Two McCall, One Stilinski, Million Tales《 Teen Wolf Fanfic 》

36. Because you loved him.

Season 6A
Episode: 07 - Heartless

Depois que os quatro visitaram Canaã, descobriram que era uma cidade abandonada cuja os Cavaleiros tinham apagado completamente. Eles descobriram que havia um banshee lá que tinha um filho chamado Caleb, mas ele não era real. Eleonor - a banshee - tinha revivido o garoto para substituir o vazio da cidade, para que não percebesse que a cidade tinha sido apagada. O mesmo estava acontecendo com o xerife: a Caçada tinha trazido Claudia de volta para substituir o vazio que Stiles deixava, para que ele não percebesse que seu filho tinha sido apagado.

O xerife descobriu algo e chamou Leah. Na parede onde Lydia tinha arrancado um pedaço do papel de parede, agora tinha um enorme buraco que dava para um outro cômodo que Leah jamais imaginaria existir. Ou talvez ela apenas não se lembrava.

Leah passou pelo buraco enquanto o xerife segurava a porta e encarou o cômodo vazio. A luz que vinha das duas janelas era pouquíssima, ainda mais por causa das persianas antigas. Depois de chegar até o centro do quarto, Leah virou-se para o xerife.

- A Lydia sabia, não sabia? - ele perguntou, parecendo triste. Leah apenas acenou com a cabeça, sentindo vontade de chorar de novo. - Estava na planta da casa. Estava aqui quando nos mudamos e isso foi há dezoito anos.

Leah olhou para trás e viu uma cama. Surpresa com o aparecimento, deu um passo à frente. Depois, virou-se para o lado e viu um enorme quadro de cortiça, uma luminária alta ao lado e um enorme painel de vidro. O quadro de suspeitos de Stiles. Depois viu a escrivaninha dele e sua cadeira.

- Leah? - o xerife chamou, ganhando a atenção dela em um segundo. - O que foi?

Ela nem tinha notado as lágrimas nos próprios olhos e olhou ao redor mais uma vez, mas tudo tinha sumido.

- Nada. - Leah respondeu, decepcionada por aquilo ter sido coisa da sua cabeça mais uma vez.

- Não sei como a Lydia sabia desse quarto. - o xerife continuou. - Se quer falar da possibilidade de eu ter tido um filho, eu quero ouvir.

Leah se recompôs e pareceu mais animada, então se aproximou da porta e a fechou para não correr o risco de que Claudia ouvisse. Ela contou tudo sobre Eleonor e seu filho, tentando amenizar o fato de que o mesmo acontecia com ele.

- Espera. - o xerife falou depois de ouvir tudo. - Então essa mulher, Eleonor, invocou o filho morto?

- Ela foi a única que sobrou. - Leah respondeu, sendo pacienteç - Precisava preencher um vazio e preencheu com o filho dela.

- E você viu o garoto?

- Todo mundo viu. Ele era real. Ele estava lá, mas... - Leah hesitou, pois não sabia uma forma de dizer que ele estava e ao mesmo tempo não estava lá.

- Mas o quê?

- Ela estava lá quando todos foram levados. - Leah voltou a explicar. - Ela viu acontecer, só que não quis acreditar. Ela quis acreditar no filho dela.

- Espera um momento. Se a Claudia não é real, acha que eu inventei uma esposa fantasma?

- Eu acho que está com medo de se lembrar dele. - Leah replicou, esperando aquela reação desde o início.

- Ela é uma mulher de carne e osso! - o xerife esbravejou. - Ela é real. Todo o resto não passa de especulações, suposições. É uma teoria baseada em uma cidade fantasma!

Leah ficou chateada com tudo o que ele havia dito, mas olhou para o lado e viu uma cadeira. E na cadeira havia um capacete vermelho e uma camiseta da mesma cor, estendida no encosto com um grande número vinte e quatro estampado. O garoto no campo era Stiles. Era o Stiles desde o início.

Ela se aproximou lentamente da cadeira e estendeu a mão para encostar nela. Ao sentir o toque macio sobre o tecido, viu que era real e não era mais uma peça que sua mente havia lhe pregado. Leah pegou a camiseta com todo o cuidado para não desdobrá-la e a aproximou do rosto, sentindo as lágrimas escorrerem por ele mais uma vez.

Ela cheirou a camiseta profundamente, sentindo o mesmo cheirinho de quando costumava abraçá-lo. Leah recobrava as lembranças aos poucos, mas ainda sentia muitos brancos na sua memória, que eram absolutamente nada comparada a saudade que sentia dele. Leah virou-se para o xerife, ainda segurando a camiseta enquanto ele a encarava, preocupado.

- Você não tá vendo nada? - ela indagou, frustrada.

- Estou vendo uma jovem muito perturbada. - ele respondeu com tranquilidade, apesar de Leah sentir a preocupação na voz dele.

- Tem medo de se lembrar dele porque tem medo do que isso significa. - Leah replicou sem maldade nenhuma, mas com muita firmeza.

- Por que você se importa tanto se eu lembro ou não dele?

- Porque você o amava. - Leah respondeu com a voz embargada.

Ela jogou a camiseta para o xerife, que até então era invisível para ele. Quando a agarrou, sentiu a textura macia do tecido nas mãos e viu a mesma coisa que Leah. Uma camiseta vermelha com o número vinte e quatro estampado em branco.