Capítulo 26

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POV's Ucker

- Dulce! – chamei, desesperado.

Senti um gelo invadir o meu corpo. Ela não deveria ver essa cena! Fiz menção de ir atrás dela, mas Belinda me segurou, enquanto Dulce saiu correndo, sendo seguida pela mãe.

- Não, Ucker! – disse Belinda, chorando - Fica comigo...por favor...

- Eu já volto! – falei.

- Ucker... – Belinda fungou, tentando parar o choro. - Acabei de perder nosso filho! Fica comigo, por favor!

"Nosso filho"... isso doía em mim. Mas... era a Dulce! Ela não merecia ver o que acabara de ter visto. Eu já havia perdido um filho, não podia perder a namorada.

- Essa menina nem devia estar aqui! - olhou para a mãe - Mãe, por favor, avisa pra ninguém subir. Não sei como deixaram ela entrar!

- Pode deixar filha! – disse a mãe dela, saindo do quarto - Eu vou lá agora! Ucker, fique com ela, por favor!

- Não! - eu disse me soltando de Belinda. - Deixa que eu vou! Eu aviso!

Saí do quarto e ouvi a Belinda me chamar em meio ao choro. Mas não voltei, eu tinha que falar com a Dulce.

Era só o que me faltava! Iria começar tudo de novo! A Dulce nunca acreditou em mim totalmente e eu ainda faço isso! Independentemente de ela ter visto ou não, eu não deveria ter feito.

Corri até o estacionamento, mas a Dulce já havia ido embora.

Sei que não deveria deixar a Belinda sozinha... Mas ela estava com a mãe dela! Fiquei um pouco dividido nessa hora, mas decidi ir. Eu sei que a Belinda estava em um momento delicado, porém depois eu me resolveria com a Belinda.

POV's Dulce

Eu não queria acreditar no que eu estava vendo. Eu não queria acreditar que minha mãe estava certa. Eu não queria acreditar que ela estava vendo aquela cena junto comigo!

Se eu pudesse, eu pulava no pescoço dos dois... Mas ... pra que? Me diz: Pra que??

Minha mãe já havia me alertado que artista é assim, por que eu fui me meter com ele?

Fui correndo para o carro e minha mãe foi junto. Todo mundo no hospital estranhou o meu comportamento. Com certeza devem ter achado que eu tinha recebido uma notícia de morte de alguém.

Quando entrei no carro, minha mãe entrou do outro lado e me abraçou.

- Filha, calma! – e foi então que eu percebi que estava chorando.

- Vamos embora, mãe! Por favor!

- Sim, vamos!

Eu estava com muito medo de ela começar a querer me dar sermão, porém ela me respeitou muito. Fomos para casa e eu passei por meu pai como um furacão. Ele perguntou para minha mãe o que havia acontecido e ela disse que depois contaria.

Fui para o meu quarto e chorei... Chorei, chorei, chorei e chorei. Nossa! Eu odiava o Ucker. Eu me odiava! Odiava a Belinda! Odiava todo mundo!

Depois de um tempo, ouvi a campainha tocando. Nem quis nem saber quem era. Mas deu para ouvir que era o Ucker. Pelo jeito, meu pai não quis que ele entrasse - estava muito nervoso e disse para ele sumir da minha vida. Eu sei porque ouvi os gritos dele.

Meu programa de TV favorito (Finalizada)Where stories live. Discover now