Queria agarrar os peitos de Inês com a boca e sugá-los como o bebê, mas não podia. Tinha que se lembrar disso ou faria besteira. Pensar que não podia sugá-la naquele espaço tão especial, era como um afrodisíaco e o deixava mais aceso.

Vitoriano se concentrou em mover-se para dentro dela, indo, vindo, entrando e saindo completamente a cada movimento, até ver Inês se contorcer e gozar gemendo baixinho agarrada ao corpo dele.

Ele não gozou, segurou o corpo dela agarrado ao seu e aos beijos foi até a cama. Lá, sabendo que seu corpo desejava um orgasmo mais que tudo, ele se separou dela para não gozar por estar dentro.

VITORIANO — De quatro, Inês...– ele pediu enquanto ela se ajeitava ainda se recuperando do gozo anterior.

INÊS — Vai forte, Vitoriano!

Vitoriano encaixou-se nela com a maestria de sempre. O corpo dela alavancou para frente, como o coice de uma égua para receber seu macho. Vitoriano a segurou no quadril e estocou uma vez com força.

VITORIANO — Assim, Morenita?– ele gemeu sentindo o corpo responder ao desejo por ela, tinha que se segurar. Arremeteu-se muitas vezes e de modo bem veloz, queria sentir-se em cavalgada nela e por ela.

INÊS — Ai, estou gozando...ahhhhhhhh... – Inês falou alto.

Vitoriano tapou a boca dela e aproximou os corpos ficando bem juntos, suor no suor.

VITORIANO — Nosso filho está ali...– ele sorriu sentindo a língua dela mover-se e lamber seus dedos.

Inês gozou novamente, com o corpo inteiro tremendo e sendo apoiado pelas mãos dele. Aquele gozo era o que merecia por tantos meses de uma vida de privações e noites acordadas e tudo que a benção da maternidade trás a uma mulher.

Ser mãe é divino, mas trás a essa mesma mãe a condição de não ser sempre mulher quando o desejo a solicita, de não poder estar só, de não ter tempo de ser apenas ela. O corpo é invadido, tomado pelo amor de um homem e com a semente da biologia, um filho se faz.

Cada mudança no corpo, quem carrega é a mulher, cada nova forma, cada modificação, tudo, a mulher e só.

Vitoriano estava concentrado, sentindo seu membro entrar e sair enquanto olhava o traseiro dela de modo insinuante, desejoso. Carlos chorou. Inês sentiu pena do marido, mas teria que parar se o filho não acalmasse.

INÊS — Amor, vai, vai logo!– falou acelerando e rebolando para que ele conseguisse gozar, mas Carlos chorou mais. Vitoriano agarrou-se ao corpo dela e sorriu.

Ele soltou-se dela e deixou que a esposa se levantasse. Inês foi até o banheiro, lavou as mãos e os seios, enxugou o rosto e voltou vestida com um roupão.Sorriu olhando Vitoriano nu acalentando o filho ainda dentro do berço.

INÊS — Por que não pegou ele?– ela sorriu pegando o filho.– Calma meu amor...mamãe está aqui... Calma...

VITORIANO — Estou suado, vou tomar banho.– ele a beijou e vai para o banheiro. Inês termina de dar o mamá e recoloca o filho no berço. Já estava ali a dez minutos e o marido no banheiro pelo mesmo tempo, será que ele tinha ser aliviado sozinho?

Caminhou com atenção até la e sorriu ao vê-lo sentado esperando que alguém aparecesse na porta.

VITORIANO — Até quem enfim, meu amor, você demorou.– falou já sentindo os braços da esposa enlaçarem seu pescoço e beijarem sua boca.

INÊS — Vamos continuar onde paramos...

Abraçados, com amor, com loucura, com todas as forças, os dois ficaram se beijando até que ele novamente estava pronto. Vitoriano caminhou para o quarto e a colocou no chão. Inês apoiou-se na parede do quarto erguendo os braços e esperando que ele a penetrasse de uma vez.

Ele o fez e sem mais elogios, apenas a mecânica dos corpos, se movia, batendo o corpo dela na parede com a força das estocadas, com a loucura das arremetidas. Inês sentiu aquele arroubo todo e se movia recebendo, ajudando, erguendo mais as pernas, pedindo mais e mais em gemidos que beiravam a loucura sexual.

VITORIANO — Você é linda!– ele pronunciou gozando em desespero.

Apertou o corpo de Inês com força, gozando mais e mais e movendo o membro até sentir que todo seu prazer estava esgotado e dentro dela. Vitoriano não a soltou, apenas ficou dentro dela, aqueles segundos seguintes, em êxtase.

Depois separou-se dela e a beijou nos lábios mordendo, segurando os cabelos dela e a vendo sorrir daquele arroubo.

INÊS — O que foi? Ainda quer? Em? Quer mais?– enlaçou o quadril dele com a perna.

VITORIANO — Mais tarde...– gemeu sentindo os dentes afiados.– Não quero você reclamando depois que não está se sentindo bem...– ele riu debochando.

INÊS — Convencido você!– ela sorriu e se separou dele.

Vitoriano a viu sair em direção ao banheiro, rebolando com uma sensualidade displicente. Ele sorriu, olhou o filho e foi atrás dela. Inês se banhava quando ele entrou no boxe.

INÊS — Demorou...– ela sorriu vendo os olhos dele buscarem seus seios.

Vitoriano não disse nada, apenas envolveu o corpo da esposa com as duas mãos, abaixou-se um pouco e abocanhou um dos seios. Inês gemeu ao sentir a sucção forte dele, o homem incendiava seu corpo todo com aquilo.

INÊS — Tem leite.– ela sinalizou sentindo que ele não se importava.

Vitoriano a sugou mais alguns momentos antes de descer mordendo de modo leve a pele dela até chegar entre suas pernas. Recostou o corpo dela na parede, abriu-lhe as pernas e sugou ai também, com bem menos força que nos seios, massageando com a língua cada parte da genital dela.

Foram alguns minutos antes dela gozar e gritar e novamente os dois sorrirem. Ela então, desceu, ajoelhou-se diante daquele membro excitado, grande, que ela sentia dificuldade de acomodar na boca, mas que sempre se esforçava, por amor a ele.

Tomado por Inês, Vitoriano urrou de prazer, sentindo ora a boca quente acomodá-lo, ora os dentes roçarem em sua glande. Sugou com força, massageou com os dedos enquanto ele se recostou na parede do boxe.

VITORIANO — Inês, você vai me matar!– ele gemeu sentindo as mãos e os lábios dela em seu sexo.

INÊS — Não morra.– ela sorriu olhando de baixo, de joelhos, por ele.– Eu ainda quero te dar a noite inteira...

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