Uma Garota nada Perfeita

Memórias Perdidas

  Minha guarda estava cedendo com sua investida. Mas não era única ,sua defesa também estava baixa com sua tentativa desesperada de retribuição, me dando a chance de agir. Minhas mãos param em sua nuca,o fazendo acreditar na minha rendição. Seu corpo relaxado me da um abertura para que acerte nas suas partes íntimas o fazendo cair xingando. Ele me olha no chão com a expressão contorcida de dor.

__ nunca mais ouse tocar em mim. Tenho nojo de você - o olho de cima __ o chão  é onde deve ficar. Eu te Odeio com todas minhas forças e você  não pode mudar isso. Não há nada que faça para mudar isso.

__ Carol eu...- ele olha para o chão e não continua.

   Não continuo para que se recupere ,desço os degraus mais rápido que posso. Passo pela entrada. Caminho pelas ruas tentando achar uma solução para minha situação. O que farei? Preciso me achar. Continuo caminhando a procura de um abrigo, não  tenho mais para onde ir.  Entro em um beco para me proteger da garoa que cai. O beco e pouco iluninado mas não totalmente que não consiga enxerga por onde piso. Quando tenho certeza que nimguém possa me me ver desabo sentada, sem me importar com a umidade sujeira ou alguns ratos que passam.

  Como cheguei a esse estado? Como pude permitir acontecer? Como meu recomeço virou meu fim? Por que comigo? Será que sou amaldiçoada? Deve ter alguma explicação para tanto sofrimento. Olho para o céu onde a chuva embaça minha visão.

__ POR QUE COMIGO? O QUE FIZ PARA MERECER? - grito para o céu  em busca de respostas. Mas não há. Baixo a cabeça __ por que sempre algo ruim acontece? - sussurro pra mim mesma  __ por que nunca posso ficar bem? - tento buscar uma resposta pensar o que pode ter dado errado. O Que possa ter feito para merecer tamanha dor.

__ Talvez o problema estar em suas escolhas - uma voz tremula em meio a escuridão responde minhas perguntas. Levo um susto, e me ponho de pé.

__ quem estar aí? -nenhuma resposta __ Deus é você? - ouço um fraco riso.

__ não querida - posso ver uma forma pequena e magra  __ so uma velha sem teto - a figura se revela a pequena iluminação do luar.

__ o que falou? Como assim escolhas? - a senhora com o corpo tremulo se aproxima lentamente de mim.

__ a respostas para suas perguntas. Talvez seja consequência de suas escolhas - ela estende a mão e dou um passo para trás __ não tenha medo menina. Não irei te machucar. O Que uma velha como eu posso fazer a uma jovem forte como você? - tento me convencer que ela tem razão. Já estou no fundo do poço mesmo. Pelo menos se ela for uma assassina,morta nada mais importará. Aceito sua mão onde ela dà um pequeno aperto tremulo. Ela senta em um retalho de pano forrado no chão e a acompanho __ qual o problema minha jovem? - o Que estou fazendo? Não faz sentido desabafar a uma estranha sem teto. Mas o que faz ultimamente? Dane - se.

__ não entendo o porque de sempre tudo da errado. Quando penso que nada pode estragar. Sempre há algo que contrária o sentido do meu eixo. Estava vivendo um recomeço. Deixei tudo que me faz mal para trás. Mas aqui estou de novo perdida sem saber o que fazer.

__ você simplesmente deixou.os problemas para trás? Fugiu?

__ não fugir. Os deixei para trás porque me faziam mal. Mas parecem que me perseguem - ela dar um aperto caloroso em minha mão.

__ talvez não quera ouvir uma velha possivelmente biruta. Mas algo que aprendir nas ruas. Meus erros me trouxeram aqui. Por que tentei fugir,tentei o caminho fácil. Não sou a pessoa mais indicada para te dizer isso. Mas não se pode fugir dos problemas. Uma hora ou outra teremos que enfrenta - los. Quanto mais cedo melhor, quanto mais tarde pior o resultado. É como uma bola de neve. Você pensa que estar livre deles, mas quando menos espera aparecem na sua frente e fazem o estrago pior que deveria - não conseguir mais aguentar quando percebir pude ouvir os sons dos meus próprios soluços. Como se ela pregasse para mim. Ela acaricia meu cabelos __ eu sei quanto dói. Chore o quanto poder irá se sentir melhor. Ponha tudo para fora - e em silêncio ela fica ao meu lado em quanto a dor que sinto no peito se derramam em forma de lágrimas. Quando já não choro tanto tento falar.