Sua voz trêmula ecoou também pela sala, fazendo o mais velho se voltar novamente. 

— Está brincando? — o homem falou. — Está mesmo perguntando o que está acontecendo aqui, sargento!? — desta vez o timbre do mais velho indicava irritação. 

— Eu não sei o que está acontecendo! — Jeongguk vociferou. E se levantou colocando as mãos sobre a mesa. — Eu sequer me lembro quem são vocês, nunca os vi na minha vida! 

Os soldados parados na porta rapidamente pararam ao lado do mais velho apontando suas armas para o Jeon. 

— Sente-se! — ordenaram mas recuaram quando o mais velho levantou uma das mãos, os parando. 

 — Ei, ei. Vamos, abaixem as armas. — ao pedido do mais velho os homens obedeceram, mas se mantiveram por perto. 

O homem desconhecido levou uma das mãos até o queixo, parecendo ponderar, e logo após balançou a cabeça em negativa. 

— Se quiser jogar este jogo nós iremos jogá-lo sargento. Mas para o seu bem seria muito melhor colaborar conosco. E explicar o simples fato de desaparecer por exatos três anos, e ressurgir depois de ter sido dado como morto, talvez seu companheiro o capitão Jung possa nos ajudar com isso, pense nisso. Vamos. — ordenou aos outros homens que o seguiram para fora da sala. 

Jeongguk se levantou mas a porta fora fechada em seu rosto, bateu contra ela, começando a se desesperar. 

— Hoseok está aqui!? — gritou, sem ser correspondido. — Ei! 

O Jeon apenas bateu contra a porta causando um grave barulho, E depois deixou que seu corpo fosse ao chão. O que faria? 

[...] 

Em outra sala um pouco mais a frente ao qual o Jeon se encontrava Hoseok observava calmamente os soldados entrando e também o capitão da polícia, repousou as mãos sobre o colo e fitou os homens tranquilamente, até que o mais velho entre todos se aproximou, puxando uma cadeira para se sentar a frente do Jung também o encarando fixamente. 

— Capitão, a quanto tempo. — O homem disse, sorrindo minimamente. — Soube que desde que deixou o exército vive uma vida pacata como agricultor, como está indo? 

Hoseok sorriu, e cruzou os braços em frente ao corpo.

— Muito bem, aliás, estava indo aproveitar minhas férias quando alguns de seus homens me abordaram amavelmente na rodoviária. 

— Oh, seu senso de humor não mudou Jung, gosto disso!

O mais velho riu, causando ruguinhas em seus olhos, mas logo suspirou, também cruzando os braços em frente ao corpo. 

— Será que amavelmente — utilizou o sarcasmo do Jung contra ele. — Nos explicaria a razão do sargento Jeon estar aqui entre nós? 

Hoseok conteve a vontade enlouquecedora de responder "Porque ele está vivo" e apenas permaneceu calado. 

— Sendo que fora dado como morto três anos atrás. — O mais velho continuou. — Creio eu que você saiba de algo, afinal, você o acompanhou na missão em que o avião explodiu no rio, teria você ajudado a forjar sua morte? 

Hoseok respirou fundo, havia entendido tudo desde que falou com o Kim na rodoviária, como pudera esquecer algo tão importante? 

— Jeongguk não forjou a própria morte. — respondeu. — Ele ficou em coma por um ano, e recentemente voltou para casa. 

O mais velho riu. 

— Ótimo. Certo, então… porque ao voltar ele não retornou ao quartel? Porque não fez questão alguma de alegar que estava vivo e não morto? Você sabe que há até mesmo uma biografia para ele com data de nascimento e morte? Sabe que há uma lápide e um túmulo, não? E principalmente os deveres como um militar, ou tudo isso ficou esquecido? 

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