Nove Meses - Capítulo 20

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Por precaução, Sunghee preferiu deixar Kyungsoo no chão mesmo, por mais desconfortável e gelado que fosse, o grávido caiu da escada e mesmo que estivesse sentindo as pernas, não sabia como estava a coluna dele, então todo cuidado era pouco para evitar algo mais grave. Do kit, a enfermeira tirou algumas gazes que foram embebidas em soro e passou no corte, para ter uma melhor dimensão do estrago, e como havia imaginado, o menor precisaria de pontos.

Após limpar do rosto de Kyungsoo todo o sangue, deu um pacote de gaze para que Jongin pressionasse na região cortada para estancar o sangramento, e então voltou a atenção para as pernas do grávido.


- Como eu tinha dito, a bolsa estourou – Sunghee voltou a falar após analisar melhor a calça de Kyungsoo e perceber que a mancha de sangue não acompanhava toda a extensão da perna, apenas a parte superior. – Você está consciente, o que é um sinal bom, o bebê também está mexendo, o que quer dizer que ele está vivo, então tudo o que podemos fazer agora é esperar a ambulância chegar, o que não deve demorar, pois apesar do tempo, a estrada está tranquila – afirmou.


Kyungsoo apenas concordou com um menear rápido de cabeça, e em meio a tanta dor e o medo, só pedia aos céus para que Taeoh continuasse consigo e com o moreno. E por falar nele, Kyungsoo sentia que Jongin se esforçava para se manter forte, pois era claro o esforço do Kim para deixá-lo o mais tranquilo possível. Jongin ainda estava ajoelhado atrás de si, concentrado em pressionar a gaze lenvemente no corte, que já sangrava bem menos. Então Kyungsoo resolveu ser forte por ele, pois não era justo que apenas Jongin se esforçasse, pois sabia que se desesperar não adiantaria de nada, por mais assustadora que fosse aquela situação.

Poucos minutos depois, a ambulância chegou e os paramédicos tomaram conta da situação.



O relógio da recepção marcava pouco mais das dez da noite quando a ambulância parou na entrada principal do hospital. Durante o trajeto, as dores sentidas por Kyungsoo tinham aumentado significativamente, o que deixou o Kim mais preocupado ainda, porém, lúcido o suficiente para ligar e contar a Sehun o que havia acontecido, tendo a certeza de que o médico chegaria em questão de minutos, pois, coincidentemente, estava jantando próximo ao hospital, o que de fato aconteceu.

Assim que as portas traseiras do veículo se abriram, logo de cara puderam ver o Oh se aproximando junto com duas pessoas de sua equipe, e mais do que depressa Kyungsoo foi levado para a sala onde seria examinado, enquanto ao Kim, ficou a tarefa de assinar os papéis de entrada do grávido na unidade.

Os minutos que passou na sala de espera foram quase agonizantes, pois não tinha a menor noção do que estava acontecendo na outra sala e muito menos de como estavam Kyungsoo e Taeoh. Por sorte não precisou esperar muito, pois Sehun logo apareceu.


- E então, doutor? – foi o primeiro questionamento que fez assim que o Oh se aproximou.

- Jongin, não vou enrolar ou mascarar a real situação do Kyungsoo só para te tranquilizar nesse momento com base numa meia verdade – falou assim que sentou ao lado do Kim. – Desde o início fui muito transparente com você e continuarei sendo agora, então, sim, o Taeoh está bem! – adiantou a informação quando viu o medo nos olhos do pai de primeira viagem. – Acabamos de fazer uma ultra e ele realmente está bem, mas não podemos esquecer que a bolsa estourou, então vai ser necessário realizar uma cesariana de urgência, e é aí que a situação complica – revelou.

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