Never Be the Same

1.5K 108 7
                                    

        Laura Jackson Point Of View.

     A semana passou voando, não sei se era o fato de estar com Camille, que me fazia esquecer de tudo e de todos ao meu redor. Era tão mágico estar com a latina, nos beijando, transando e até mesmo conversando, todos os dias da semana nos encontrávamos a noite e dois dias da minha folga aproveitava para ir a sua ONG, eu já não aguentava ficar um minuto sequer longe da latina já bastava a ausência da minha filha.

         Confesso que estava sendo gostoso ficarmos só nos duas, sentido a companhia uma da outra. Se conhecendo mais, se apaixonando mais... Isso fortaleceu toda a expectativa que tinha de realmente nos tornar um casal normal, sem que tenhamos mais alguma barreira nos impedindo de ser feliz.

         A parte mais difícil, acredito ter passado. Estava disposta a começar um relacionamento com a veterinária. E ela fazia questão de reafirmar isso.

         Amanhã veria minha pequena de volta e mal podia esperar ter minha Becca nos meus braços, falar com ela por chamada de video não era o suficiente pra mim, eu queria estar enchendo minha filha de beijos até ouvir sua risada gostosa que aliás era bem parecida com a de Camille, era incrível as manias iguais que as duas tinham, acho que por isso se davam tão bem.

         Após a conversa que tive com Camille na noite do Boliche,eu não parei de pensar em Holly, tinha raiva por terem feito isso e por isso ajudaria ela a encontrar sua filha, hora ou outra eu pegava o Notebook para tentar encontrar alguma coisa, basendo na notícias do fatídico dia, foram poucos relatos mas anotei cada detalhe. Camille havia me passado o nome do detetive que tomava conta do caso durante sete anos, o que me deixa intrigada é que um detetive tão renomado e importante não conseguiu absolutamente nada, nem o nome da enfermeira do hospital, o que me levava a pensar que essa mulher nunca poderia ser um enferemeira do hospital, ela poderia ter sido implatada ou seria de alguma máfia de tráfico.

"Uma organização criminosa?"

     
       Isso não fazia sentindo por que de acordo com as pesquisas que fiz, os sequestros e tráfico de crianças no ano em que Holly foi rapitada eram pouquíssimos e pesquisei mais a fundo conseguindo uma ajuda  da amiga de Verô que trabalhava na Polícia de LA, ela encontrou alguns registros de sequestros em hospitais, em um ano na cidade de Los Angeles, foram computados cerca de cinco sequestros mas nenhum deles com ligação a uma enfermeira fantasma e os cinco caso sem ligações e solucionados. O que me levava a um questionamento. Seria alguém com interesse maior especialmente na vida de Camille? A latina é uma pessoa rica e influente e pode atrair olhares invejosos ou maldosos, essa teoria não poderia ser descartada.


***

- Você vai enlouquecer com isso Laura...

      Verônica saiu da cozinha e caminhou até mim, segurando duas garrafas de cerveja, sentou no sofá ao meu lado e me entregou uma das cerveja. Quando falei da minha reconciliação com Camille, Verô reagiu bem, aliás sempre gostou da latina. Já  Lucy por outro lado, não ficou tão contente, minha amiga ainda tinha receio de que Camille  pudesse me machucar outra vez. Lucy sempre foi protetora demais com todos que ama, lembro-me o quanto a morena se sentiu culpada pela a morte de Olivia, elas eram bastante próximas, compartilhavam dos mesmos gostos e mesmo sem ter uma parcela de culpa por sua morte. Lucy não entendeu, para ela, o luto foi demorado e doloroso assim como foi pra mim.

       Por enquanto não pretendia contar a Camille que estava procurando por pistas e me envolvendo cada vez mais com o caso do sequestro de sua filha, sabia que ela seria relutante quanto a isso. Era um assunto delicado demais para a mulher, e jamais desejo vê-la mal outra vez.

Destined Souls Where stories live. Discover now