O MEU SEMPRE

Capítulo 48

Boa leitura. Bjs ^.~

Milagrosamente acordo primeiro que Edward, e digo isso porque o homem tem um controle excessivo com horários, me deixo encantar pela serenidade de seu rosto enquanto dorme, seus longos cílios sombreiam seu rosto o deixando angelical enquanto sua boca carnuda semiaberta faz sua respiração sair mais quente e eu saboreio isso chegando mais perto dele, beijando seus lábios castamente, antes de sair da cama.

Já é meio dia e me sinto totalmente revigorada, o cansaço de ontem e madrugada foram esquecidos depois de uma "boa noite" de sono, minha vitalidade foi reposta e estou realmente animada.

Retiro as roupas que deixamos na sala levando para a área de serviço para poder ligar a máquina de lavar.

Nunca mais vou olhar para aquele sofá da mesma forma. Lembrando disso ponho a mão na testa, pensando na vergonha que será olhar para Melissa, afinal a casa também é dela.

Como fui deixar uma coisa dessas acontecer na sala?

Ainda acho que tenho algum tempo antes de Edward acordar, então vou escovar meus dentes antes de fazer o pequeno almoço, que na verdade acho que já é hora do almoço mesmo, pensando nisso escovo meus dentes para depois ir até a cozinha verificar o que há para poder cozinhar.

Ainda estou com a geladeira aberta, quando ouço barulhos no banheiro, ele acordou mais cedo do que eu imaginei, retiro da geladeira metades de peito de frango e legumes que depósito na bancada para os poder cortar, acho que arroz com peito de frango e legumes salteados será a refeição para hoje, quando retiro tudo o que preciso para usar, visto o avental pronta para pôr "mãos à massa".

-Oi –diz Edward assim que saí do banheiro, em seu rosto está um grandioso sorriso, vindo até mim deixando um beijo em mim, que eu aprofundo apreciando a sensação de sua barba de um dia por fazer –Dormiu bem?

-Sim, muito bem –asseguro sapeca o fazendo rir –E você? –Investigo enlaçando seu pescoço, quando ele circula minha cintura.

-Muito bem também –pronuncia lentamente, com seus verdes olhos brilhando para mim –Até que você resolveu abandonar o conforto dos meus braços –Acusa me fazendo rir, então ele deu conta quando me levantei da cama, Oh Deus! Eu fiquei admirando ele como uma boba, ele pode ter percebido, e com esse pensamento coro muito rapidamente, ele pode estar pensando que eu sou uma tarada maluca –Ainda enrubesce para mim, humm! O que andou fazendo para tal acto?

-Eu ...não fiz nada! –Me defendo rapidamente o fazendo dar gargalhadas enquanto minha vergonha só vai aumentando –Para com isso –peço tentando sair de seus braços. Mas ele não deixa, pegando em meu rosto para beijar meus lábios, me fazendo parar de relutar para afastar-se de seu abraço.

-O que está fazendo? –Pergunta manhoso, deixando minha boca indo beijar meu pescoço o que automaticamente tira minha concentração para qualquer coisa que não seja ele –Ficou sem fala? –Averigua sacana, reviro meus olhos para ele o afastando de mim, e ele deixa, rindo.

-Já que acordou, pode me ajudar –informo, depois que consigo voltar a arrumar as coisas para cozinhar –Estou fazendo arroz com peito de frango e legumes salteados, O que acha? –Pergunto e ele confirma com o levantando o polegar, gostando da ideia –Então tudo bem, você corta os legumes –Aviso e suas sobrancelhas se arqueiam para mim, o que me faz o olhar interrogativa –O que foi?

-Nada senhora, eu vou já talhar os legumes –Avisa descomedido batendo uma continência, indo pegar um avental para ele, zombo da sua disposição exagerada.

Ele que completa sua tarefa muito bem enquanto faço o arroz e ponho a frigideira no fogo para esquentar esperando pelo frango que está de molho –Eu acho que já está bom –Digo para Edward, que fez um excelente trabalho com os legumes, que como recompensa eu beijo seus lábios muito rapidamente.

-Humm! Não, eu quero mais! –Reclama me puxando para ele, me beijando enquanto eu sorrio na sua boca –Eu acho que vou obedecer a você mais vezes, as gratificações são deliciosas!

-Eu também acho que deveria obedecer mesmo –alfineto rindo –Mas você fez um excelente trabalho com os legumes –elogio e ele faz uma reverência recebendo aplausos da minha parte, nos fazendo rir por seu excesso –Confesso que não estava pondo muita fé em você, com os legumes.

-Que bom, hein –diz debochado –Assim, surpreendo você –Minha língua coça para dizer que suas surpresas nem sempre são assim tão boas, mas guardo essa vontade bem no fundo de meu âmago.

-Vamos acabar de cozinhar –comando, o fazendo sair da minha frente enquanto despejo os cubos de frango e os deixo fritar por uns minutos e quando já estão quase prontos, despejo os legumes os deixando cozer por um pouco, o timing é perfeito e quando estou retirando a frigideira do fogo, Edward já montou a mesa com os pratos em seus lugares arrancando de mim um sorriso, enquanto sirvo o arroz nos pratos ele se atarefa a abrir uma garrafa de vinho.

-Eu não me lembro perfeitamente do que aconteceu naquela noite –começa a falar me fazendo arquear as sobrancelhas para, ele semicerrando meus olhos, do que ele está falando? –Pareciam como flashbacks de algum sonho, então eu não liguei, ela não tinha me dito nada –continua e o entendimento me acerta como bomba, ele está falando sobre Andrea! Eu nada falo o deixando reviver seu passado e de alguma forma o instigando a continuar –Dois meses depois, Cael me ligou de um hospital dizendo que sua irmã sofreu um aborto espontâneo –desabafa fazendo meu coração sofrer uma parada por essa revelação –Ela, não tinha me dito nada –sussurra e imediatamente, levanto de minha cadeira para ir me sentar em seu colo –Eu nem sabia que ia ser pai! –Exclama e lágrimas saem de meus olhos, por seu próprio sofrimento, isso é muito além do que eu pude imaginar –Quando cheguei lá, briguei com Cael, briguei com o pai dela, e até mesmo com meu próprio pai –Fala como se tivesse nesse preciso momento, ter de enfrentar novamente aquele dia trágico, me enrosco ainda mais nele dizendo silenciosamente que eu estou aqui por ele.

Lágrimas caem do rosto de Edward, tento ser forte mesmo tremendo para poder enxugar seu rosto e massagear seu couro cabeludo –Eu fiquei 11 meses, sem ter notícias de ninguém, eu fugi! –Completa envergonhado, aninho seu rosto em meu peito o deixando falar –Eu surtei e abandonei tudo, a deixei aqui sofrendo, deixei minha família sem notícias, e simplesmente fui um covarde e fugi.