Father

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          Camille Crawford Point Of View.

Fechei os olhos, respirei fundo e deslizei meu corpo nu dentro da água até as bolhas cobrirem minha cabeça e o mundo exterior desaparecer. Sentia todos os músculos do meu corpo relaxarem ao sentir a água quente da jacuzzi me envolver. Com os olhos fechados eu me sentia bem e livre dos problemas e responsabilidades que me cercavam.

Voltei a superfície quando meus pulmões se contraírem em prosteto por falta do ar que me era tão necessário.  Pisquei algumas vezes para tirar a água dos meus olhos e afastei o cabelo do rosto que insistiam em grudar molhados, deixando as mechas longas e escuras flutuarem na água até minha cintura. Com meu pensamento entupido de incertezas e receio. Estava prestes a acabar com meu casamento, daqui a algumas horas eu falaria a Henry que queria o divórcio, não poderia continuar a enganar ele e muito menos enganar a mim mesma.

Durante esses dias em que o mesmo esteve em sua viagem a Seattle, Laura e eu, nos aproximamos bastante, assim como minha relação com a pequena Becca que a cada dia eu me apaixonava mais. Era esplêndido a capacidade que a pequena garotinha lidava com as coisas.

O que eu senti com Laura é algo novo, grande e que me faz bem, era um sentimento tão bom e não iria me precipitar em falar em voz alta, não agora. Era cedo demais e temia que tudo desse errado. A verdade era que pensei em esquecer o que vivi ao lado de Laura, dos momentos prazerosos, alegres..., mas acontece que pensar na possibilidade de está sem ela meu coração apertava, era agonizante, terrível, como tirar um pedaço de mim. Me supreendia em saber que tão pouco tempo Laura se tornou uma pessoa tão importante para mim, e que dias atrás eu acreditava ter encontrando o amor da minha vida, Henry era o amor da minha vida..., mas Laura chegou e fez uma confusão toda, ela mexe muito comigo e isso já não é segredo para ninguém. Até meu pai já percebia meus sorrisos bobos, eu queria falar para ele sobre Laura, sobre Becca, queria que ele as conhecesse com certeza iria adorar Becca, impossível não se apaixonar por aquela garotinha.

Respirei fundo e estava prestes a mergulhar outra vez, mas ouvi o barulho do meu celular, provavelmente era Henry, o mesmo me falou que chegaria hoje a noite.  Me sentia culpada por fazer isso com ele, mas a situação já havia saído do controle não poderia continuar a trair ele e também não poderia deixar Laura, isso não era nem uma opção para mim.

Sai da jacuzzi e tive que ter cuidado para não deslizar no chão molhado. Lentamente caminhei até a mesinha com uma toalha branca em volta do meu corpo e o meu aparelho em cima que rapidamente li no visor “Amor”. Um embrulho no estômago me atingiu em cheio, o nervosismo tinha total controle de mim.

Soltei um longo suspiro antes de atender.

— Amor? —

— Oi? já está em Los Angeles? — Tentei não parecer tão nervosa. Pretendo conversar com ele pessoalmente, era o mínimo que podia fazer. Estava apreensiva, pois sabia que não seria nada fácil fazer aquilo, principalmente quando estivesse em sua frente.

— Sim querida, estou saindo agora mesmo do aeroporto. Já adianto que tenhos boas notícias sobre a nova filial de Seattle. — Tinha uma voz cansada, mas ainda sim tentava me transmitir animação, imaginei o quanto o homem deve ter participado de reuniões, sua responsabilidade e grande dedicação era fruto de um bom homem, Henry era admirável.

Quando entrou na empresa de papai, os negócios tiveram uma grande relevância e isso foi notório. Não é atoa que a empresa de minha família se tornou umas das melhores no ramo imobiliário. Meu pai costuma dizer que não teria pessoa melhor para o cargo. Henry sem dúvidas, impulsionou e moldou a empresa a ser uma grande potência.

Destined Souls Where stories live. Discover now