de seu quarto para onde seria a festa de aniversário, a procura de Emily, e, assim como Angelo, estava encantada com o lugar. A decoração em tons de prata e azul era composta por diversas luzes, flores decorativas, uma mesa de doces que dava água na boca e um naked cake com um jogador trajando uma camisa 10 no topo. Balões prateados formavam o nome do argentino e a música latina embalava o ambiente. Era uma comemoração íntima, com a família e os amigos próximos, e, para Teo, não podia faltar o vídeo game. Malena encarava de outra forma: a família, os amigos próximos e ela, que estava quase de penetra.
Malena sentou no sofá, ao lado de Bernardo e Nicolás, que jogavam uma partida de Fifa. Ficaram em silêncio alguns minutos, e ela tentava acompanhar os movimentos dos dedos dos dois rapazes e como eles se conectavam com os jogadores em 3D na televisão.
— Quer jogar, Malena? — Nicolás perguntou
— Hm, melhor não... — respondeu, com um sorriso amarelo.
— Por que não? — Bernardo perguntou.
— Nunca joguei isso — deu de ombros.
— A gente te ensina — Nicolás piscou para ela, que, dessa vez, riu alto.
— Acho que eu precisaria de mais ou menos um curso intensivo de alguns dias... — franziu o cenho.
Bernardo pausou o jogo e entregou o controle dele para Malena.
— Aqui. Tá vendo esses botões? Esse aqui dá um chute, mas leve. Esse chuta um pouco mais pra longe. Aqui, você dá um carrinho e esse aqui chuta para o gol — explicou, mas Malena estava ainda confusa — Relaxa, você vai pegar o jeito. E o Nicolás vai pegar leve com você!
Algum tempo depois, Malena levantou as duas mãos para o alto e desistiu.
— Ok, chega de humilhação! — Bernardo e Nicolás gargalharam. Malena era, de fato, terrível, e os dois meninos não aguentaram calados por muito tempo — depois do 8 a 0, os dois começaram a fazer piadas. Teo, que tinha se juntado a eles alguns minutos antes, estava parado atrás de Malena, observando a cena em silêncio, sua presença ainda não tinha sido notada.
