Waking up

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Três semanas depois.




Laura Jackson Point Of View.





Os dias estavam passando tão rápido. Faltavam alguns dias para, Becca e eu voltarmos à Los Angeles e já poderia ver uma garotinha relutante para voltar para casa. Era compeesivo sua tristeza de se afastar dos seus primos, ela émuito próxima a eles. E ao julgar que o sentimentalismo infantil é sempre mais intenso, Becca conseguia ficar tão triste e inquieta que sempre me convencia a passar mais alguns dias.

Observei minha filha no quintal, o balanço em que as crianças da minha família, brincavam continuava ali, velhinho e repleto de lembranças. Era tão nostálgico olhar para ele, as imagens de minha infância sempre de faziam presentes.


— Lembro das inúmeras vezes que você caiu daquele balanço. — Minha mãe se aproximou e se juntou a mim, sentando no sofá de dois lugares que estava na varanda. Ela segurava uma caneca e pelo o cheirinho, deveria ser chá de camomila. Era o seu chá favorito.

Curvei os lábios em um sorriso sendo invadida pelas lembranças da minha infância, foi a melhor fase da minha vida, caia, me machucava, mas não me preocupava, pois, sábia que minha mãe me ajudaria com remédios. Ela definitivamente tinha a cura em suas mãos, mas não tinha a curas para sentimentos feridos, machucados internos. É aquela famosa frase “um joelho ralado dói bem menos que um coração partido.” Era um misto de sentimentos, mas em classificação, a frustação era maior, me sentia totalmente frustada por depositar uma grande confiança em alguém que ainda tinha dúvidas do que sentia por mim é  se é que sentiu algo.

Foi um completo banho de água fria.

— Becca se sente feliz aqui… com A família, lugar que era para estar sempre. — Cara novamente voltaria com o assunto de me convencer a morar em Santa Mônica. Nunca aprovou minha ideia de mudar para Los Angeles, na visão dos meus pais, seus filhos sempre ficariam em uma bolha com eles.


— Mãe… — poderia continuar, mas a mulher ao meu lado me cortou.

— Laura você sabe que respeito todas as suas decisões…, mas isso está errado, essa é sua cidade, deveria ser a de Becca também. Veja como o olhar de sua filha brilha quando está aqui. 

Soltei um longo suspiro e observei o céu, o pálido sol apareceu entre as nuvens refletindo uma luz no mar que quase não podia ver. Mesmo estando distante da água eu poderia imaginar o barulho das ondas se quebrando e a brisa suave e ‘zen’ que só a natureza transmitia. Aquela paisagem era encantadora.


— Não é como se eu morasse do outro lado do mundo… a senhora sabe que sempre que posso, eu venho com a Becca. — Tirei minha atenção do céu e passei a olhar minha mãe, podia perceber alguns traços meus bem-parecidos com ela. Me perguntei se a minha filha com Olivia se pareceria com a mãe, soltei um longo suspiro, a falta da minha esposa ainda era delicada para mim, nunca poderia amar alguém como amei Olivia, foi um encontro de almas, tinhamos nossas diferenças, mas tínhamos muito amor, ela foi e é o meu grande amor.

Quando a vi encostada naquele balcão, aquele vestido vermelho delicado que combinava perfeitamente com ela. Aqueles lábios cobertos por um vermelho tão vivo e sensual. Seus cabelos castanhos tão cheirosos e lisos. Enquanto estive naquele palco, tocando  
Glad You Came de The Wanted, pude ver seu olhar castanho atentos em mim. Vez ou outra, seus lábios se encontravam no copo para se deliciar da vodka que tomava. Não sabia o que tinha em seu olhar que me viciou, me deixou completamente hipnotizada.  Eu sabia que era ela.

Destined Souls Where stories live. Discover now