O Pacto

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Eleanor P

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Eleanor P.O.V

Nós ficamos horas sentados na mesa da casa do Bob conversando. Rufus e Bob nos contaram histórias da caçadas que fizeram juntos anos atrás quando eram mais novos, eles foram parceiros. Rufus continua caçando e Bob "se aposentou".

Não completamente, ele ainda ajuda alguns caçadores com informações sobre todo tipo de monstro, ele era um tipo de enciclopédia. E também se passa por supervisor de todas as instituições federais desse país. Era o braço direito (e esquerdo) de muitos caçadores. Se estavam caçando algo que não conheciam, era para Bob que eles ligavam.

— Vocês acabaram com meu estoque de cerveja, seus bêbados malditos -Bob resmunga voltando da cozinha-

— Tem um bar não muito longe daqui -digo e me levando- e eu preciso de um ar de todo esse testosterona.

Eles riram. A chave do carro foi lançada para mim pelo Rufus.

— Tem certeza que vai sozinha? Um bar a esse hora pode ser perigoso para uma garota!

Dean disse fazendo eu revirar os olhos, ele sabia como me irritar.

— Ela é o perigo de um bar a essa hora -Rufus-

— Meu sonho é dirigir aquele Impala um dia.

— Quem sabe se você pedir com jeitinho... -o Winchester mais velho me olhou malicioso-

— Continue falando assim com a minha garota e terá uma bala atravessando o seu peito antes de terminar a próxima cantada barata -Rufus fala sério. Ele me protegia como um pai protegia uma filha... depois de tantos anos, era isso que nós havíamos nos tornado- não demore, Eleanor.

— Pode deixar. E uma dica Winchester; oque eu mais ouvi na minha vida foi cantadas como essa, principalmente vindo de caçadores. Então se você realmente quiser uma chance, vai ter que fazer bem melhor do que isso -dou dois tapinhas no ombro dele. Sam riu da situação e Bob fez um sinal negativo com a cabeça- eu já volto meninos.

Dean P.O.V

Fico sem  saber oque dizer naquele momento. Fui ameaçado de morte por um velhinho e esnobado por uma mulher no mesmo minuto.

Els saí da casa.

— Tá rindo do que, Sam? -pergunto para meu irmão e o mesmo apenas nega com a cabeça- foi só uma brincadeira, vocês levam tudo a sério.

— Sei Dean, só estava brincando -Sam diz irônico- Se eu não conhecesse você, eu até poderia acreditar nisso.

— Mas você foi burro o suficiente para achar que a Eleanor ía cair no seu papo barato -foi a vez de Bob encher o meu saco- ela tem o mesmo tempo de estrada que você, oque ela mais encontrou em bares foi caras como Dean Winchester.

— Tá bom, já deu. Vão ficar nesse assunto até que horas? -disse um pouco alterado, já estava constrangido com a situação-

— Tudo bem, Dean. Já acabamos -Sam fala com um sorriso ainda nos lábios-

— Rufus proteje Eleanor como uma leoa protege sua cria. Como se ela precisasse disso -Bob-

— É de se esperar. Els nos contou que você ficou com ela quando o pai dela morreu vítima daquele infarto, não é? -meu irmão diz ao senhor mais velho-

Bob e Rufus se olham, como se aquele olhar pudesse dizer mil palavras por eles. Rufus solta um suspiro pesado enquanto girava a garrafa de cerveja vazia sobre a mesa.

— O que vocês dois estão escondendo? -pergunto e por mais que eles falassem que não era nada, com certeza estariam mentindo- é sobre a morte do pai dela?

O cômodo fica em um breve silêncio. Bob abaixa a cabeça, Rufus encara o nada por um tempo e depois deixa seu olhar cair sobre mim.

— Jacob não morreu de um infarto. Ele foi morto por um cão do inferno. -Rufus diz com o tom de voz um pouco mais baixo-

Bob bufa assim que o antigo parceiro de caça terminou a frase. Sam arquea as sobrancelhas e se arruma na cadeira.

— Como assim, morto por um cão do inferno? Els disse que o pai dela morreu de infarto. E cães do inferno só te matam se...

— Você fizer um pacto -Rufus completa minha fala- Els diz que o pai morreu de infarto porque foi oque contamos à ela.

— Mentiram sobre a morte do pai dela? -Sam pergunta, sinto a indignação em sua voz-

Eu também estava indignado com a situação.

— Ela tinha 12 anos, o que queria que nós disséssemos para ela? -Bob se defende- que o pai dela teve as tripas arrancadas por um cão do inferno?

— Poderiam ter contado para ela depois de alguns anos. -praticamente grito-

— Para ela ir atrás do demônio que fez o pacto e acabar sendo morta? -Rufus responde no mesmo tom que eu- olha, o demônio que fez o pacto trapaceou. Demônios são mentirosos e muito, muito perigosos. Se eu contasse a verdade para ela, ela iria atrás do maldito e poderia acabar como o pai dela. Eu fiz oque Jacob me pediu.

— Você disse que o demônio trapaceou? -meu irmão pergunta-

— E o que era tão importante para levar o pai dela a isso? -foi minha vez de perguntar-

— Linda -Rufus fala suspirando- a mãe da Els. Quando Eleanor estava com dois anos, Linda descobriu um tumor maligno no cérebro. Já estava em um estado avançado e médico disse que ela não viveria por mais de seis meses -respiro fundo com as palavras de Rufus e encaro meu irmão- eu disse para ele que nós poderíamos estudar sobre algum tipo de cura, algum ritual budista ou algo assim. Mas ele estava desesperado e o tempo era curto, então ele fez o pacto...

— Apenas Rufus e eu sabíamos disso -Bob continua- a gente achou que acharia um jeito de reverter o pacto, talvez se encontrássemos os ossos do demônio, a gente poderia ameaça-lo e obrigar ele desfazer o acordo. Mas o filho da mãe foi bem mais traiçoeiro. Quando Linda foi refazer os exames, ela estava curada! Os médicos ficaram igual idiotas sem entender nada do que havia acontecido, eles tinham certeza que o caso dela era irreversível.

O cômodo ficou em um total silêncio novamente. Era compreensível oque o pai de Els havia feito, eu acho que faria a mesma escolha se fosse para salvar alguém da minha família. Situações desesperadas pedem medidas desesperadas.

— E então veio o acidente. Jacob sofreu apenas alguns ferimentos, mas a Linda... ela morreu na hora. -Bob-

— Claro que ele foi atrás do demônio na encruzilhada e o desgraçado disse que contrato apenas curava Linda do câncer, mas ele não se responsabilizava por "fatalidades" -Rufus faz um sinal negativo com a cabeça- nós pesquisamos muito, tentamos de todas a formas livrar Jacob daquilo. Pedimos ajuda de outros caçadores e até o pai de vocês se envolveu no caso por um tempo. Mas não conseguimos nada... 10 anos depois o cão do inferno veio buscar ele.

— Olha Rufus, eu sei que talvez eu não tenha o direito de opinar, mas isso não é algo que se esconda de alguém. -digo-

— Eu estou fazendo isso porque foi uma promessa. Eu estou protegendo ela e os dois idiotas vão ficar bem quietinhos sobre o assunto...

A porta da sala foi aberta, o barulho que fez quando ela bateu na parede entregava a força que ela foi empurrado. Os olhos de Rufus de arregalaram, Bob engole seco. Olhei para trás e vi Eleanor parada na porta, com os olhos cheios de lágrimas e o rosto vermelho

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