Indícios e contínua falta de controle

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N/A: TW: ANSIEDADE / CRISE DE ANSIEDADE / ATAQUE DE PÂNICO

TW: CONTEÚDO PODE SER SENSÍVEL PARA ALGUNS

Capítulo um pouco mais curto por ter muita informação, aí pra não ficar uma leitura enrolada... Boa leitura!

Betado em 29/04/2021 por @_Cap1tu <3

Betado em 29/04/2021 por @_Cap1tu <3

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VI

Centro Psicológico Integrado

Hospital de Konoha

Terça-Feira, 11 de Abril, 10:28h

Parado em frente a porta do consultório há cinco minutos, encarando a maçaneta da mesma, penso se é uma boa ideia entrar ou ir embora.

Querendo ou não, a 'visita' de Naruto ontem a noite, foi um estímulo para continuar com as sessões. As coisas que ele me disse ecoaram na minha mente por horas. Estão ecoando ainda, na verdade. Ver a preocupação em seus olhos, ouvir de sua boca que há pessoas que se importam comigo — mesmo já tendo uma noção disso — foi, estranhamente, estimulante.

Porém, isso não anula o fato da minha vergonha. Sim, vergonha. Vergonha de ter parado com os remédios e, na última sessão, não ter tido coragem de dizer isso. Tomo-os irregularmente, apenas quando sinto que as coisas estão ficando pesadas demais para suportar, e isso é péssimo para meu corpo. Sinto os efeitos colaterais com força, e isso só abaixa a minha autoestima — que já não era lá grande coisa.

Quando penso em dar as costas e seguir sem rumo por aí, a porta é aberta pela doutora Saiko.

Ah, aí está você — diz ela, com uma prancheta na mão — Como já se passaram alguns minutos desde o horário de início da sua consulta, pensei que não viria mais — abre mais a porta e me dá espaço para passar — Vamos, entre.

Respiro fundo passando por ela, indo em direção ao grande sofá marrom. Sento e encaro minhas mãos, sem saber o que falar primeiro. Quer dizer, ela guia a sessão com suas perguntas, mas estou receoso de contar sobre como ando me afundando ultimamente.

— E então, Kakashi — começa ela — Como está você?

Uau. Direto ao ponto do meu problema. Como responder: 'estou péssimo, obrigado'?!

Limpo a garganta umas duas vezes antes de, finalmente, dizer:

— Mal, vou bem mal — desvio meu olhar para ela — Ando tendo pesadelos horríveis todas as vezes que consigo dormir, seja por um minuto ou uma hora — dou de ombros — Não sei o que é ter uma noite boa de sono há dias. Quase tive uma crise de pânico ontem, meu ex-aluno invadiu minha casa e descobriu que tenho depressão e agora eu estou me sentindo um lixo — balanço a cabeça — Não que eu não me sentisse antes. Parei de tomar os remédios por conta própria há umas duas semanas. Só tomo quando vejo que a coisa está apertando e, por isso, os efeitos colaterais estão piores — encolho os ombros — Pensei em... — procuro pela palavra certa — desistir a cada vez que eu acordava dos pesadelos, e isso foi mais de uma vez por dia nas últimas semanas.

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