Meu programa de TV favorito (Finalizada)

Capítulo 31

Cheguei em casa e fui para o meu quarto para refletir sobre tudo o que estava acontecendo. Certamente eu não pensava em ter um filho agora, mas saber que talvez eu não conseguisse ter filhos me causava uma tristeza profunda. Sei que existe outras possibilidades, como a adoção por exemplo. Só que mesmo assim, os pensamentos mexiam comigo. Eu não sabia como Christopher reagiria quando soubesse da notícia. Eu estava sozinha no quarto quando minha mãe chegou e me viu triste.

- Filha? O que houve? - disse sentando na minha cama.

- Voltei do médico agora. Fiz alguns exames e apareceu o ovário policístico, isso significa que vou ter dificuldade ora engravidar.

- Mas filha, você já sabia disso...

- Eu sei! Eu sei... Mas eu não tinha isso tão nítido na minha cabeça. Eu nem lembrava mais! Agora estou com medo de não poder ter filhos...

- Ah filha, não fique assim... Isso é só uma possibilidade! E existe tantos métodos de tratamento hoje em dia. – minha mãe disse com carinho. - Também existe várias possibilidades de engravidar...

- É que o Ucker acabou de perder um filho, não queria que ele ficasse na incerteza.

- Vocês já conversaram sobre isso?

- Não, vou falar com ele essa noite.

- vai tranquila, filha!

- Mãe, você ainda está chateada com ele? – perguntei mais uma vez.

- Seu pai está mais. Eu estou também, mas consigo entender o seu lado. Quando a gente ama, a gente fica cega!

- Não é questão de estar cega, mãe. Mas eu conversei com ele e entendi que a fase que ele está enfrentando é muito dificil e..

- Fique tranquilla! Eu te entendo!

- Posso chama-lo para jantar qualquer noite dessas? Vocês dariam essa nova chance?

- Claro filha! Se é ele que você escolheu, nós vamos respeitar. – ela respondeu.

Agradeci a minha mãe, mesmo que essa não fosse a resposta que eu gostaria de ouvir.

O clima não estava tão bom em casa por causa disso. Meus pais não estavam felizes que eu estivesse namorando o Ucker. Bom, nunca gostaram, neh?

Na casa do Ucker era só festa com a minha presença. A mãe dele ficava feliz quando eu estava lá e ficava feliz quando saiamos juntos, porque isso era sinal de que estava tudo bem entre a gente.

Naquela noite, saímos para jantar em um restaurante francês. O que eu gostava no Ucker é que sempre iamos em lugares diferentes.

- Amor, porque você está tão dispersa hoje? - Mesmo ele me chamando várias vezes de "amor", eu sempre me arrepiava quando ele falava assim.

- Eu precisava te falar uma coisa...

- O que houve? – perguntou em tom de preocupação.

- Eu fiz alguns exames ginecológicos, e eu vou ter dificuldade para engravidar! Vou ter que fazer um tratamento por causa disso.

Ucker balançou a cabeça em sinal afirmativo, como se esperasse a continuação da história.

- O que foi?

- Estou esperando você falar!

- É isso!