Voe, Pégaso!

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O mar parecia que tinha criado ainda mais peso, apenas para fazer com que Seiya chegasse ao seu fundo e permanecesse ali para que não fosse encontrado e tivesse uma morte lenta e silenciosa. Os olhos castanhos do rapaz procuravam luz onde não havia e suas mãos tentavam nadar para a superfície em vão. Tudo que estava visível era somente um escuro azulado.

"Então é isso?... Eu vou morrer aqui e agora?..."

Ele pensou consigo enquanto finalmente desistiu de lutar contra a força da água, continuando a afundar mais e mais.

— SEIYA! — Uma voz reconhecida gritou naquela escuridão. Não fisicamente, mas na mente do jovem.

Ao abrir os olhos, percebeu que sua irmã segurava seu braço com as duas mãos e tentava o puxar para cima. O esforço não adiantava muito, porque apenas ela nadava com toda vontade, enquanto Seiya continuava sem se mexer, tentando compreender o que estava acontecendo naquele momento.

Santuário
(Grécia)

Athena olhava a inquietude da armadura de Pégaso em seus aposentos, fazendo o possível para fugir de sua urna e ir até Seiya. A deusa conseguia mantê-la no mesmo lugar por seu cosmo se sobrepor ao da proteção, porém nada fazia ela desistir de realizar sua missão.

— Pégaso, eu lhe peço... Chega disso... O seu dono já foi ferido demais... Você deve aceitar essa realidade... — Athena falava calmamente, comunicando-se com a armadura por sua aura, na tentativa de fazê-la parar.

Entretanto, como um ser indomável, a urna chacoalhava incessante, respondendo de forma agressiva e indicando que não planejava dá um fim a sua luta ali para fugir. Saori a observava atentamente, até que pôde sentir a urna ficando menos agitada.

— Era de se imaginar... — a mulher tocou a superfície do objeto com um olhar indecifrável, pois era uma mistura de alívio e tristeza.

Por alguns segundos, no entanto, Athena sentiu-se no meio do universo estrelado em frente a um grande cavalo branco, possuidor de asas na mesma coloração que seu corpo e olhos vermelhos, que sequer fazia movimentos. O animal ajoelhou-se em cumprimento a deusa e logo cavalgou ao longo das nebulosas deixando-a sozinha.

— Pégaso? O que significa isso?

O equino apontaria com a cabeça para a sua constelação, onde estaria levemente nítida a imagem dos nossos protagonistas com suas armaduras divinas, olhando diretamente para Athena com sorrisos.

— Então... Você realmente... Acha isso? — ao voltar a direção de seus olhos para Pégaso, que assentia com a sentença da deusa. — Certo...

No mesmo segundo, a de cabelos roxos volveu a realidade e se afastou da urna da armadura, ainda receosa com sua decisão. Por um lado, queria retribuir a proteção que seus Cavaleiros mais fiéis lhe ofereceram durante os anos de guerra, contudo, era necessário que novamente lutassem ao seu lado para acabar de vez com a ameaça de grande porte que viria.

— Pode ir... — proferindo tais palavras, o objeto saiu como um cometa em direção ao céu. Logo após essa atitude, a deusa sentiu uma pequena pontada na nuca. — T-tsc... o-o que...

Tóquio
(Japão)

Seiya continuava sem entender a situação em que se encontrava. Seu corpo pesava e sua mente parecia se esvaziar conforme chegava ao final sólido de toda aquela água salgada. Seika também parecia iniciar uma perda de oxigênio, lentamente deixando de mover-se e desmaiando dentro da imensidão azul do oceano.

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⏰ Última atualização: May 20, 2020 ⏰

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