A vida pode ser muitas coisas: boa, ruim; chata, animada; feliz, triste; justa, injusta; uma completa maravilha ou uma completa desgraça. Acho que nunca é uma coisa só. É sempre uma mistura. Nunca "oito ou oitenta", mas sempre oito e oitenta. Todos...
N/A: Se eu fosse resumir esse capítulo, resumiria em aquela calmaria antes da tempestade. É aquele tipo de parte essencial na história porque joga o que vai ser desenvolvido mais pra frente.
Quero agradecer o apoio da K1R4K1 por me colocar pra cima quando fico mó na bad, me perguntando se a minha escrita está ok, pq as vezes tenho a impressão de que tá tudo confuso & embolado! :p
Betado pela @Cap1tu em 10/04/2021.
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III
Konoha
Sexta-Feira, 31 de Março, 11:58h
Saio da Torre com Shikamaru ao meu lado, ainda discutindo alguns assuntos sobre a manhã cheia que tivemos. Convido-o para almoçar comigo e ele quase foge, negando veemente. Nunca vi esse garoto com tanta energia para falar algo. Acho que preciso melhorar a minha reputação se quiser ter algum almoço de graça novamente. Dou de ombros e ando em direção ao centro onde se concentra alguns restaurantes. Não faço a mínima ideia de onde ir ou o que comer — bocejo — a ideia de tirar um cochilo em algum canto é tentadora, já que a noite mesmo não consigo. Na verdade, já faz alguns dias que não durmo. Desde o aniversário de Sakura, para ser mais exato. O máximo que consigo são alguns cochilos, esporádicos, que não são a mesma coisa que uma noite bem dormida. Sei que parte disso é culpa minha; tenho evitado tomar os meus remédios. Sinto que ter que tomá-los só me faz parecer ainda mais doente. Já passei dias sem dormir muito bem por conta das missões e não me afetou em nada, e o mesmo se repete agora. Ainda estou fazendo um bom trabalho, então não tenho com o que me preocupar. Fora que eu já progredi muito. Não vejo mal em parar de tomar por conta própria.
Estava quase mudando a rota para a árvore mais próxima, ainda pensando naquele cochilo, quando ouço meu nome ser chamado pela voz estridente de Gai. Ah, é hoje que minha paz vai embora.
Aproximo-me sorrindo e levantando uma mão em saudação; já ele me puxa para um abraço — que me faz quase cair em seu colo, devido o tanto que tive que me curvar para o contato poder acontecer — seguido de um sorriso tão grande que cerro os olhos evitando o brilho. Kami.
— Como vai, meu amigo? — pergunta ele.
— Vou be...
— Bom! Também estou ótimo! — levanta o polegar direito para mim — Hm... — coloca a mão no queixo, me analisando. Adeus espaço pessoal, já que continuo curvado em sua direção e ele aproxima o rosto — Você parece cansado... anda dormindo direito?
— Na medida do possív...
— Vamos entrar no restaurante, assim você pode se sentar e aproveitamos para comer! É seu horário de almoço, certo?!
Por que ainda tento responder?
Deixo-me ser puxado por ele para a mesa do estabelecimento e logo fazemos o pedido.
