Capítulo 12

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Acordo com uma pequena dor de cabeça, tomo um Dorflex e vou para o trabalho

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Acordo com uma pequena dor de cabeça, tomo um Dorflex e vou para o trabalho. A dor persiste o dia todo, mas não chega a atrapalhar ou incomodar minha atenção no trabalho. No dia seguinte, acordo com a dor de cabeça mais forte que no dia anterior; no trabalho, não consigo me concentrar muito bem, me sinto exausta, e essa maldita dor de cabeça insiste.

— É só isso, finalmente, -  diz Roberto, me entregando a papelada.

— Obrigada - volto meu olhar para a tela do computador, mas ele continua parado lá, me olhando.

— Você está bem?

— Sim — falo, tirando os óculos e coçando os olhos em exaustão.

— Não é o que parece. Quer um café?

— Se não for incômodo.  Ele sai e volta com uma xícara de café bem forte e quente.

— Obrigada, — dou um sorriso em agradecimento. Ele é um bom amigo; não sei o que faria sem ele aqui no trabalho. Só que ele tem a ilusão da mulher tranquila e doce com quem trabalha, mas isso é uma fachada. É só envolvimento social, nada mais, por um emprego, lei da sobrevivência, como falo para mim mesma.

— Você tem certeza de que está bem? Está pálida.

— Acho que pode ser um resfriado, só isso.

— Sorte sua que é sexta. Melhor ir ao médico.

— Com certeza, nem morta.

— Se cuida.—  E sai acenando.

Chega o horário de saída, e antes de ir para casa, passo em uma farmácia, compro vários anti-inflamatórios, anti-gripais e analgésicos. O farmacêutico me olha como se fosse louca, e vejo a dúvida se os vendem ou não. E tranquilizo, dizendo que não se preocupe, que não vou tentar me matar; é só prevenção.

Chego em casa mais exausta do que deveria. Tomo um banho; estou indisposta, minha cabeça dói, e meu estômago está embrulhado. Então, decido só deitar e descansar.

Acordo com uma dor latejante na cabeça. Jogo os lençóis para o lado; o arrepio percorre todo o meu corpo, e esfrego meus braços com frio. Tudo gira; sento, tentando me recuperar. Deve ser a falta de açúcar por não ter jantado. E ao pensar em comida, meu estômago embrulha. Pego a caixinha de remédios e tomo um analgésico. Desço à procura de água; assim que a cozinha se ilumina, olho para o relógio, marcando 4:00 da manhã. Minha garganta dói, e procuro um espelho. Vou ao banheiro; meu reflexo não é nada bom, pareço um zumbi. Isso não pode estar acontecendo comigo. Volto para a cozinha; tudo gira, me sinto péssima. Tropeço, derrubando o banco ao redor do balcão, me apoio no balcão para não cair, me sinto fraca. Estou a ponto de vomitar; deito a cabeça no balcão, tentando me sentir melhor.

Uma Garota nada PerfeitaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora