meu chefe por 240 dias

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Oliver Miller

Olívia: Estou quase desmaiando, onde ela foi? Agora te entendo, quando você fica me esperando voltar. É horrível!

Já passava das quatro horas da madrugada, eu e Olívia já tentamos ligar diversas vezes, o telefone está desligado. Já queria acionar a polícia mas eles exigem pelo menos vinte e quatro horas após o desaparecimento. Quando escuto a porta se abrir, Anna quando me vê se espanta mas ela logo faz sua cara de cansada. A mesma ia cair, desmaiar, fui correndo em sua direção e a abracei, ela apoiou seu peso em mim e já percebi que ela não está bem, está  fraca.

Olívia: Menina você voltou! Roubando meu cargo de sair e não dizer onde foi? Que susto você nos deu.

Acariciei os cabelos da Anna e senti minha camisa ficar molhada, ela está chorando silenciosamente, meu coração acelera de preocupação.

Oliver: Olívia, traz um copo de água e enche minha banheira por favor. Anna não está bem.

Olhei pra minha irmã e ela concorda saindo dali, guiei Anna até o sofá e ela se sentou, seu peso foi todo para o sofá, ela não tinha forças. O que aconteceu?

Oliver: Preciso escutar tua voz, Anna. Por favor.

Ela me olha e me dói o coração, seus olhos vermelhos entregam seu choro constante e seus cabelos um pouco molhados pela chuva lá fora, desse jeito ela ficará doente.

Anna: Estou bem.

Disse rouca e Olívia aparece entregando o copo pra Anna, a mesma pega com suas mãos tremendo. Minha irmã se agacha em frente a minha namorada.

Olívia: Bem é o que menos você está agora. O que aconteceu, Anna?

Anna: Ele... – ela não conseguiu falar e começou a chorar novamente, acariciei seus cabelos e a Olívia se agacha na frente da minha namorada – Eu me sinto um nojo.

Oliver: Se não estiver pronta pra contar, entenderemos. Vamos subir, tomar um banho e descansar. Você precisa se alimentar, droga, não deveria ter deixado você ir...

Olívia: Vou ir pro meu quarto, Oliver. Se precisar de ajuda me chama. A banheira está enchendo.

Concordei e a Olívia subiu triste pela situação da amiga provavelmente. Deixei o copo no braço do sofá e ajudei a Anna se levantar. A mesma andava devagar para o quarto, como se não sustentasse o próprio corpo.

Quando chegamos no cômodo, fechei a porta e a levei para o meu banheiro, me agachei e desliguei a torneira da banheira vendo que está cheia e morna. Fui até a Anna e acariciei seu rosto, tentando mostrar carinho.

Oliver: Toma um banho, pra relaxar.

Anna: Eu não consigo olhar pra mim. – ela apoia sua cabeça no meu peito e a abraço mais uma vez – Ele tentou... me... machucar... tentou... eu não quis e disse coisas que o deixaram irritado e ele saiu da sala... foi aí que fugi, corri tanto...

Meu sangue ferve, nunca me senti tão bravo como estou agora. Quem fez isso? Heitor? Que garoto idiota.

Minha vontade é de ir atrás daquele merda agora, mas a Anna precisa de mim e eu não vou deixá-la nesse estado sozinha, nunca.

Oliver: Anna... N-

Anna: Eu tento.

Ela se afasta e tira a blusa, segurei seu pulso, para então não forçá-la a nada.

Oliver: Não precisa-

Anna: Eu quero limpar minha pele, as mãos dele me tocando, seus beijos... me dão nojo.