O1: Vestidos de Noiva

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Hey, como vocês estão? Voltei com um capítulo reescrito e revisadinho, espero de verdade que gostem! Não esqueçam de votar e comentar bastante, okay?

Vou sempre tentar deixar uma música em cada capítulo, para que (se quiserem) escutem durante a leitura. Então, a do capítulo de hoje é People Watching do Conan Gray :)

Boa leitura, anjos <3

"A vida é um jogo de azar, e as probabilidades de ganhar são terríveis."
Tom Stoppard.

Olhar vestidos de noiva realmente não era meu programa favorito, mas Normani havia insistido muito para que eu fosse junto. Nós somos amigas desde o jardim de infância e eu não poderia deixá-la sozinha nesse momento – mesmo que, de certa forma, fosse doloroso ajudá-la escolher suas vestes para um dia especial que eu sempre sonhei em ter e que nunca teria. É um pensamento egoísta, eu sei.

O meu último relacionamento foi há uns dois anos e começou quando conheci um roqueiro colecionador de bonecas danificadas em uma loja de antiguidades em Buenos Aires. Apesar de ser bem esquisito, ele parecia mesmo se importar comigo. Porém, o nosso romance durou poucos meses, pois assim que voltamos para Ohio, ele comprou passagens de avião para a Espanha e após três semanas sem notícias suas, percebi que ele não voltaria. Mal eu sabia que o pior vinha depois. Ao fim daquele mês, a fatura do meu cartão de crédito chegou e eu descobri que o cretino tinha comprado duas passagens de primeira classe com hospedagem inclusa no MEU CARTÃO! Atrasei tanto para pagar a maldita dívida que fiquei até negativada.

Enfim... águas passadas. Depois de todo esse episódio terrível com o roqueiro, percebi que não precisava tanto assim de alguém ao meu lado, por mais que fosse legal ter alguém. Ficar sozinha não é o fim do mundo e eu não precisava correr atrás de qualquer pessoa igual uma desesperada.

Daqui a dois meses, Normani e Dinah se casarão e sabe, o amor delas é algo tão lindo e puro, cheio de cumplicidade, lealdade e companheirismo e esse é amor dos sonhos de todos que um dia desejam se casar. E claro, também é o meu, mesmo que casamento não seja exatamente a minha prioridade. Já conheci muitas pessoas legais, mas por motivos ainda desconhecidos por mim, todas fogem. Tipo, literalmente saem correndo dos nossos encontros. Minha outra amiga, Allyson, diz que eles me acham uma louca varrida e, bem... às vezes realmente parece, porque tudo sempre dá errado, como quando minha bolsa estranhamente se enrosca em qualquer lugar ou quando falo muitas coisas sem sentido ou quando bebo além da conta ou quando conto piadas sem graça, enfim, uma infinidade de fatores. É como se eu não conseguisse ser eu mesma, como se algo não deixasse as coisas fluírem naturalmente. Mas, o que poderia ser isso?

— No mundo da lua de novo, Lauren? — voltei a realidade, notando as mãos de Normani balançando em frente ao meu rosto.

— Estou um pouco pensativa, só isso. — soltei um riso fraco. — O vestido é lindo. — realmente era. O tecido era de seda, coberto por rendas delicadas e brilhinhos, seguido por uma enorme cauda e um véu que envolvia seus cabelos negros.

— E vai ficar mais ainda com os sapatos! — sorriu animada, saltitando. Ela estava radiante com toda a ideia de se casar. Sorri feliz, observando a cena. — Um dia, estaremos em algum lugar escolhendo o seu vestido de noiva e você verá como os sapatos fazem toda a diferença.

Gargalhei com a hipótese. Qual era a minha chance de casar? Hmm, a mesma de ganhar na loteria... ou seja, quase zero!

— Ah, isso vai ser difícil de acontecer, Mani.

Procura-se o Amor | CAMREN G!POnde as histórias ganham vida. Descobre agora