22° Capítulo

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Sophia

Sinceramente não sei o que é minha vida virou durante esse tempo, Tudo mudou drasticamente depois da morte dos meus pais, eu me fechei para novas experiências, novo amor, e me divertir sem me sentir culpada, hoje faz 6 anos da morte do meus pais e a dor continua mesma só aprendi lhe dar um pouco mais com a dor da perda. Não tem um dia que eu não parei para pensar neles, mas tento focar meus pensamentos em outras coisas para no momento não me sentir mal, e tentar seguir em frente sem eles.

Eu sei que eles queriam isso pra mim, queria que eu focasse em meu futuro, mas mesmo o meu coração dizendo outra coisa. O que me dói mais é saber que eles estão enterrados em outro lugar e eu não poderei visitar seus túmulos. O que me resta agora é viver meus momentos felizes com meus amigos e começar a preparar minha própria família.

Não sei quanto tempo eu chorei só lembro que acordei com essa data péssima e lembrando os momentos bons que eu vivi com eles.

— Oh, meu bebê vem cá — Júlia diz parada no batente da porta.

Ela sabe de tudo que eu passei durante todos esses anos, e todos meus esforços para conseguir terminar a minha faculdade.

— É só que isso dói muito — Digo soltando mais lágrimas.

— Eu sei que dói! — Diz levantando minha cabeça para olhar para seus olhos — Onde eles estiverem eles estão muito orgulhosos de ti. Sabe porquê?

— Não — Murmurei num fio de voz.

— Por você se tornar essa mulher maravilhosa, que você é hoje, e que todos os princípios que eles pregaram a você, você correu atrás de todos eles para conquistar. - ela dá um beijo na minha testa em sinal de apoio.

— Obrigada — Digo sussurrando baixinho.

— Sabe que sempre estarei por perto quando precisar, melhores amigos não são só para momentos bons, para momentos ruins também. - diz fazendo cafuné em meus cabelos.

— Te amo minha maluquinha. - Levanto meu corpo e viro na sua direção para envolver ela num abraço.

Olhei de soslaio para a direção da porta do meu quarto vendo Anne parada com os olhos cheios d'água e com a ponta do nariz vermelho.

— Vem cá minha bonequinha — Digo soltando uns dos meus braços para ela participar do abraço. Anne entrou tão desesperadamente em minha vida que ganhou outro significado pra mim, podemos construir laços familiares com outras pessoas apenas basta querermos e foi dessa forma com todos nós.

Depois de alguns segundos abraçada com as duas nos soltamos, nos acomodamos mais em minha cama para falar dos momentos bons.

— Você lembra quando a gente tinha 14 anos e colocamos travesseiros em cima da cama para fingir que era gente para podermos ir na casa do Caio — Júlia falou uma das nossas a aventuras quando ainda morávamos no Brasil.

— Claro que lembro — Digo me lembro daquele dia — O bendito dia que Júlia quebrou o nariz do Caio é a mãe dele disse que a gente espancou ele só por causa que ele estava com nariz quebrado e com as roupas rasgadas.

— Eu não tive culpa nenhuma por ele não estar preparado para brincar de lutinha.

— Tinha que ser a lutadora do UFC — Kyliam disse parado na frente da minha cama fazendo a gente dar um pulo de susto.

— Merda seu atentado — Júlia diz jogando uma almofada nele fazendo ele gargalhar.

— Preciso da ajuda de vocês — Ele diz fazendo cara de coitado.

— O que você aprontou? — Júlia perguntou alarmada.

— Nada... Só preciso da ajuda de vocês para mim fazer a chuca — As meninas se entreolharam sem entender, fiquei quieta vendo

— Então você é gay? — Anne perguntou.

Ele balançou a cabeça confirmado.

— Estou brincando, meninas — Ele diz depois de ver a cara de confusão da Anne — Não sobre minha sexualidade e sim sobre fazer a chuca.

— Eu soube que hoje é uma data muito difícil para você, florzinha, não vi antes porque eu achei que você queria o momento sozinha — Fala subindo em cima da minha cama para se juntar a nós.

— Está tudo bem — Falei com ternura.

Nessa hora escutamos o latido da minha cachorrinha, seu nome é cristal, coloquei esse nome por ela ser pura e dócil com um mundo cheio de pessoas horríveis com maldade no coração, ela estava choramingando querendo subir na minha cama.

Me inclinei um pouco para pegar a bolinha de pêlos fofa que estava dando pulinhos para subir.

— Vem cá princesinha — Chamo envolvendo ela num abraço apertado mas sem machucar ela.

— Minha mãe sempre tinha uns dos melhores conselhos.. — Digo relembrando do nosso momentos juntas — Tenho uma frase que ela me disse que eu levei para minha vida toda.

— Nossa mães são o nosso porto seguro — Anne diz concordando comigo.

— Sabe princesa tem uma frase que um senhor disse pra mim que eu levo pra vida toda, é assim, A vida é curta demais para viver o mesmo dia duas vezes — Kyliam diz fazendo carinho no meu cabelo.

Ficou emocionada com essa simples frase que tocou meu coração e deixou algumas lágrimas escaparem.

— Obrigada por tudo o que vocês estão fazendo por mim, eu não sei o que seria de mim sem vocês —Digo.

— Coloque o seu melhor biquíni que vamos curtir um pouco — Kyliam diz levantando da cama.

— Oi!?

— Vai mulher, só vamos tomar um banho naquele seus banheiros enormes, só você escolher — Ele alisa o meu rosto e deixa um beijo terno em minha têmpora.

— Ah, não — digo fazendo corpo mole.

— Eu não prometo tirar toda a sua tristeza do seu coração, mas posso proporcionar momentos felizes para recordar em momentos tristes — Ele fala me dá um sorriso carinhoso.

— Obrigada Kyliam, você entrou agora em minha vida, mas cê parece um anos, você tornou-se uma pessoa muito especial pra mim — Digo olhando para ele com gratidão.

— E eu e a Anne somos o quê para você? —- Júlia perguntou com tom de brincadeira.

— Você é minha maluquinha que esteve nos momentos mais difíceis da minha vida — Falei fazendo uma pausa e continuei — A Anne e o minha bebê que tem o coração mais puro de todos e sempre torna minhas manhãs cada vez mais alegre com seu cafés da manhã e o seu jeitinho mãe protetora — Falei apertando a mão das duas uma forma de carinho.

— Já chegaram — Anne disse com os jogos vermelhos e sentindo vontade de chorar.

Olhei para cada um deles e vi a sorte grande que eu tive em te-los como amigos.

××××

Não é porque a pessoa não diz sobre algum ente querido, não quer dizer que ela tenha superado a morte deles, a morte é um sentimento muito complicado de se lidar, cada um tem um jeito diferente para lidar com sua própria dor.

Meninas nesse momento eu sempre quis escrever ele, mas não estava preparada para abordar esse assunto, mesmo sendo um assunto triste, foca nos momentos de parceria e amor entre eles.

Até o próximo capítulo.

Conquistando um Babaca - Livro 1 Da Série : Cafajeste Irresistível (Concluído)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant