Hora de Lutar

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— Nos perdoe, Athena... Nós tentamos proteger as armaduras de Dragão, Cisne, Andrômeda e Fênix... Mas elas fugiram de nossa segurança... Os Cavaleiros de Bronze despertaram o cosmo... Agora, apenas a armadura de Pégaso permanece aqui no santuário... — explicava um rapaz ruivo que insistia em cobrir o rosto com uma máscara, apesar de ser um Cavaleiro.

— Entendo... — a deusa logo olhou para a urna restante ao seu lado, que cintilava constantemente, sentada na cama de seus aposentos — Bem... Pode voltar para a vigilância dos aspirantes do santuário, eu irei cuidar da armadura de Pégaso... Porém ainda creio que você deveria tirar essa máscara...

— Prefiro ser ridicularizado por isso do que todos se voltando contra mim... Já cometi um erro grande o suficiente para ganhar a raiva de seu exército... E eu tenho que resolver uma coisa... antes...— finalizando sua sentença, o Cavaleiro se levantou e começou a andar em direção a saída.

Quando o jovem fechou a porta, Saori murmurou para si mesma.

— Você mudou, Tohma... Você só não percebeu isso ainda, como eu e a Marin.

Japão
(Tóquio)

Havia ali, sentado em uma plataforma de madeira com o violão nos braços, um jovem moreno utilizando blusa vermelha tocava para uma moça de aparência semelhante a ele. Seiya dava um leve sorriso de lado enquanto via sua irmã alegre com a música que ele mesmo compôs para ela.

— Seika, o que você gosta tanto nessa música? — brincou o mais novo, concluindo a melodia e guardando o violão na sua respectiva capa.

— Tudo. Eu não consigo desgostar de nada nela. — a primogênita levantou-se e começou a observar o pôr do sol no horizonte coberto de mar. — Veja, Seiya... O pôr do sol é lindo, não é?

— É sim... Mas isso significa que já deu nossa hora de ir pra casa. — dizendo isso, o moreno pôs a capa do violão nas costas e saiu andando em direção a estrada. — Você vem?

— Já vou... Deixa eu aproveitar só mais um pouco essa paisagem... — Seika então virou-se e olhou para o irmão com uma falsa cara brava.

— Haha! Tá bom, tá bom! Só não me lance mais um olhar mortífero assim. — riu o caçula enquanto caminhava em direção de sua casa.

O rapaz entrou na residência e logo colocou o instrumento no suporte, dirigindo-se ao quarto para observar a irmã da janela. Para sua surpresa, tinha uma outra pessoa com ela conversando calmamente. A mulher usava uma máscara no rosto.

"Quem é essa? A Seika nunca me falou nada sobre amigas ou amigos dela... Principalmente com estranhos gostos pra acessórios"

Mesmo tentando ao máximo para escutar sobre o que as duas falavam, tudo que conseguia ouvir eram palavras cochichadas, impossíveis de decifrar.

— Mas do que será que elas está falando?? — movido pela curiosidade, o ex-Cavaleiro desceu e saiu novamente, se escondendo por trás dos barcos mais próximos dali sorrateiramente.

— Então... Na verdade, a ameaça ainda não acabou, Marin? — perguntou Seika, aparentemente meio assustada.

— Não... Os deuses não se contentam em ver que nós, humanos, estamos acabando com o que eles chamam de perfeição... Seika, eu sei que você havia prometido para Athena não contar nada ao Seiya... Mas esse é um caso de urgência... Athena, ela- — antes que pudesse terminar de falar, Marin sentiu algo se aproximando, entretanto não era Seiya.

— Marin? — perguntou a jovem observando a Amazona levemente alterada.

— Seika, se ABAIXE!! — A mulher puxou a garota fazendo-a deitar no chão junto com ela, desviando de uma rajada vinda de atrás delas.

A rajada logo havia se tornado um rapaz, trajando uma armadura azul e utilizando uma corrente na mesma coloração, com uma esfera de espinhos na ponta.

— Athena disse para nós não nos envolvermos com esses Cavaleiros... Por que está a desobedecendo? — falou o guerreiro, olhando fixamente para Marin, ignorando a existência de Seika naquele local.

— Tohma, você não entende?... A ameaça de Zeus é maior do que qualquer um dos deuses anteriores! Athena- ARGH!! — sem poder terminar, Marin recebeu um golpe certeiro no rosto, tendo o único objeto que cobria o mesmo destroçado.

— Athena está fazendo isso para nos proteger, assim como a Seiya e os outros! Você não se importa com o sacrifício que ela está fazendo por nossa conta?? — gritou o ruivo, continuando a distribuir ataques na própria irmã a toda velocidade, dificultando a sua defesa — Desde aquele dia no santuário, em que você conversou com a Shina, eu sabia que tinha tramado algo!! Só não esperava que fosse para desobedecer as ordens de Athena e arriscar a vida deles em VÃO!!! — Na última palavra, o mais novo jogou a esfera por cima de Marin e a puxou para o chão, fazendo a mesma cair fraca no mesmo.

Antes de dar outro golpe, a garota ali presente se colocou entre o Cavaleiro e a Amazona de braços abertos.

— Saia da frente, isso é um assunto entre mim e a minha irmã. — falou o ruivo calmamente, sem demonstrar hostilidade perante a garota.

— Eu não vou sair!! A Marin só está tentando ajudar a senhorita Saori! — gritou a morena, numa expressão determinada a não mover músculo para longe da Amazona.

— Coopere, Seika! Estou fazendo isso pelo bem do seu irmão!! — mesmo com os punhos tremendo para realizar mais um ataque, Tohma continuava parado.

— EU SEI DISSO!! — Seika então, sentiu a face molhar-se em lágrimas, que escorriam pela bochecha e caíam sobre a plataforma. — Você não sabe o quanto eu sofri para procurar o Seiya! Ter meu irmão de volta!!! Mas eu também sei... Que ele tinha um dever a cumprir!! Esse tempo todo, ele só estava protegendo a Terra do mal junto com os amigos dele!! O Seiya... É o Cavaleiro de Pégaso, defensor da deusa Athena!! Meu irmão mais novo por quem sempre me orgulhei!!!

— Tch... Vejo que não me resta escolha a não ser tirar você do meu caminho a força!! — mais uma vez, Tohma lançou a esfera de espinho contra Seika.

— NÃO!! SEIKA!! — correndo e se atirando na frente da primogênita, Seiya levou o golpe de Tohma no lugar da irmã, sendo atirado para cima e caindo com toda força contra a plataforma, criando um buraco e afundando na água.

— SEIYA!!! — instintivamente, a mais velha atirou no buraco e começou a nadar em busca do caçula.

— Que droga! — no momento em que o Cavaleiro ia pular também, teve a sensação de estar sendo atacado e assim desviou de um dos meteoros de Marin. — Hm?

— Como você disse... O assunto é meu e seu irmão... — a Amazona de Águia estava em pé, mesmo com dificuldade, numa posição ofensiva.

— Tsc... Então vamos resolver isso logo, Marin!...

Saint Seiya - ZeusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora