Saio da sala animadamente, quase, e ao descer as escadas do primeiro bloco ninguém se encontra aqui, apenas eu e os matraquilhos.
Olho lá para fora e todos estão lá acumulados, devem estar à porrada ou assim.
Mas isso é uma estupidez. Se alguém está a bater em outro alguém, qual a diversão de assistir?
É por isso odeio luta livre, é idiota. Também és idiota. Sim mas seria mais idiota se visse algo idiota que me tornaria mais idiota ainda.
Vou até um dos bancos de lá dentro e coloco uma música de Ed, Thinking Out Loud parece-me bem.
Jogo um jogo estúpido em que o rapaz tem de saltar por cima dos comboios enquanto oiço a música e a murmuro baixinho.
"And I’m thinking about how people
fall in love in mysterious ways
Maybe just the touch of a hand." Murmuro, e de repente através dos fones oiço todos a entrar de novo, mas eu ignoro ou tento ignorar o barulho.
"Well, me, I fall in love with you every single day
And I just wanna tell you I am."
Oiço uma segunda voz através dos fones a cantar comigo, e levanto os meus grandes olhos que se arregalam com a pessoa à minha frente.
"So, honey, now
Take me into your lovin’ arms." Ele canta enquanto me puxa para ele me fazendo levantar, e depois dança comigo e roda meus braços fazendo-me ir contra seu peito.
Todos nos olham suspresos, e vejo Louis encostado ao poste a sorrir vitorioso para mim.
"Tu és a Maria, não é?" O ruívo pergunta e os seus lindos olhos azuis caiem em mim.
Eu aceno afirmativamente com a cabeça pois a minha boca não consegue falar.
EU TENHO O ED SHERAAN MESMO À MINHA FRENTE E ELE ESTAVA A DANÇAR COMIGO, COMIGO!
Ele curva-se e depois beija a minha mão, eu estou paralítica, estátua, não reajo simplesmente os meus pés não se mexem.
"Casa comigo." Murmuro e a sua gargalhada genuína faz-se ouvir. Oh meu Deus acho que vou desmaiar.
"Um dia, eu caso." Ele garante e depois caminha até Louis.
Ed comprimenta-o, dá-lhe um abraço e depois vem até mim, dá-me um beijo na bochecha e sussurra ao meu ouvido:
"Um dia, voltamos nos a encontrar, prometo." E depois sai.
E a minha alma vai com ele, todos as pessoas correm atrás dele pela porta, ele sorri para todos, distribuí alguns autografos e depois sai num carro vermelho.
Eu belisco-me a mim mesma, e eu vejo que isto não é um sonho. O Ed Sheraan cantou para mim, dançou comigo, disse que vamos casar, e beijou a minha bochecha.
Ainda estou perplexa a olhar para os vidros das portas da escola, e uma sombra aparece atrás de mim.
"Terra chama Maria." Louis passa a mão na frente da minha cara e engolo seco.
"Foste tu que o trouxeste?" Viro a minha figura para ele.
"Talvez." Ele sorri.
Eu num impulso salto para o seu colo e o abraço o mais que posso, metendo a cabeça no seu ombro.
"Omg, omg, omg, omg, omg!" Grito e o aperto. "Era capaz de te beijar agora!" Grito num guincho aproveitando o facto de ninguém estar aqui.
A sua gargalhada ecoa no meu ouvido, e depois ele sussurra:
"Se quiseres." Automaticamente a minha face arde muito e me apercebo realmente do que estou a dizer ou a fazer.
Salto para fora dos braços e tusso em desconforto, ele ri-se e cora.
"Como é que conheces o Ed?" Mudo de assunto.
"Amigo de infância."
"Aiii meu Deus eu conheço o Ed Sheraan." Pulo de alegria.
**
Chego em casa, e vejo o Jim sentado no sofá. Se desviar agora o olhar posso fingir que não o vi, né?
"Boa tarde." Ele faz o favor de vir até mim e me dar dois beijos na bochecha.
"Ya." Respondo seca e vou até ao meu quarto.
Quando entro, atiro a mochila para um canto do quarto.
Deslizo as roupas para fora de mim e quando coloco a blusa do pijama e a faço deslizar por meus seios com as mãos, sinto alguém a observar-me.
Olho para todo o lado, desde a porta, ao meu armário e depois à janela. Mas não tem ninguém, a porta está fechada, armário também. Apenas a janela está aberta, mas acho que ninguém era burro o suficiente para tentar subir ao primeiro andar por um escadote para me observar.
Pego nos livros que deixei ontem à noite em cima da minha cama, e organizo-os na minha estante.
Retiro o Se eu Ficar e deito-me em cima da cama com o objetivo de terminar esta triste história.
Quando estou quase no fim, a minha mãe chama-me para jantar. Levanto o meu pesado e gordo corpo e desço as escadas, vendo ambos sentados e Jim a agarrar a mão da galinha. Escusado dizer que isto era me dispensado ver.
Sento-me e estamos os três em silêncio, quando o decido quebrar.
"Daqui a um mês vai haver uma visita de estudo." Comento.
"E então?" A minha mãe olha indiferente a servir os pratos por massa carbonara.
"Vai ser numa daquelas montanhas com neve, como vemos nos filmes." Levo uma garfada à boca.
"Que giro." Ela diz.
"E tu vais, Maria?" Ele pergunta e a minha mãe o olha.
"Não." Afundo o garfo com força na massa, fazendo-o bater na porcelana deste e ele faz um estalinho.
"Porque não?" Ele não está mesmo a perguntar-me isto, pois não?
"Porque tenho uma mãe galinha." Respondo sem hesitar e depressa fazendo a minha mãe suspirar.
Um grande flashback de Louis surge na minha mente. 'Devias lhe agradecer, pedir espaço mas agradecer.'
"Sabes mãe, eu agradeço bastante o facto de te preocupares comigo. Mas eu preciso de crescer. Os meus professores vão lá estar, a minha turma inteira." A tento tranquilizar.
Ela olha surpreendida para mim, talvez porque eu nunca tenha tentado entender o lado dela, e pedir-lhe em vez de exigir.
"Quanto é a visita?" Ela pergunta ao fim de algum tempo.
"Muito." Murmuro.
"Eu podia ajudar a pagar." Jim sugere.
"Eu vou pensar, Maria."
Chegamos às 900 visualizações e 200 votos. Sem voces isto não era possível! Obrigada a todas e todos ! :)
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Rebel |L.T|
FanfictionMaria Jones, uma rapariga de 18 anos insegura, que apenas precisa de um coração bondoso que a retire da sua solidão. Louis Tomlinson, o típico rapaz que gosta de se divertir com os amigos numa boa festa, mas que no entanto nunca conseguiu realmente...