A night in Hollywood

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          Camille Crawford Point Of View.

       

       Olhando para o meu reflexo no espelho a minha frente, o vestido vermelho de seda caiu perfeitamente bem, no meu corpo magro. Acentuando minhas curvas que por modéstia parte eu me achava muito gostosa, ainda mais quando me sentia bem em uma roupa, era um sentimento de aceitação, poder e principalmente, uma grande dose de autoconfiança. Minhas madeixas pretas e onduladas caiam como cascata em minhas costas cobrindo grande parte do decote exagerado atrás. Mordi o lábio analisando todo aquele visual exuberante. O salto agulha dava um destaque em meus pés, me dando uma aparência mais alta. A maquiagem básica com os cílios alongados destacou  meus olhos castanhos, que por sinal ficaram em um tonalidade mais clara, nos lábios um batom vermelho carmesin em uma combinação com o vestido no meu corpo, dei uma rápida olhada para minha bunda através do espelho e sorri satisfeita, sabendo que Laura iria surtar com meu look exclusivo para ela. Grande parte de mim, morria em ansiedade para ver sua reação, ela sempre fez questão de me enaltecer em todos os aspectos , isso era admirável.

       Não sabia onde ela iria me levar mas isso pouco me importava, estava explodindo de felicidade e ansiedade para vê-la novamente, não fazia mais de duas horas que nos encontramos e eu já estava morrendo de saudades. Me sentia tão dependente da morena que sentia a necessidade de estar ao seu lado a todo instante, mesmo sabendo que isso seria impossível já que éramos bem sobrecarregadas na semana nos restando apenas as noites e os finais de semana e isso não me parecia o suficiente, achava um absurdo ficar longe dela.

            Estar tão apaixonada por uma mulher era algo novo pra mim, na minha adolescência não passaram de beijos e não cheguei a me apaixonar de verdade. Confesso que Laura está me fazendo sentir coisas tão intensas e surpreendentes que as vezes quando sinto o seu olhar sobre mim, sinto um súbito nervosismo e fico sem ação nenhuma, é como se só o seu olhar pudesse me paralisar e ter um efeito maior que qualquer raciocínio meu, me controlando. Era uma sensação boa, sensacional, maravilhosa e intensa.

       Desci os últimos degraus da escada da mansão e sorri ao ver a mensagem de Laura, ela já havia chegado a minha casa e me aguardava em frente aos portões, era impossível não sorri quando pensava nela, principalmente quando sabia que a poucos minutos estaríamos grudadas novamente.

- Uau! Que elegância... - Guardei o meu iPhone dentro da minha pequena bolsa e olhei para Gillian que estava de pé bem próximo a porta que dava para a parte exterior da casa. A casa estava silenciosa como de costume.

- Estou bonita? - Perguntei em um sorriso e satisfeita ao perceber que surpreendi uma pessoa com meu look, estava esperançosa pra ver a reação de Laura quando me olhasse.

- Você é linda, querida. - Gillian tinha um sorriso no rosto. A mulher mais velha não deixava se abater pelo os sintomas da velhice, minha madrasta tinha um elegância e uma postura invejável, sua boa índole e simpatia era uma grande inspiração para mim. - Onde vai? - Perguntou se aproximando da mesa com alguns dos uísques importados que meu pai costumava tomar. Até me surpreendi com a cena, Gillian não era de beber assim, nem em festas eu a via beber e foi uma surpresa ao perceber que estava com esse hábito já que me pareceu bem familiarizada com aqueles uísques já em seu final.

- Vou sair com Laura... - Observei minha madrasta colocar uma grande quantidade do álcool alaranjado dentro do seu copo cristal com alguns cubos de gelo.

- Não vejo a hora de conhece-la... - Sorriu a mais velha antes de tomar grande quantidade do álcool. Havia falado de Laura para minha madrasta, algo resumido e foi o suficiente para que Gillian desejasse conhecer a morena. Não houve julgamento em parte da mais velha, pelo o contrário, demonstrou total apoio. Isso me fez pensar se meu pai me apoiaria como ela.

- Vou traze-la um dia, mas agora preciso ir... Ela está me esperando - Dei alguns passos para frente me aproximando da porta mas antes que pudesse Prosegur percebi Gillian acabar com o restante do uísque em uma golada rápida. - Gillian...Não acha que-

- Sim...essa foi a última querida. - Sorriu cansada deixando o copo na mesa.

- Se não estiver bem, eu posso cancelar o meu encontro com Laura. Posso ficar aqui, com você.  Ela irá entender. – Disse preocupada com minha madrasta. Odiaria perder mais uma pessoa.

- Não se preocupe comigo meu bem, estou ótima...só preciso repousar e amanhã estarei novinha em folha! – esboçou um sorriso e passou a mão em seu vestido alinhando sua postura. – Se divirta e juízo! – Ela advertiu e eu tive que sorrir assentindo.

         Soltei um longo suspiro e sai da casa,  atravessei o Jardim e avisei ao motorista que não precisaria dos seus serviços aquela noite já que pretendia dormir na casa de Laura.

         O céu estava escuro mas os pequenos pontos de luz se destacavam na grande coloração azul, enquanto me aproximava dos grandes portões, senti uma brisa leve fazendo com que me arrepiasse por inteiro.

         Os portões se abriram assim como o meu sorriso ao ver Laura encostada em seu carro, ela estava tão linda. Meu olhos repousaram em suas coxas bem expostas diante do seu vestido preto soltinho, ela usava uma jaqueta jeans azul claro que a deixava um pouco séria e seus cabelos soltos repousado em um só lado dos ombros com um ar tão sexy. Céus como eu sou apaixonada por essa mulher. Laura assim que me fitou, percebi seus olhos verdes criar um brilho imediato e um sorriso se formar em seus lábios que eu tanto desejava beijar. Seus olhos percorreram todo o meu corpo com deslumbre e desejo.

Bingo! Ela aparentemente adorou.

       Me aproximei o suficiente para agarrar sua nuca e depositar um selinho em seus lábios, suspirei de saudades.

- Você está linda. - Falou e sorri sentindo um friozinho na barriga, Laura tinha esse poder.

- Você também, muito gata. - depositei uma série de selinhos nos seus lábios que logo se formou em um beijo cheio de desejo. Era tão bom sentir a língua de Laura, o sabor dos seus lábios... - Então...onde vamos? - Perguntei assim que entramos no carro.

- Surpresa. - Falou logo após ligar o carro e dar partida, se distanciando cada vez da mansão.

- Sua sorte é que gosto de surpresas. - Disse desviando o meu olhar do para-brisa para olhar o rosto da mulher ao meu lado, Laura tinha uma concentração nas ruas mas vez ou outra me lançava um olhar.

- Você vai gostar, Baby. - Sua mão procurou pela a minha repousada no meu colo e fez questão de uni-las  acariciando meus dedos. Não sei se sorria pelo o apelido que me chamou ou da sua mão unida a minha. Eu jamais conseguiria distinguir tamanha emoção por estar tão bem com ela.

- Não tenho duvidas... - Depositei um beijo rápido em seu rosto e voltei a observar as ruas através do para-brisa do carro.

           Los Angeles é uma cidade muito iluminada e com grandes placas de LED bem destacadas, quando era época natalina a cidade surpreendia com a tamanha decoração, as luzes piscantes nas grandes palmeiras espalhadas nas ruas em uma organização perfeita, era motivo para várias fotos principalmente de turistas que frequentavam LA e se deslumbravam com as maravilhas da cidade, meu coração se apertou ao saber que quando o Natal chegasse eu estaria sem meu pai. Era sua data favorita, seu grande sorriso em frente à lareira vestido em um suéter azul que mamãe lhe dera, ele me olhava com um brilho singelo e feliz ao me ver cantar Jingle Bells tocando em meu violão de brinquedo, nossas noites de Natal foram somente nós por anos até que finalmente pudesse compartilhamos com outras pessoas.

Analisei alguns portões altos e que escondiam as grandes mansões luxuosas muitas delas propriedades de celebridades que para facilitar a estadia na cidade por algum trabalho, acabava se apropriando das grandes e luxuosas casas. Já tive o prazer e alguns desprazer de estar no mesmo local que algumas celebridades, muitas esnobes e outras bem legal, mas totalmente perdidas no mundo das aparências como diversos famosos marionetes da mídia e dos holofotes.

        Soltei um longo suspiro e reparei na fileira de carros que se formou a nossa frente, o trânsito parecia tão lento nessa parte da cidade que me perguntei se estava acontecendo algum evento naquela noite.

          Minha atenção foi para a rua ao lado, os carros estavam em direção contrária do carro de Laura, percebi alguns carros de luxos rodeados de pessoas eufóricas e barulhentas, havia algumas mulheres semi nuas debruçadas no capô do carro, alguns totalmente chapados e bêbados que quase caiam no chão, me surpreendi ao perceber que havia tantas pessoas que chegavam a cobrir todo os dois quarteirões da rua.

- Em plena segunda-feira estão assim. - Tirei minha atenção das ruas e olhei para Laura.

- O dia da semana é um mero detalhe para os festeiros. - Falei e observei a poucos metros de onde eu estava, uma mulher subir em cima de uma picape e retirar a blusa revelando seus seios, levando alguns homens gritarem em empolgação.

           O trajeto durou cerca de vinte minutos, percebi que Laura estava se aproximando de Hollywood e meu sorriso aumentou ao ver que a morena estacionou em frente a um bowling. Ela percebeu a minha empolgação ao observar a frente do lugar bem iluminado.

- Acho que mandei bem, hm? - Tinha uma expressão convencida que me fez rir e se aproximar para lhe dar um beijo.

- Você podia me levar até pro meio do nada que mesmo assim eu ia ficar feliz. - Acariciei a maçã do seu rosto me apaixonando cada vez mais por cada detalhe seu - Qualquer coisa com você é perfeito.

- Assim você me deixa sem palavras... - Sorriu e depositou um beijo carinhoso na minha testa.

            
          Entramos no local de mãos dadas, não estava lotado o que me deu uma visão melhor do salão bem espaçoso e descolado. Passamos pela a entrada que ficavam alguns sofás e puffs e um grande telão mostrando a variedade de coisas que tinha no local. Algumas crianças estavam espalhadas próximas ao grande espaço com brinquedos e ver a cena das crianças alegres na piscina de bolinha me fez sorrir mais ainda, meu maxilar já doía de tanto que eu sorria.

- Becca adora vir aqui... principalmente ficar na piscina de bolinha.

- Quando ela voltar quero vim novamente, com vocês duas. – Laura assentiu e sorriu.

           Estava com uma grande saudade de Becca e quando Laura me contou que a pequena estava em Santa Mônica com os avós eu fiquei feliz, dava pra saber a empolgação dela quando falava da cidade e nas fotos que Laura me mostrou, Becca tinha um sorriso grande e feliz. Eu não via a pequena a semanas e esperava ansiosa que ela voltasse logo, assim tudo estaria perfeito e completo.

         Me senti um pouco deslocada usando essa roupa naquele lugar, as pessoas pareciam mais despojadas e me fazia me sentir envergonhada, pensei que Laura fosse me levar a um restaurante ou a um clube e não passou a minha cabeça que a morena fosse tão imprevisível, mas logo tratei de tirar esses pensamentos de minha cabeça, não queria e nem deixaria nada acabar com minha noite agradável.

- Os sapatos ficaram bonitos em você - Comentou ao me ver ficar de pé após calçar os sapatos apropriados para o piso de madeira liso.

- Se Gillian estivesse aqui faria uma careta e diria "um horror". - Tentei imitar a voz da minha madrasta e ri junto de Laura que estava sentada no sofá para retirar os seus coturnos.

          Olhei para as pistas de madeira marfim que refletia parcialmente a iluminação do lugar, visualizei bem no final da pista cerca de dezoito metros a frente, pinos dispostos numa formação triangular. No lado direito e esquerdo da pista as canaletas para evitar que as bolas passassem para a pista do jogador  vizinho. Já estive em alguns jogos de boliche com meu pai quando era mais nova e confesso que acabava me estressando por não ter feito um único strike.

- Pronta pra perder Crawford? - Laura levantou do sofá e me fitou desafiadora e confiante.

- Quem vai perder aqui é você Jackson.

     Mesmo sabendo que eu tinha muitas chances de perder, não me deixei intimidar. Sempre fui competitiva. Meus lábios se formaram em um sorriso confiante e por fim pisquei para Laura antes de caminhar até as bolas coloridas próximo a pista onde eu jogaria.

     Escolhi um bola com um peso e furos confortáveis e me direcionei até a Approach, com uma das mãos posicionei os dedos polegar, médio e anelar nos furos da bola e segurei a base redonda com a outra mão, soltei um longo suspiro tentando me concentrar para não dar mais motivos pra morena ficar mais convencida e então fixei os olhos nas setas centrais da pista e arremessei assim que mentalizei. A bola foi com uma rapidez incrível mas nem esperei que chegasse no final, fechei os olhos e só abri quando ouvi a voz surpresa de Laura atrás de mim.

- Strike!

      Nem eu estava acreditando no que acabou de acontecer, eu derrubei os dez pinos e isso me fez ficar confiante para jogar. Me virei com um sorriso convencido e minha língua entre os dentes. Caminhei até Laura que tinha os braços cruzados em um sorriso.

- Quero ver fazer melhor... - Cantarolei assim que ela passou por mim se direcionando a prateleira com as bolas. O meu ego estava nas alturas naquele momento.

          Olhei em direção a TV no alto da pista, o placar mostrava que eu estava ganhando por enquanto, sabia que tinha dado sorte e talvez perderia nas outras rodadas e Laura ficaria com um sorriso convencido o resto da noite. Acompanhei os movimentos da morena com os olhos, percebendo o quão concentrada estava e quando soltou a bola na pista, mordi o lábio frustrada, a filha da mãe conseguiu o strike sem nem fazer esforço.

- "Faz melhor" - imitou minha voz e sorriu debochada. Ela não iria perder a chance de zoar com minha cara.

- Faço mesmo. - Falei confiante caminhando até a prateleira com as bolas, eu tinha que ganhar esse jogo, virou questão de honra.

       ***

- Eu te deixei ganhar! Foi isso que aconteceu. - Laura falou enquanto andávamos até a praça de alimentação e nos afastávamos cada vez mais da pista, me sentia aliviada em tirar aqueles sapatos desconfortáveis eles estavam incomodando muito.

- Você sabe que não foi isso que aconteceu. - Sorri orgulhosa de mim por ter ganhado com um placar alto no jogo.

- Foi sorte, Baby. - Laura estava me provocando desde o momento que começamos a jogar, a cada strike nas frames seguidas eu podia ver a expressão de surpresa da morena e isso me divertia ainda mais.

- Você não sabe perder, credo. - Provoquei - Prometo te deixar ganhar da próxima vez. - garanti assim que nos aproximamos de uma das mesas vazias espalhadas no salão.

- Você é muito convencida! - Riu assim que puxou a cadeira pra eu sentar, sorri e antes de sentar depositei um beijo no seu rosto.

- E você não é? Antes de começar o jogo você tinha um rei na barriga. - retruquei e observei a mulher sentar na cadeira ao meu lado.

- Talvez eu seja um pouco mas não mais que você. - Me fitou com seus olhos verdes intensos, eu amava a atenção deles em mim mesmo que isso me deixasse nervosa e desnorteada em vários momentos. - Que foi?

- Seus olhos...estou pensando no quanto eles são bonitos e profundos... - Laura sorriu e direcionou seus olhos para o cardápio na mesa e pela a sua expressão ela ficou sem graça.

- Você sabe como me deixar sem palavras. - Ri do seu jeito enquanto fingia ler algo no cardápio. - O que que comer? - Perguntou voltando a me fitar.

- Pode ser pizza vegetariana...faz um tempão que não como massa.

- Pizza então. - Falou e levantou uma das mãos acenando para uma garçonete com roupas amarelas e vermelhas da mesma cor da decoração da lanchonete.

          O encontro com Laura estava sendo melhor que esperado, fazia horas que conversávamos na mesa sobre todos os assuntos possíveis, como foi seu relacionamento com Olivia que apesar de me sentir incomodada por Laura amar tão intensamente alguém, tinha que admitir que o amor que uma sentiu pela outra era lindo, Laura tinha um brilho nos olhos ao falar da ex esposa e percebi que não usava mais a aliança em seu dedo e sim as duas, tanto dela como de Olivia como um pingente no cordão em volta do pescoço. Me contou como foi na noite em que perdeu a mulher, se sentia tão mal e eu me senti péssima por fazê-la lembrar do luto. Também conversamos sobre Holly, Laura se manteve atenta a cada palavra que escutava, ela queria me ajudar quanto a esse buraco que tinha que só poderia ser ocupado por uma única pessoa. Minha filha.

         Eu falei sobre o melhor detetive do país que contratei e era frustrante saber que todas as vezes que falei com ele, o homem não tinha respostas ou avanços do caso mesmo que eu lhe pagasse um fortuna para isso, minha esperança era enorme e pensar que Holly e eu nos encontraríamos de novo eu faria qualquer para isso. Mas tinha que admitir , essa angústia estava longe de acabar.

       Observei Laura caminhar em minha direção assim que acabou de pagar a conta. O salão já estava começando a se esvaziar e isso significava que já deveria estar tarde ou o local fecharia cedo. Senti as mãos de Laura  segurar a minha e sorri para a mulher a minha frente e então seguimos em direção a saída do local.

        Assim que saímos, visualizei o grande e extenso letreiro de Hollywood no monte Alto  da cidade, o letreiro se destacava mais durante o dia como ponto turístico da cidade para várias pessoas do mundo todo, era um grande cartão postal de Hollywood. Mas a noite se apagava totalmente entre as palmeiras altas e os amontoados de terra escura. Entrei no carro de Laura que se encontrava no mesmo lugar que a mesma deixou horas antes, coloquei o cinto e esperei que a morena adentrasse no carro.

- Aconteceu alguma coisa? Você está tão calada... - Acabei com o silêncio que havia se instalado em nós.

- É que...fiquei pensando no caso da sua filha. - Confessou.

- Nos primeiros anos eu fiquei muito mal e ainda sinto um vazio enorme sabe? É tão frustrante imaginar que minha filha estar por aí...talvez aos cuidados de outra família, talvez não... - Minha voz falhou um pouco e Laura me fitou preocupada. - Eu acordo todos os dias querendo encontra-la, sonho com a cara daquela enfermeira e penso em todas as maneiras que eu poderia ter evitado isso. - senti a sua mão em minha coxa deixando um carinho.

- Pessoas ruins tem em todos os lugares Camz...você não teve culpa de nada e não poderia ter previsto que isso aconteceria...foi uma vítima desses monstros que assolam famílias e causam dor. - Laura acariciou meu rosto e se aproximou fazendo com que eu olhasse diretamente em seus olhos. - Você vai encontrar sua filha, se acredita que ela esteja viva...Ela está viva. - Senti uma lágrima percorrer o meu rosto e um sorriso fraco surgiu.

- Eu sou tão apaixonada por você...- Sussurrei aproximando meu rosto do seu unindo nossos lábios com ansiedade, sentia uma grande falta de sentir eles.

         Nosso beijo iniciou suave, sua língua lentamente se movia dentro da minha boca se juntando com a minha em uma sincronia incrível, seu beijo tinha um sabor doce e que me fazia suspirar totalmente perdida no meio de tantas sensações boas que sentia. Senti seus dedos afundarem nas mechas do meu cabelo enquanto sua língua contornava a minha. Era uma sensação de ternura e cuidado, não importava mas nada, eu queria ficar somente com ela, ali, nos beijando e nada mais importava.

O maldito ar.

         Afastei nossos lábios no instante que senti meus pulmões em protesto, fitei os lábios de Laura que agora estavam vermelhos e com marcas do meu batom, sorri aproximando meus dedos no canto de sua boca para limpar.

- Eu também. - Laura falou assim que sua respiração voltou a normal. Fitei seus olhos que estavam em um verde escuro. - Eu também estou muito apaixonada por você.

         Sentia que meu coração sairia pela a boca a qualquer momento, ele estava batendo em uma velocidade absurda. Meu lábios se expandiu em um sorriso enorme de satisfação e felicidade. Voltei a aproximar meu rosto do dela iniciando um beijo apaixonado, não me importava se estava em um estacionamento eu só queria beija-la.

     ***

         Só deu tempo de Laura fechar a porta de sua casa para que pudéssemos unir nossos lábios iniciando um beijo intenso e apressado. Ao longo do beijo íamos andando em passos desajeitados até a o seu quarto tropeçando em alguns móveis mas que pouco nos importava, deslizei sua jaqueta dos seus ombros que caíram no chão da sala rapidamente, eu só queria senti-la e agora ainda mais depois das nossas declarações no carro. Me sentia em êxtase e totalmente entregue a Laura principalmente quando suas mãos estavam em meu corpo, me sentia nas nuvens. Assim que chegamos ao seu quarto parcialmente escuro, ela separou nossos lábios e me fitou, sua íris verdes tinha um desejo e intensidade que só de olhar, sentia meu sexo se contrair entre as pernas. Laura virou meu corpo de costas para ela, pensei em questionar mas fechei os lábios no momento que senti a mulher afastar as alça do meu vestido, enquanto ela deslizava o pequeno tecido dos meus ombros, senti seus lábios molhados repousarem na minha pele, bem na minha nuca. Sentir o corpo dela tão perto, seus lábios úmidos na minha pele me fazia ter um arrepio por todo o corpo. Mordi o lábio inferior quando o tecido vermelho caiu do meu corpo, me deixando apenas com a pequena calcinha de renda. A cada beijo que Laura depositava nos meus ombros e pescoço, eu sentia minha intimidade latejar e ficar bastante úmida, a excitação e desejo queimava o meu corpo me fazendo morder ainda mais o lábio.

            Me virei para Laura que agora se despia com rapidez e logo me deitou na cama, minhas pernas abriram como velocidade da luz para que a morena ficasse entre entre elas, me sentia tão excitada e quente, adorava a sensação que ela me causava, a intensidade que tínhamos, o prazer que sentíamos quando transavamos e principalmente o carinho e paixão. Laura deslizou sua língua no meu abdômen me fazendo suspirar de tesão, a morena fez questão de morder levemente a minha virilha assim que afastou o tecido da minha calcinha, senti sua boca cada vez mais mais próxima da minha boceta totalmente encharcada mostrando o quanto excitada eu estava. Movimentei meu quadril pra frente dando impulso para que Laura se livrasse do meu único tecido no corpo e assim ela fez, retirou minha calcinha jogando para longe. Seu hálito quente bateu contra o meu sexo latejante me fazendo soltar um longo suspiro e fechar olhos para sentir melhor  ela me chupar.

- Gosto quando você ficar tão molhada assim...- Falou com um voz carregada de excitação, gemi baixinho quando senti sua língua entrar em contato com meu clitóris, era quente e molhada, assim como minha boceta.

- Céus...

           Gemi mais uma vez quando sua língua contornou todo o clitóris me estimulando ao prazer, sua língua desceu até a entrada do meu sexo sua boca sungou o meu líquido quente me fazendo delirar de prazer e me mexer inquieta na cama. Abri mais as minhas pernas para receber a boca quente de Laura, queria que ela me chupasse mais e quando senti suas mãos apertarem com força as minhas coxas e chupar meu clitóris com vontade eu não me controlei em gemer, o gemido manhoso saiu dos meus lábios e para a minha satisfação, Laura começou a deslizar perfeitamente o meu clitóris com a sua língua macia. Eu queria mais dela, queria que me penetrasse o mais rápido possível, queria sentir seus dedos me invadirem e me foderem com desejo.

 
            Sua língua continuava a rodear meu clitóris e seus dois dedos passaram entre os lábios maiores de minha boceta para se concentrarem bem no meio, seus dedos se lubrificaram com o meu líquido quente e soltei um gemido mais alto quando Laura me invadiu sem aviso com os dois dedos na minha boceta, minha respiração se tornou ofegante, meu ventre vibrava em prazer ao sentir seus dedos me invadirem, no começo seus movimentos eram intensos e devagar mas que logo se tornaram rápidos e profundos, a cada movimento dos seus dedos eu apertava o lençol da cama com certa força, ainda sentia sua língua contornando meu clitóris inchado, minha intimidade pulsava de prazer que eu sentia, cada vez mais as paredes da minha boceta se fechavam em volta dos seus dedos que me metiam profundamente, sentia que cada vez mais o meu orgasmo estava próximo.

             Sentir os dedos de Laura me penetrarem era a sensação mais prazerosa que podia sentir, principalmente quando sentia também a sua boca na minha boceta, sua língua era tão ágil e quente. Comecei a rebolar forçando o meu quadril contra seus dedos dentro de mim, queria mais da morena, queria senti-la dentro de mim  cada vez mais. Gemi alto ao sentir seus dedos se moverem para dentro da minha entrada em uma habilidade surreal, apertei os olhos ainda fechados enquanto levava minhas mãos livres até meus seios, meu mamilos agora rígidos e arrepiados mostrando o quão excitada eu estava e sem nenhuma pudor eu agarrei meus dois seios com as mãos apertando com certa força e sentindo Laura forçar seus dedos contra mim.

- Eu vou gozar...vou gozar pra você!

           Praticamente gritei quando senti os dedos de Laura me invadirem chegando ao meu ponto G, seus dedos encontraram minha zona mágica me fazendo soltar um grande gemido de satisfação e sentir minhas pernas tremerem e o líquido quente se esvair da minha boceta. Os dedos de Laura saíram de mim e sua língua desceu do meu clitóris até a minha entrada, sua boca sungou todo o meu liquido que eu acabava de despejar. Minha respiração estava ofegante e meus olhos abriram para observar Laura afastar seu rosto do meio das minhas pernas e engatinhar até mim, deixando seu rosto perto do meu.

- Você é deliciosa.  - Sua voz saiu rouca e excitante. Agarrei sua nuca trazendo seu rosto para mais próximo, nossos lábios grudaram e rapidamente separei meus lábios para que a língua de Laura me invadissem me fazendo provar do meu próprio líquido.

          Nosso beijo era urgente e intenso, nossas línguas contornava uma a outra a cada segundo, sentir o corpo nu de Laura sobre o meu me deixava totalmente fora de mim e muito excitada, podia sentia minha lubrificação escorrer entre os lábios maiores da minha boceta com tamanho tesão. Uma de suas coxas se puseram entre minhas pernas causando um pressão contra o meu sexo me fazendo arfar. Afastei meu rosto do seu procurando ar para os meu pulmões e então inverti as posições ficando em cima do seu corpo. Agora entre suas pernas movi lentamente meu quadril contra o seu causando uma pressão gostosa entre nossas bocetas úmidas e quente. Movi minha língua por toda a extensão do seu pescoço até o seu seio esquerdo fazendo questão de chupar com vontade o seu mamilo rígido.

- Porra Camille! – Laura murmurou totalmente perdida de prazer quando chupava o seu mamilo e com a outra mão eu aproveitei para apertar o seu seio direito e com ponta do indicador contornava ele.

            Laura agarrou meus cabelos e isso me fez gemer baixinho contra o bico do seu seio, tirei minha boca de um e abocanhei o outro movendo minha língua sobre sua pele delicada. Cada vez mais sentindo minha boceta latejar de tesão, transar com Laura era tão gostoso, que eu nunca mais queria sair dos seus braços. Afastei minha boca e ela me puxou para um beijo feroz, arfava entre o beijo quando sua mão deslizava nas minhas costas nuas me causando um arrepio imediato.

- Quero te fazer gozar... - Falei após puxar lentamente seu lábio inferior com o dente no fim do beijo, seu olhar tinha luxúria, desejo, excitação e eu adorava causar isso.

        Lentamente deslizei meu corpo para baixo do seu deixando uma trilha de beijos nele sobre a supervisão do seu olhar quente, era um verde intenso que me fazia sentir um puta tesão. Suas pernas abriram de imediato para mim me fazendo sorrir maliciosamente, percebendo o quão molhada a morena estava, aproximei minha boca do seu sexo e comecei a chupá-la com vontade enquanto escutava seus gemidos.










     

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