15: Incompatíveis

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meu deus gente, chegamos a 11k de visualizações <3 obrigada, amo vocês e espero que continuem acompanhando e gostando da fic <3


À noite fui para a casa dos meus pais contar sobre a viagem. Não revelei o verdadeiro motivo de ter viajado até Miami, mas contei-lhes sobre as minhas trapalhadas. Acho que isso é de família, meu pai adora tirar sarro de tudo e minha mãe sempre apoia.

— Meu Deus Michelle, você caiu de cara no chão? — questionou, rindo. — Por isso que você não arranja ninguém, filha, só passa vergonha.

— Obrigada por me lembrar disso, pai. — respondi irônica. Não havia contado sobre o restaurante, mas mencionei a queda em frente a Camila.

— Então... Você encontrou a filha da Sinuhe? Faz tempo que não vejo essa garota. — disse mamãe.

— Como ela está, Checheli? Está bonita? — ai, lá vem.

— Não reparei.

— Como não!? Lembro que todo mundo da vizinhança corria atrás dela. Impossível ela ter envelhecido mal.

— Menos a nossa filha. — disse papai, com um sorriso divertido. — Coitada, faltava pouco para Lauren matá-la. — estou começando a me arrepender de ter mencionado essa idiota.

— E agora odeio ainda mais. — apertei os nós dos dedos.

— Poderíamos marcar alguma coisa com Sinuhe. Éramos tão amigas. Poderia ser um chá... — minha mãe só podia estar louca. Marcar um cházinho da tarde com a mãe da Camila? De jeito nenhum. E se ela resolvesse aparecer aqui junto com a mãe? Depois da vergonha que passei no nosso último encontro, minha vontade é de nunca mais vê-la.

— Acho melhor não, mãe. Para que um chá? Deixe-a no cantinho dela.

— Isso é jeito de falar, menina!? — me repreendeu, levantando a mão de forma ameaçadora. Meu pai observava tudo, rindo do meu desespero. — Lauren Michelle Jauregui Morgado, eu vou conversar com ela sim e vou conversar com a mãe de Dinah também, e se duvidar eu chamo a vizinhança toda para uma confraternização! Além do mais... — respirei fundo e comprimi os lábios, esperando que seu discurso terminasse.

──「✾」──

No dia seguinte, a primeira coisa que fiz foi ligar para Normani, avisando que iria até a casa dela. Faz alguns dias que não conversamos direito. 

Combinamos de almoçar na casa dela, não era muito longe de casa e em pouco tempo, cheguei lá. Contei para ela os principais acontecimentos sobre a minha viagem maluca.

— Resumindo, nada deu certo.

— Você foi uma trouxa por ter ido embora. Laur, pensa, se ela te disse todas aquelas coisas, talvez seja porque sente alguma coisa por você.

— Sim, ela sente. Sente raiva. — escondi meu rosto com minhas mãos.

— Claro que não, ela não falaria isso à toa. Só pode significar alguma coisa. — solucei alto, sentindo sua mão acariciando meus cabelos. Sem aguentar mais um segundo, chorei.

Mas, dessa vez, não foi inteiramente por Camila. Foi pelas coisas que ela fez eu sentir em tão pouco tempo, de novo. A ideia de ter mentido para mim mesma desde os meus treze anos, era assustadora. O bolo em minha garganta sempre se formava quando eu lembrava disso, do que eu tanto tentei esconder por nenhum motivo aparente. Sempre doeu me olhar no espelho e não saber o que estava vendo — ou, não aceitar o que eu via.

— Desculpa, podemos mudar de assunto, por favor? — questionei, levantando a cabeça. Eu deveria estar horrível com essa cara de choro. Ela secou minhas lágrimas e alisou meu cabelo.

— Ela gosta de você. — sussurrou, como se estivesse com medo de me assustar.

Ela nunca gostou de mim e nunca vai gostar. Estamos em mundos diferentes, com sonhos e pensamentos diferentes. Enfim, vidas completamente diferentes e incompatíveis.

— Chega desse assunto, ela não gosta.

— Tudo bem. — suspirou. — Bom, vamos àquela fazenda no final de semana da família. Que idiotice, minha mãe inventa cada besteira. Você sabe o quanto eu odeio mato! — disse irritada.

— Eu sei, mas é o seu casamento e as pessoas adoram casamentos, querem preparar tudo antes e etc. Era previsto que a sua família enlouquecesse com tudo.

— Você também vai para a fazenda, é o seu aniversário e o da Dinah, vamos comemorar juntas. Vou engordar uns dez quilos e o vestido não vai servir.— murmurou. Revirei os olhos. 

— Cala a boca, esse fim de semana vai ser delicioso e divertido.

— É, você tem razão. Sabia que Camila também estará lá? — a encarei com os olhos arregalados.

— Como é?

Procura-se o Amor | CAMREN G!POnde as histórias ganham vida. Descobre agora