meu chefe por 240 dias

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Oliver: Senti falta disso. Eu estava sem uma companhia por longos onze meses, foi realmente complicado.

Oliver beijou meu ombro nu, me puxou mais pra si e acariciou minha cintura com seu polegar da mão esquerda, carinhoso. Eu estava com a minha cabeça a milhões, não descansaria até conversar sobre assuntos pendentes com Oliver, precisamos disso. Apenas atrasamos a conversa.

Anna: Oliver... – me respondeu com "hum" e prossegui – O que somos? Agora? Vamos deixar rolar ou o que tínhamos feito era apenas "um tempo"?

Ficamos um tempo em silêncio apenas escutando a respiração um do outro, um silêncio constrangedor. Me virei pra olha-lo, confirmar que ele não havia dormido e ele me encarava profundamente procurando alguma resposta, mas não posso cobrar uma resposta que nem eu sei.

Essa pergunta veio na minha mente de repente, éramos namorados até há alguns meses e demos "um tempo", mas será que esse tempo foi um término para sempre? Namoro a distância realmente não dá muito certo...

Oliver: Anna... é complicado. Demos um tempo e você seguiu em frente. Não quero que mude seu relacionamento só por eu ter voltado,  me entende? O que fizemos hoje, foi genial, nosso reencontro, mas não sei se pra você isso não foi um erro. Eu... não sei.

Pelo Oliver, eu ligaria agora para o Gabriel e terminaria tudo o que não deveria ter começado, mas tenho consideração por ele e vou conversar pessoalmente e tentar me redimir de alguma forma, sempre deixei claro do que queria e ele mesmo assim fez questão de entrar na minha confusão. Ele tentou fechar um buraco no meu coração mas foi em vão.

Oliver foi o homem que mais amei na minha vida.

Anna: Devo te pedir em namoro, senhor Miller? Vou chorar muito caso me rejeite.

Perguntei sorrindo com que o fez rir também e beijar minha cabeça, numa forma de carinho. Ele mais uma vez ficou em silêncio por meros segundos que parecia eternidade, ele aparenta estar bem pensativo.

Oliver: Eu aceito continuar namorando você, senhorita Parker. Mas ainda quero entender mais algumas coisas...

Oliver ergueu sua mão mostrando o anel e eu fiz o mesmo, por incrível que pareça os dois não tiram os anéis, eu tirava só algumas vezes. Escuto o celular tocar na sala, a porta está aberta então dá pra escutar um pouco. Fico numa luta interna para decidir se atenderia ou não, mas pode ser algo importante.

Anna: Vou lá ver quem é, quer algo da cozinha? 

Oliver: Não, ainda estou cheio, mas obrigado.

Me sentei e ele se virou pra pegar a camisa dele e jogar pra mim, me vesti e desci correndo atrás do celular que tocava insistentemente. Sem olhar a tela, atendi. Ouvi a voz estressada de Olívia no outro lado da linha, lá vem coisa.

Oliver Miller

Fui para o banheiro, tomei um banho rápido lavando apenas o corpo. Saí enrolado na toalha e fui para o closet, peguei uma roupa qualquer e vesti. Anna ainda não havia voltado para o quarto, então fui a procura dela, deve ter sido algo importante, para ligar esse horário.

Ela não está na sala, cozinha, área de serviço, quartos. Só pode estar lá atrás. Abri a porta de correr de vidro e encontrei Anna olhando o luar enquanto ainda falava no celular, me apoiei na parede e cruzei os braços. 

Anna: E onde você disse que eu estava? Não, Olívia, fez bem. Mas obrigada mesmo assim... tchau, dê boa noite para o teu macho.

A mesma desliga e continua a olhar para a lua, respirando fundo, sem notar minha presença. A abracei e seu cheiro doce, mas nada enjoativo, logo adentrou minhas narinas. Fiquei curioso pelo o que seria, já que ela estava falando com a minha irmã.