27 Out - Cap. 6

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Acordo, forçadamente pelo despertador na minha cômoda que toca, dou um soco nele e oiço o som de algo a cair. Mas felizmente parou.

"Ah, não quero." Cubro-me de novo com os lençóis e cobertores.

"Maria!" A galinha grita de lá de baixo.

"Já vou." Digo baixo e sei que ela não ouviu, mas eu disse, ela que não ouviu.

Esta é a última vez em toda a puta da minha vida que eu vou a uma festa numa segunda feira. Eu nem sei realmente porque fui. Ah, já me lembro, o Louis.

Reviro os olhos e tento me levantar sem sucesso caindo no chão. Tenho sono, não me quero levantar. Dói-me cabeça e os ouvidos, mas tenho a certeza que se tivesse bebido estaria pior. Obrigada a mim, por ser tão sábia.

"Maria?" Ela entra no quarto, e olha para mim no chão a tentar entender o porque de eu estar no chão.

"Olivia?" Chamo pelo seu nome.

Olivia Carolin, Peter Jones, Maria Carolin Jones.

"Dormiste bem?" Ela vem até mim e tenta me levantar.

"Sim." Não. "Eu levanto-me sozinha." Impulsiono-me para cima e acabo por me levantar e faço um rabo de cavalo desajeitado.

Ela desce e eu vou até à casa de banho tomar um duche. Pode ser que a dor de cabeça passe.

Mas infelizmente não passou, saio do banho e visto-me, uma coisa quente.

Umas calças de ganga justas e um blusão preto com o símbolo dos Nirvana. Coloco os meus converse pretos e depois de arranjar o cabelo e a o rímel desço.

Desço as escadas muito devagar, estou com sono não me censurem.

Ao chegar à cozinha me deparo com panquecas, ela está feliz com o quê?

Sento-me pousando a mochila na cadeira vazia e começo a comer.

"O que se passa?" Digo enquanto oiço ela a cantarolar e a sorrir. "Mãe..." Olho-a desconfiada.

"Coisas de adulto." Eu sou adulta, bem, mais ou menos.

"Não me vais dizer?" Digo impaciente.

"Talvez tenha conhecido alguém." Imediatamente cuspo todas as panquecas que eu tinha na boca e arregalo os olhos.

"Tu o quê?!" Olho-a chocada.

"Tu ouviste bem." Ela sorri vitoriosa.

Isto não me agrada nada. Eu não a imagino com ninguém a não ser com o meu pai, eu pensei que ela o iria amar para sempre mesmo depois de morto. Não quero, não aprovo, não gosto disto.

"Incomoda-te?" Ela pergunta quando eu não respondo. E eu ignoro a sua pergunta. "Pensei que ias ficar feliz por mim." Ela diz num tom rude e leva o café à boca.

"Ficava mais feliz se fosse o pai." Ela olha para mim séria.

"O teu pai, não está aqui presente." Ela fala lentamente e isso faz crescer raiva e mim. "Eu estou a tentar seguir em frente e acrescentar um novo capítulo à minha vida." Ela come descontraidamente.

"Okay, estou muito feliz por ti." Igo secamente e ela percebe o meu sarcasmo. Não tenho culpa, tentei parecer credível.

**

Entro da sala, e todos me olham. Eu olho para o relógio e vejo que já passaram 10 minutos da hora, obviamente que não cheguei mais tarde porcausa da minha mãe, ela traz-me sempre a horas, eu que me perdi na maravilhosa história de Ben e Keyla. O meu livro.

Rebel |L.T|Where stories live. Discover now