Bater de Asas do Cisne

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Dois anos já tinham passado, e a vida no leste gelado da Sibéria, especificamente em uma aldeia chamada Kohoutek, onde residia um jovem loiro que conhecia apenas o que era viver ajudando o povoado do local, sem nunca ter pensado na hipótese de já ter saído dali alguma vez.

— Hyoga, tem certeza de que não quer descansar? Você já fez muito por hoje. — pronunciou-se um garoto chamado Jacob, que conhecia Hyoga a muito tempo.

— Não se preocupe, Jacob, quando terminarmos apenas mais esse afazer, prometo que irei descansar, está bem? — o aquariano ria enquanto observava a cara fofa zangada do menor.

Era bem comum os dois andarem juntos em fins de tarde, bem próximo do anoitecer, carregando alimento para a cabana que ficavam todas as noites e dias. Jacob adorava ter a companhia do loiro, pois o comparava a um irmão e o mesmo pensava Hyoga dele. Ao terem finalmente acabado, como prometido, o loiro fora se deitar e dormir um pouco.

O ex-Cavaleiro, porém, não conseguia dormir sem pensar em sua mãe. Todas as vezes, a memória dela vinha até ele para acordá-lo do sono e garantir que ficasse daquele jeito. Ele se sentia amargurado, pois era uma pessoa muito querida.

— Mais um vez... Não posso dormir com você em meus pensamentos... Mamãe... — Só de imaginar que ia vê-la novamente naquele estado em seus sonhos, Hyoga tremia. Ao invés, então, de adormecer, o rapaz se levantou e se dirigiu a porta da cabana, chamando atenção de Jacob.

— Você prometeu que ia descansar, Hyoga. — o menino se preocupou de que o loiro estivesse planejando fazer mais atividades sem parar.

— Não se preocupe, Jacob. Não vou fazer mais nada. Apenas quero dá uma olhada nas estrelas hoje.

— Ah, certo então. — Jacob se aliviou em ter escutado aquilo e sorriu, acenando para o mais velho. — Me diz as constelações que você encontrou tá?

— Está bem.

Terminada a conversa, o aquariano saiu e andou alguns metros para longe da aldeia, onde sentou-se na neve e ficou mirando o céu escuro e estrelado daquela noite. Havia muitas constelações, desde simples a muito complexas, algumas escondidas pela linda Aurora Boreal e outras expostas.

Uma, em peculiar, chamou sua atenção. Esta era a constelação de Cisne, que brilhava mais intensa que as demais e parecia piscar, querendo que ele a visse.

Na Grécia (Santuário)

— Ela não parou de brilhar desde então. — Jabu de unicórnio estava ao lado de Athena, observando a urna da armadura de Cisne, que reluzia e ressoava. — Acha que está tentando...

— Sem dúvidas, Jabu. A armadura está tentando se reconectar com o Hyoga através da sua respectiva constelação...

— Isso explica o ocorrido na arena... Por isso ela não aceitou aquele aspirante. — raciocinava o meio moreno.

Um ano atrás, havia acontecido uma competição entre os aspirantes do santuário pela posse das armaduras de bronze que antes pertenceram a Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki. Porém, quando os vencedores estavam prestes a abrir as urnas que haviam recebido, as proteções os jogaram para longe, rejeitando que as vestissem.

— Eu deveria imaginar que isso iria acontecer... Jabu, garanta que as armaduras não sumam do Santuário. Não podemos deixa eles se lembrarem.

— Certo, Athena. Farei o possível e impossível. — assegurou-lhe o rapaz, que tinha voltado sua atenção para as urnas.

Sibéria, Rússia

— Que estranho... É como se ela me chamasse... Ah!! — Uma fina dor passou pela cabeça do loiro, e com ela, flashes rápidos dele e outras pessoas do qual ele não conhecia.

Saint Seiya - ZeusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora