O "sangue-suga"

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    DEZOITO DE FEVEREITO (Casa dos Cullen)

- Carlisle.

Adentro pela porta da frente na casa, com Snow logo na frente falando:

- Sabe, eu acho que você deveria ser mais cuidadoso Carlisle. Ficar mais atento...

Havíamos acabado de treinar, e o ponto era que ela conseguiu me derrubar e ficar em uma posição favorável para arrancar minha cabeça, e não parava de se gabar.

- Não acha que está muito metida? - Pergunto enquanto entramos na sala.

- Cuidado - Diz, se virando para mim enquanto anda de costas e apontando o dedo para mim de forma ameaçadora - Eu não quero perder o controle com você, posso acabar te machucando. - Completa com um sorrisinho convencido.

Balanço a cabeça, escondendo um sorriso, e me sento na poltrona.

- Okay, parei. - Diz com um sorriso, levantando a mãos em sinal de rendição e praticamente se jogando de costas no sofá em seguida.

Ela joga sua cabeça para trás, um pouco acima do encosto do sofá, encarando o teto, deixando uma cascata de cabelos castanhos ondulados penderem para baixo.

Desvio o olhar. Era isso o que eu mais fazia ultimamente. Toda vez que me pegava a observando me repreendia e desviava o olhar. Depois da tarde de ontem era difícil ficar próximo dela sem que um monte de pensamentos invadissem minha mente, sem me sentir...não sei, estranho? Mas, felizmente, conseguimos treinar sem que nada fora do normal acontecesse, e ela até que estava progredindo.

Sou tirado de meus devaneios com o toque do meu celular. Pego o mesmo e me surpreendo um pouco com o nome que vejo na tela, mas logo atendo.

- Paul? - Pergunto e sinto o olhar da Snow pousar em mim imediatamente.

- Oi. Será que você poderia vir aqui em La Push? - franzo o cenho e inconscientemente me viro para Snow e a encontro igualmente confusa.

- Por qual motivo?

- Achamos o sangue-suga e eu pensei que talvez você fosse querer dar uma olhada.

Penso por um momento, considerando se valia a pena, e logo confirmo minha ida até lá. Ele me diz onde estão exatamente e depois eu desligo o celular.

- Você acredita que eles o...o mataram? - Ela pergunta, após eu desligar o celular.

- Sim. Provavelmente sim. - Digo já me levantando.

- Então porquê ir lá?

- Saber quem era. Talvez seja alguém que eu conheça. Talvez seja um... Vulturi. Dependendo de quem seja teremos uma ideia do porquê de estar aqui.

- Okay. - Diz, se colocando de pé também. - Então vamos.

Sem que eu pudesse controlar minha língua, exclamo:

- Você não vai! - me arrependo na hora ao notar sua expressão ficar extremamente seria.

- Pensei que já tivéssemos esclarecido que sou perfeitamente capaz de tomar minhas próprias decisões e determinar minhas ações.

- Mas é diferente: lá vai estar cheio de... - Faço uma pausa para não usar nenhum termo ofensivo - cheio de lobisomens.

- Você vai?

- Eles não conhecem você e podem não te aceitar lá - falo, tentando parecer sensato.

- Você vai?

- Alguns perdem o controle fácilmente e queremos evitar...

- Você vai, Carlisle? - Insiste e eu respondo, vencido.

Querido Carlisle...Existem segundas chances?Where stories live. Discover now