Bônus Austin

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(NOTA: bom, quem me segue no twitter já deve ter lido algumas coisas que falei sobre o austin e bom, aqui voces vão conhecer um pouco mais sobre ele a infância e vamos mostrar um austin "além" do príncipe filho da puta da espanha, essa é a coisa mais dramática que já escrevi em toda a fic entao peço a voces opiniao sobre o capítulo BEIJINHOS ANJOS FADINHA AMA VCS )

Austin

Cresci em um dos maiores palácios do mundo, o da Espanha. Muitas vezes as pessoas mal me viam, e até mesmo não sabiam que seu país tinha um príncipe. Sempre tive tudo o que desejava, viagens pelo mundo, presentes magníficos, uma educação maravilhosa. Mas nunca tive amor vindo do meus pais. O que obviamente me fez crescer sem conhecer bons sentimentos, como empatia, compaixão e até mesmo felicidade.

Nunca vi meu pai ser carinhoso com minha mãe, os dois quando conversavam por mais de cinco minutos acabavam brigando. Quando tinha sete anos tudo mudou, ouvi os dois conversando com a mãe de Lauren, meu pai assim que me viu ouvindo a conversa me avisou que teria que deixar as brincadeiras de lado, me tornar um homem ambicioso.

Depois daquele dia tudo mudou, nada de viagens em feriados junto com minha mãe, ou aparecer na biblioteca apenas pra pegar algum livro infantil. Eles contrataram os melhores professores da Espanha para me educarem, com dez anos já havia aprendido coisas que um garoto comum de quinze anos jamais imaginou que poderia até mesmo existir.

Com dezesseis fui passar uma temporada na França, e conheci Ariana, já três anos mais velha do que eu. Com ela aprendi que uma mulher é capaz de fazer qualquer coisa quando deseja algo, e ela sempre desejou sua liberdade, algo que eu poderia dar a ela de bandeja. Mas nós dois formávamos uma dupla engraçada, eu e a achava atraente e encantadora. Enquanto ela fingia que me odiava, tentava se afastar mas sempre aparecia de lingerie em meu quarto com uma proposta nova de brincadeira.

Desde que conheci Camila uma onda de sentimentos que considerei como bizarros me faziam querer sorrir ou simplesmente abraçar alguma pessoa. Meu pai nesse momento sentiria mais vergonha do que ele sempre sentiu de mim. Durante o baile, Camila havia desmaiado e o estranho desse tudo, eu havia me preocupado com ela. Tudo isso me levou a ficar nessa situação, encostado na parede ao lado da porta de seu quarto esperando notícias sobre seu estado de saúde. Sempre quis uma chance de mudar, sabe, uma chance para tentar ser uma pessoa melhor, mas parecia impossível, sempre que demonstrava um pouco de carinho me sentia péssimo por fazer isso.

Austin, você não é desse jeito. Para que esperar se você é o rei? Simplesmente entre.

Abri a porta do quarto e ao entrar encontrei um médico conversando com Camila que brincava com os dedos. Por um momento cheguei a pensar que ela poderia estar grávida. Mas era impossível, ou não era tão impossível?

- Vou deixar vocês conversando a sós. - o médico fez uma breve reverência assim que entrei no quarto. - Vossa majestade terá que ser muito cuidadoso com ela, a partir de agora.

Caminhei até a cama onde Camila estava deitada, olhando para a janela de forma monótona, vi que ela encarava os flocos de neve como se fosse a coisa mais importante em sua vida. Reparei o quanto ela era linda e possuía uma beleza angelical. Mas que porcaria de pensamentos são esses Austin?! O casamento de vocês é apenas mais um tratado da monarquia.

- Pode se aproximar, eu não mordo. - Camila falou com a voz fraca batendo a mão de leve ao seu lado na cama.

Me sentei ao seu lado e logo a vi procurando minha mão para segura-la. Quanto mais próximo eu ficava dela pude ver seu rosto úmido pelas lágrimas, senti uma pontadade medo naquele momento. Nunca tinha visto Camila daquele jeito. Nem mesmo quando eu e a batia.

- Queria saber se poderíamos recomeçar, darmos uma nova chance para nosso casamento. - ela falou apertando minha mão. - Sei que você se incomoda com Lauren, mas ela foiapenas uma aventura passageira. Jamais iria dar certo.

- Fico feliz que o desmaio tenha feito você ter um surto de realidade.

Camila riu e me olhou de forma carinhosa. Ninguém nunca olhou para mim dessa forma. Nem mesmo minha mãe. Vi seu olhar de perder enquanto olhava a neve pela janela. 

- Quando não temos muito tempo de vida começamos a pensar em tudo que fizemos em nossa vida.

Ergui a sobrancelha, pouco tempo de vida? Mas como assim? Deveria ser mais alguma de suas brincadeiras.

- Sim Austin, um dia todos morrem. Porém, alguns morrem mais cedo do que os outros.

Aquela notícia havia me pego de surpresa, imaginar que ela teria pouco tempo de vida me deixava entristecido. Será que essa era a chance de mudar que sempre pedi? Agora eu teria que ser mais cuidadoso e atencioso com Camila. Afinal, ela estava morreneo. Merecia ter seus últimos meses ou anos de vida sendo feliz.

- Me perdoe por tudo que lhe fiz até agora.

Camila esboçou um sorriso simpático, pela primeira vez ela me beijou de forma voluntária. O que até mesmo me assustou já que não esperava por isso.

- Tudo irá dar certo. - Camila piscou ao falar assim que nos separamos do beijo. - Obrigada por isso, Austin.

Royal or RebelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora